O AUTO DA COMPADECIDA E SERVIÇO SOCIAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

YNAYE KAUANA BOROVIEC DE CAMARGO

AUTO DA COMPADECIDA

PONTA GROSSA

2015

YNAYE KAUANA BOROVIEC DE CAMARGO

AUTO DA COMPADECIDA

Trabalho a ser apresentado à disciplina de Fundamentos Antropológicos do Serviço Social, da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Professora Fabiana Trentini

PONTA GROSSA

2015

O livro Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, enreda a história de João Grilo e Chicó que arranjaram um emprego em uma padaria da região. O cachorro da mulher do padeiro chega a falecer e em troca de dinheiro, os dois se pronunciam oferecendo um enterro, dentro dos padrões da igreja, para o cão.

Para conseguir a benção do padre e do bispo, eles inventam que o cachorro era do Major Antônio Moraes, um poderoso da região. João Grilo cria um testamento do cachorro dizendo que se eles rezassem o enterro em latim, lhes deixaria dez contos de réis e três para o sacristão. Sabendo disso, o ato foi realizado.

Ao sair da igreja, João Grilo e Chicó encontram Antônio Moraes a caminho da mesma. Para o poderoso não desconfiar, eles dão a desculpa de que o padre estava ficando louco chamando todos de cachorro.

Depois de toda a confusão sobre o enterro do cachorro, João Grilo arma com Chicó para também tirarem vantagem da situação. Manda Chicó colocar uma bexiga de sangue em baixo da blusa para depois usar como um plano “B” e também, enfiar moedas em um gato e vende o gato que “descomia” dinheiro para a mulher do padeiro, mas não obteve sucesso, pois ela e o padeiro descobriram e voltaram à igreja tirar satisfações.

Severino, o cangaceiro, chega à igreja com seu capanga e logo se ouve gritos e tiros. Ele roubou o dinheiro da igreja e matou o bispo, o padre, o sacristão, o padeiro e a mulher. Na hora de matar João Grilo, este lhe dá de presente uma gaita abençoada que ressuscitaria pessoas. E para provar-lhe, deu uma facada em Chicó que estava com a bexiga de sangue. Grilo tocou a gaita e ele levantou-se no ritmo da música.

Severino pede que seu capanga lhe dê um tiro para que pudesse encontrar com Padre Cícero no céu e voltar. Ele obedece e nada acontece ao tocar a gaita. João Grilo e Chicó se atracam com o capanga que acaba levando uma facada. Ao fugirem com o dinheiro que estava com o defunto, o capanga reage e acaba matando João.

Todos se encontram no céu para o juízo final. Jesus e o diabo discutem as acusações e defesas iniciando o julgamento. Nisso, João Grilo pede que Nossa Senhora Aparecida interceda por eles e ela o faz.

O padre, o bispo, o sacristão, o padeiro e sua mulher foram todos para o purgatório. Severino e o seu capanga foram absolvidos para o paraíso. Para Grilo, foi dada uma segunda chance e deixaram-no voltar ao seu corpo na terra.

Durante esse tempo, Chicó promete a Nossa Senhora Aparecida que entregaria todo o dinheiro a ela, caso João sobrevivesse.

Quando ele retorna, vê que Chicó está enterrando seu corpo.  

 Com muito humor, Ariano, fala sobre a miséria humana, como avareza, racismo e das desigualdades sociais.

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