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O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DA MULHER

Por:   •  7/5/2016  •  Artigo  •  4.189 Palavras (17 Páginas)  •  498 Visualizações

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O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA DA MULHER

                                                                                                                                                                                                                                                            Bianca Pires Ribeiro

Débora Raquel Mendes Silva

Eliany Nunes

                                                                                                 Larissa Racquel Alves Santos

Luciana de Oliveira Barros

Nayane Sales de Oliveira

Simone Pereira

Suanny Rosário Nascimento

                                                                                                     Vanessa da Silva Carvalho

RESUMO:

O presente trabalho apresenta uma reflexão a respeito da desigualdade e agressões que atingem diversas mulheres na realidade brasileira e têm se configurado como um problema social que atinge todas as classes sociais. O artigo apresenta o enfretamento a essa questão, apresentando as ações realizadas pelos profissionais do Serviço Social bem como sua opinião a respeito da política da mulher.

Palavras-chave: Desigualdade. Mulher. Serviço Social.

1.INTRODUÇÃO

Este trabalho fala sobre a luta para uma igualdade nos âmbitos sociais e profissionais entre gêneros, bem como as políticias voltadas para as mulheres no combate à agressão e a desigualdade. Apresenta-se com o objetivo de mostrar conceitos básicos já consolidados e alguns dados sobre o tema, dando ênfase a esta realidade como sendo uma questão social que merece ser tratada com prioridade. Para isto apresentaremos trabalhos realizados por profissionais envolvidos para a efetivação dos direitos desses sujeitos diante de tal demanda. Para tanto, foram utilizados como fonte de pesquisa: Internet e produções específicas da área.

Na atuação junto ao problema da desigualdade e violência, se faz necessário um trabalho de reconhecimento da realidade vivida por elas, bem como as dificuldades que a mesma precisa enfrentar no seu cotidiano, para realização de ações para seu enfrentamento.


2. A IMAGEM DA MULHER NA SOCIEDADE

O capitalismo se desenvolveu com bases no patriarcalismo, ou seja  tem a supremacia do homem nas relações sociais, favorecendo assim a diferenciação entre os sexos no mundo do trabalho, portanto, essa histórica desigualdade imposta ao gênero feminino penetrou a estrutura produtiva e favoreceu a naturalização de atividades subalternas destinadas a responsabilidade feminina. Essa histórica associação entre mulher e trabalho doméstico é um fator que dificulta imensamente a inserção da mulher no mercado formal de trabalho, e em postos de trabalho bem remunerados. Para as mulheres que não conseguem se inserir no mercado formal de trabalho restam atividades que, mesmo produtivas, não são percebidas como tal, gerando uma invisibilidade da mulher enquanto sujeito produtivo.

No modelo de sociedade que vivemos, na qual a desigualdade social e a precarização do trabalho se fazem presentes, temos ainda a figura feminina muitas vezes enquanto a responsável economicamente pelo lar, tornando o subemprego uma alternativa para sustentar a família, sair do desemprego e tentar propiciar melhores condições de vida para os filhos. Notou-se um crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho, tanto nas áreas formais quanto nas informais da vida econômica, assim como no setor de serviços. Contudo, essa participação se traduz principalmente em empregos precários e vulneráveis, como tem sido o caso na Ásia, Europa e América Latina. Soma-se a isso ainda a dupla jornada de trabalho, pois, além de ter de se inserir no mercado de trabalho, ainda é associado à mulher a responsabilidade pelas tarefas domésticas e cuidados com a família. Pode-se dizer que as desigualdades de salários, de condições de trabalho e de saúde não diminuíram, e que a divisão do trabalho doméstico não se modificou substancialmente, a despeito de um maior envolvimento nas responsabilidades profissionais por parte das mulheres. (HIRATA, 2001. p.144) Podemos perceber a base dessa desigualdade na gênese das relações capitalistas de produção. As mulheres começaram a enfrentar algumas dificuldades para exercerem o trabalho, pois as fábricas existentes impediam suas entradas com a justificativa de que o trabalho era pesado demais para sua “frágil” estrutura. Ou, quando as aceitavam, submetiam-nas a posições subalternas, com baixos salários e condições precárias de trabalho. É notório, então, o comum discurso usado até hoje da incapacidade da mulher para desenvolver determinadas funções devido a sua fragilidade, pois a mulher é vista como um ser mais delicado e mais vulnerável e, portanto, menos produtivo. A gestação, por exemplo, representa baixa produção nos meses que antecedem o parto e nos primeiros meses subsequentes de amamentação, o que significa vulnerabilidade nos lucros para o capital, devido à descontinuidade do exercício profissional. Com isso é utilizado o discurso de uma “ordem natural” para justificar a “ordem social”, ou seja, o fato exemplificado da gestação se torna justificativa para a subalternização da inserção das mulheres no mercado de trabalho. Nos últimos anos, a participação do trabalho feminino no mundo produtivo tem aumentado consideravelmente com a globalização da economia.

A atividade feminina continua concentrada em setores como serviços pessoais, saúde e educação. Entretanto, a tendência a uma diversificação das funções mostra hoje um quadro de bipolarização: de um lado, profissionais altamente qualificadas, com salários relativamente bons se considerarmos o conjunto da mão-de-obra feminina (engenheiras, arquitetas, médicas, professoras, advogadas, magistradas, juízas, etc.), e, do outro lado, trabalhadoras ditas de “baixa qualificação”, com baixos salários e tarefas sem reconhecimento nem valorização social. O patriarcado, portanto, está presente na sociedade contemporânea, legitimando a subordinação das mulheres em todas as esferas sociais. No que tange a produção, esse fator leva a empregos precários, baixos salários, pouco ou nenhum reconhecimento no ambiente de trabalho.

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