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Atps psicologia

Por:   •  4/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.522 Palavras (19 Páginas)  •  329 Visualizações

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ANHANGUERA EDUCACIONAL

Unidade Marte (UNIDERP)

Serviço Social - 4ª série turma A

Psicologia e Serviço Social II

Hellen Orlandi Goulart

RA 6789364574

hellen goulart orlandi

São Paulo, 20 de setembro de 2014.


[pic 2]

Hellen Orlandi Goulart                                                        RA 6789364574

Psicologia e Serviço Social II

[pic 3]

Sumário

INTRODUÇÃO        

ANÁLISE        

O QUE É CULTURA?        

CULTURA E IDEOLOGIA        

MANIFESTAÇÕES CULTURAIS APRESENTADAS NO FILME TROPA DE ELITE        

O PODER DE UM GRUPO        

CONCLUSÃO        

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

INTRODUÇÃO

Este trabalho é consequência de algumas reflexões e análise crítica sobre o filme Tropa de Elite (Brasil, 2007, direção de José Padilha) e explana o ponto de vista do profissional de Serviço Social, acentuando os aspectos referentes: ao poder institucional e o individuo, à violência, ressaltando as diferenças e as manifestações culturais do ser humano, bem como sua visão de mundo de como se constrói uma identidade de grupo, enfatizando a guerra urbana que ocorre no Rio de Janeiro, onde não se distingue traficantes de policiais, os quais se misturam, criando uma cultura de violência e corrupção, onde a sociedade está fortemente imbuída.

Para início de nossa análise, destacamos um texto de autoria de Lya Luft[1], numa matéria à Revista Veja, onde ela diz:

Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos por que não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas poderosa e sutil é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Houve um tempo, recentemente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha que ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto.

Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um ódio preconceituoso.

De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei.

No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições, a teoria do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não dêem importância”. Temos de nos importar sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

Num país que sofre tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se voltar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria.

Mudar é preciso.

Lya Luft

ANÁLISE

O QUE É CULTURA?

É muito comum ouvirmos dizer que uma pessoa é culta porque fala vários idiomas ou conhece muitas obras de literatura e de arte. Costuma-se também dizer, que uma pessoa não é culta se não domina determinados conhecimentos. Indo além do plano individual, há quem compare diferentes povos e afirme que a cultura de um é mais sofisticada e complexa que a do outro. Esse tipo de avaliação, baseada no senso comum, comporta elementos ideológicos que nos levam a pensar na possível superioridade de alguns indivíduos ou de determinados povos em relação a outros.

Segundo Santos[2], cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos.

O conceito de cultura é frequentemente vinculado à Antropologia, como se fosse uma especificidade dessa área de conhecimento. Uma das primeiras definições de cultura apareceu na obra do antropólogo inglês Edward B. Tylor (1832-1917). Segundo o autor, cultura é o conjunto complexo de conhecimentos e hábitos adquiridos pelos indivíduos em uma sociedade. Trata-se de uma definição universalista, ou seja, muito ampla, com a qual se procura expressar a totalidade da vida social humana, a cultura universal[3]. Conhecimento, arte, lei, moral, os costumes, as crenças, todo hábito adquirido pelo homem em família e na sociedade à qual faz parte. O termo cultura vem de cultivar (do latim colere). Envolve o que pensamos, fazemos e temos como membros de um grupo social. Nesse sentido, todas as sociedades humanas, da pré-história aos dias atuais, possuem uma cultura. E cada cultura tem seus próprios valores e sua própria verdade[4].

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