Filme: A Morte do Trabalhador

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Universidade de Brasília-UnB

Departamento de Serviço Social-SER

Disciplina: Trabalho e Sociabilidade

Docente: Camila Potyara Pereira

Discente: Glaubert Abreu Pastor/ Mat.130112691

Crítica

Filme: A Morte do Trabalhador

O filme a morte do trabalhador expõe as condições desumanas de trabalho vivenciadas por muitas pessoas em várias partes do mundo. Não é difícil perceber, no decorrer do filme, que essas condições degradantes sempre estão ligadas ao trabalho físico, braçal e desgastante, que nos leva a refletir sobre o significado do trabalho na sociedade em que vivemos.  Em todas as situações de trabalho exibidos pelo filme, percebe-se que aqueles indivíduos vendem sua força física como valor de troca para garantir tão somente sua sobrevivência no mundo.

A alienação e abstração do trabalho na sociedade em que vivemos, demonstra que a cada dia que passa fica mais difícil identificarmos a execução do verdadeiro trabalho, puro em sua essência, que fundamenta o homem na sociedade, pois provavelmente o trabalhador que extraiu enxofre nunca saberá ao certo para que finalidade aquela matéria prima  será utilizada, para onde irá,  e em que produto ela será transformada, provavelmente a maioria   daqueles extratores de carvão nunca saberão qual será o real destino do mineral que eles mesmos, com todo o seu dispêndio físico extraíram da natureza.  Diante disso, a maior percepção que tive do filme me remete a crer que o trabalho abstrato na sociedade contemporânea se concretiza cotidianamente no atual modelo de produção capitalista, uma vez que o indivíduo vende a sua força de trabalho não mais fundante no valor de uso, se intensificando no valor de troca e junto com ele o trabalho produtivo, que corrobora para a extração da mais-valia. Ou seja, o trabalho na sociedade atual, é primordialmente entendido ou usado como forma de sobrevivência na sociedade atual.

É por esses motivos que a forma como o trabalho se concretiza na sociedade traz grandes consequências para a vida daqueles trabalhadores explicitado no filme “A Morte do Trabalhador”. Em seus relatos, muitos desses trabalhadores diziam que estavam naquele ambiente laboral por falta de opção, por não terem outra saída, a não ser aquele tipo de ocupação. Entende-se, assim, que o trabalho abstrato se mostra mais expressivo na sociedade contemporânea, uma vez que a sociabilidade atual não oferece tantas opções aos homens, no que diz respeito à realização pessoal do trabalhador, uma vez que sua força de trabalho vira uma mera mercadoria.

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