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DI - INTERATIVA - SAUDE

Por:   •  5/11/2020  •  Resenha  •  610 Palavras (3 Páginas)  •  133 Visualizações

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Sabe-se que, a questão da saúde de forma global nem sempre recebeu a atenção de que precisava, e durante muitas décadas, a população vivia sob péssimas condições de saúde, além de que, como consequência disso, uma grande parcela da população não alcançava a fase idosa. No cenário brasileiro não foi tão diferente, por longos anos desde seu descobrimento, a grande maioria da população viveu sem acesso a boas condições de saúde, não existia um direito social que assegurassem a população e muito menos políticas públicas que lhes atendessem. Os tratamentos e cuidados médicos eram de acordo com a classe social, o que limitava apenas à camada nobre da população, enquanto isso, a parcela pobre permanecia ao léu. A partir do século XX a saúde passou a ser reconhecida como um direito social e dever do Estado, porém, antes disso acontecer muitas foram as tentativas não tão efetivas de atender as necessidades da população. Em meio a isso, no período da colonização tivemos por muito tempo as Santas Casas de Misericórdia, onde a filantropia perdurou e a relação entre a igreja e os tratamentos de saúde era muito presente. Na República, tiveram-se início as campanhas de saúde, com o destaque para a defesa das vacinas e a importância dos cuidados com a saúde no meio urbano assim como no meio rural. Avançando na história, foram sendo organizadas as Conferencias Nacionais de Saúde, com o destaque para a terceira realizada em 1963, no qual apresentou diversos estudos sobre a criação de um sistema de saúde para todos, colocando a proposta do direito a saúde como universal. Entretanto, com a realização do golpe militar a saúde sofreu profundas fragilizações o que impossibilitou o avanço da sua universalização. Apesar do cenário perturbador, na década de 70 tem-se inicio a estruturação de politicas públicas que passaram a envolver instituições e órgãos de saúde, e no final dessa década, com o advento do Movimento da Reforma Sanitária no Brasil, as discussões sobre a questão da saúde foram ganhando forças e com a decadência da ditatura reuniu suas propostas com o tema Saúde e Democracia, trazendo novamente a discussão sobre a saúde como o direito de todos e o dever do Estado, arquitetando assim, a criação e o surgimento de um Sistema Único de Saúde (SUS). Com o fortalecimento das discussões sobre as necessidades da população, tem-se em 1988 a aprovação e promulgação da Constituição Federal que institucionalizou essas necessidades, porém, agora entendidos como direitos, sendo estes sociais, trabalhistas, políticos, entre outros. A CF/88 coloca a saúde, definitivamente como um direito do cidadão, sendo este universal, ou seja, devendo atender a todos, e passando a ser dever e responsabilidade prioritariamente do Estado, enquanto este for a esfera provedora dos direitos. Entretanto, é errônea a interpretação de que o exercício do direito a saúde se concentra totalmente nas mãos do Estado, pois, apesar de constitucionalmente ser seu dever, não elimina o papel das pessoas, da família, das empresas e sociedade de modo geral em promover o direito a saúde, ou seja, esta responsabilidade não diz respeito somente a esfera estatal. A partir desse cenário, também sob influencia da CF/88, no ano de 1990 tem-se a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) que foi por muitos anos discutido, podendo este participar da produção de medicamentos, executar

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