Egocentrismo e ausência de empatia nas relações humanas

Egocentrismo e ausência de empatia nas relações humanas

        Nas sociedades contemporâneas, embora haja facilidade de se relacionar e de fazer novos amigos, as pessoas estão cada vez mais egocêntricas, e há pouca ou nenhuma empatia nas relações humanas. Observa-se uma sociedade que busca menos manter relações interpessoais duradouras e mais relacionamentos instantâneos e superficiais.

        As redes sociais e os aparatos tecnológicos facilitaram muito a formação de novas amizades e relacionamentos. No entanto, observa-se uma geração marcada pelo individualismo e egocentrismo em que há uma perpetuação do culto ao eu e de pensar em si próprio. Isso pode ser percebido na criação e educação das crianças, que já crescem egoísta, competitivas e sem empatia. Com isso, surge uma sociedade que pratica menos a alteridade (capacidade do indivíduo se colocar na situação do outro) e pratica mais a indiferença, pois não está disposta a respeitar e se importar com os outros.

        Segundo o filósofo Bauman, a sociedade atual é a da modernidade líquida, que não cria vínculos sólidos e longevos. Isso, realmente, é percebido, pois os relacionamentos tornaram-se descartáveis e superficiais. Devido ao egocentrismo e à ausência de empatia com os outros, há uma fluidez social, sentimental e afetiva, pois cada vez mais cresce o número de relacionamentos desfeitos, como o divórcio, que, segundo o IBGE, cresceu 160% em 10 anos no Brasil. Além disso, cresce o número de aplicativos que auxiliam a conhecer pessoas de diferentes lugares, criando, na maioria das vezes, laços ligeiros e fluidos.

        Dessa forma, existem, sim, oportunidades simples de fazer novas amizades e contatos. Entretanto, observa-se uma geração com poucos ou nenhum vínculo afetivo sólido, pois os relacionamentos estão rasos e efêmeros. É importante que as pessoas criem vínculos sólidos e duradouros e que se importem menos com seu próprio eu e desenvolva empatia com seus pares.