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O Trabalho do Assistente Social nas Fundações Empresariais

Por:   •  26/11/2017  •  Resenha  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  1.860 Visualizações

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Resumo Acadêmico:

O Trabalho do Assistente Social nas Fundações Empresariais

A partir dos anos 90 para a suposta emergência de uma “nova gestão social” surgiram expressões fundamentais na solidariedade e compromisso com o coletivo, como a “Sociedade civil” e “Terceiro Setor”

Estas organizações iniciativas privadas com base na “cidadania” e no espirito comunitário teoricamente seriam capazes de absorver a prestação de serviços sociais. Estrategicamente a fim de manter uma imagem positiva, as empresas associam logomarcas e seus produtos e serviços a causas sociais. As empresas e suas fundações continuam a busca pelo lucro, porem mascarada em princípios éticos de conduta.

A responsabilidade pública sobre as desigualdades sociais é lançada no setor privado. A reestruturação produtiva originou uma reorganização das bases sociais e materiais da hegemonia burguesa, tanto na produção coo na estrutura politica para atualizar o controle e comando do capital.

O conjunto de mudanças realizadas na sociedade no contexto da mundialização do capital da reestruturação e do neoliberalismo possibilita as empresa a realizarem suas atividades em qualquer lugar do mundo. O local e o território em que essas empresas se instalam ganham importância.

As empresas passam a oferecer bens e serviços de uso coletivo, voltado não só para os trabalhadores, mas para a “rede” envolvida nas relações com as empresas, atingindo direta e indiretamente outras esferas vinculadas à produção econômica.

Por meio das governanças corporativas as empresas são empurradas por diversos organismos internacionais, exige uma modificação na forma de relacionamento com companhias, (credores, acionistas investidores, empregados e “comunidade”).

A governança Corporativa se liga a “responsabilidade social empresarial” que por ser um indicador de sustentabilidade dos negócios vem sendo objeto de iniciativa em relação as mudanças de organização, esse modelo de gestão vem sendo importado dos EUA, onde os empresários consideram que a ação social das suas empresas lhes dão benefícios como uma maior acesso ao capital de risco.

No Brasil essa tendência de mercado vem de iniciativas como a criação do IGC, (Índice de Governança Corporativa) pela Bovespa, que mede a transparência das empresas e a relação com os acionistas. A norma brasileira de responsabilidade social (ABNT NBR/6001) tem por objetivo legitimar o sistema de responsabilidade social das empresas.

Na década de 80 e 90 no Brasil, resultaram lutas sociais travadas em prol de mudanças profundas na direção politica e econômica do país, que culminaram no mecanismo de revisão constitucional. O projeto politico do grande capital concentrou-se na Reforma do Estado, que foi efetivada no governo FHC, que lançou as atividades produtivas para o mercado e transferiu a prestação de serviços sociais para o setor publico não estatal, conhecido como terceiro setor, configurando um retrocesso social, uma contra reforma. A concepção norteadora da reforma do Estado define sociedade civil como uma esfera autônoma contraposta ao Estado privilegiada para a participação popular e o exercito da cidadania.

Esse transformismo faz parte da tentativa de burguesia de construir o consenso hegemônico, já que, para construir as bases de sua reforma intelectual e moral, as classes dominantes precisam exercitar sua condição de dirigente, para neutralizar os projetos sociais antagônicos, não apenas pela força da coerção, mas apropriando-se de seus referenciais incorporando suas demandas e bandeiras de luta, dotando lhes de novos conteúdos, e assim, funcionalizando-as de acordo com seu projeto politico.

Deste modo a defesa de uma sociedade democrática, pautada na construção da cidadania pelas classes subalternas, passa a ser encarada sob a ética da oposição entre o publico e o privado, cuja conciliação se estabelece com o surgimento de um setor responsável pelos “problemas sociais” do país, buscam construir um discurso de colaboração no resgate da chamada “divida social”, ampliando sua intervenção para além dos muros da corporação, conectando-a com o processo de privatização das politica sociais, que avançam a passos largos na trilha aberta “reformas neoliberais”.

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