Instrumentalidade em serviço social com políticas setoriais e oficinas de formação
Por: tastabu • 2/6/2015 • Projeto de pesquisa • 1.337 Palavras (6 Páginas) • 421 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço SOCIAL
LEANDRA FERNANDES OLIVEIRA
instrumentalidade em serviço social com políticas setoriais e oficinas de formação
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Juiz de Fora - MG
2015
LEANDRA FERNANDES OLIVEIRA
instrumentalidade em serviço social com políticas setoriais e oficinas de formação
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para aa disciplinas Instrumentalidade em Serviço Social, Movimentos Sociais, Políticas Setoriais Contemporâneas, Pesquisa Social e Oficina de Formação .
Professores: Amanda Boza, Maria Ângela Santini, Maria Lucimar Pereira, Rodrigo Zambom
Juiz de Fora - MG
2015
Sumário
Introdução
Formulação dos Objetos Geral e Específico
Metodologia
Resultados
Cronograma da Pesquisa
Conclusão
Referências
Introdução
A necessidade de entender a conotação política dada à instrumentalidade no Serviço Social aqui enfatizada, centra-se na perspectiva de discernir as relações políticas que perpassam todo o contexto institucional, verificando de que forma são utilizados os recursos que servem de mediação à prática profissional nas respostas do Serviço Social às demandas apresentadas por seus usuários. Ressalta-se que o termo política aqui utilizado não deve ser diretamente identificado a posicionamento partidário, mas se refere à condição de inserção da prática em uma sociedade polarizada por interesses de classe e à maneira hábil de agir, tratar e compreender as relações que se processam no âmbito desta, entre os sujeitos que se diferenciam pela posição de classe que ocupam na sociedade. Acreditamos que é mediante a compreensão da dimensão política da profissão que as (os) Assistentes Sociais desenvolvem e utilizam os seus instrumentos de trabalho de modo mais crítico, sendo capaz de fazer as devidas mediações, consciente das limitações profissionais e das possibilidades de se realizar conquistas e construir novas ações no cotidiano. Nesse viés, pode-se denotar que é a partir da forma como os instrumentais são utilizados, na prática cotidiana das (dos) Assistentes Sociais, que se expressa, ainda que de forma implícita, o conhecimento e discernimento deste profissional a respeito da dimensão política de sua prática no sentido de compreender as correlações de forças existentes e presentes no contexto institucional, e a partir daí, traçar as estratégias mediadoras de intervenção na perspectiva de buscar atender as demandas apresentadas pelos usuários
Formulação dos Objetos Geral e Específico
A partir do movimento de Reconceituação que emergem novas concepções de instrumentalidade, respaldadas no pensamento marxista, atribuindo à categoria da instrumentalidade uma perspectiva mais crítica e teoricamente fundamentada. O instrumental teórico passa a ser pensado ao nível da ação concreta, e do processo de formação, superando a perspectiva formal e puramente técnica, do instrumento como elemento de controle [...] (Nogueira, 2002, p.09). Assim, os instrumentos já não eram mais considerados como artifícios meramente burocráticos, passou-se a assumir o caráter de mediação que lhe é peculiar, buscando-se compreender a dimensão política existente na sociedade e na profissão. Portanto, pode-se afirmar que a evolução no debate e uso da instrumentalidade insere-se no contexto de construção e reconstrução da profissão, e acompanhou o próprio processo histórico do seu desenvolvimento. É preciso compreender que há uma distinção entre instrumento e instrumentalidade, entretanto são elementos que existem em intrínseca relação e enquanto categorias que se pertencem entre si. Os instrumentos consistem em um conjunto de procedimentos operativos e de caráter técnicos, adotados na realização das ações profissionais, ao mesmo tempo em que está contido na categoria da instrumentalidade. São meios através dos quais os sujeitos profissionais interagem com seus objetos de intervenção. Eles são definidos teoricamente e assumem a perspectiva ética e teórico-política, inerente a instrumentalidade. A instrumentalidade envolve a razão, entendida enquanto a expressão do pensamento social, teoricamente expresso e empiricamente pensado, ou que a este se contrapõe. Ela discute, justifica, define e ilumina a compreensão e o caráter mediador dos instrumentos.
Metodologia
A coleta de dados foi realizada através de pesquisa de campo com Assistentes Sociais inseridos em instituições públicas, privadas e filantrópicas da área de saúde na cidades de Tabuleiro-MG e Rio Pomba-MG, através de entrevistas semi estruturadas, no período de março a maio de 2005. Para a análise e interpretação dos dados foram utilizadas referências bibliográficas que pudessem.
Resultados
A partir da breve contextualização realizada sobre a instrumentalidade do Serviço Social, passaremos a abordar o universo das falas dos entrevistados, buscando enfatizar a compreensão dos mesmos acerca dos instrumentos de trabalho utilizados no desenvolvimento do seu exercício profissional cotidiano. De um modo geral, os Assistentes Sociais, no cumprimento das suas atribuições, trabalham com uma série de instrumentos para desenvolver a sua prática, os quais se diversificam conforme a natureza da política social executada nas instituições em que atuam. Mediante os dados coletados nas entrevistas, evidenciou-se que os instrumentos utilizados pelas Assistentes Sociais nas instituições pesquisadas apesar das diferentes esferas, pública, privada e filantrópica, são basicamente os mesmos: linguagem, palestras, visitas domiciliares, entrevistas, livro de registro, observação. Todavia, o uso e percepção sobre a importância dos instrumentos utilizados diferenciam-se de acordo com a compreensão que têm os profissionais sobre a conjuntura e a correlação de forças existente tanto nas instituições em que trabalham, quanto na sociedade de um modo geral, ou seja, da dimensão política inerente a todas as relações existentes no âmbito da sociedade. A qualificação profissional também foi identificada como um fator importante no tocante ao uso desses instrumentos, ou seja, aqueles profissionais que demonstraram buscar se capacitar com uma maior freqüência para compreender e procurar atender de forma mais respaldada as demandas profissionais apresentaram um maior domínio na utilização dos instrumentos, utilizando-os como uma estratégia para viabilizar as demandas apresentadas pelos usuários, conforme expressa o depoimento a seguir:
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