OS TANQUES, AS ROUPAS SUJAS, A VIDA SEM AMACIANTE
Por: paulasantosj • 4/12/2018 • Monografia • 13.600 Palavras (55 Páginas) • 113 Visualizações
FACULDADE PAULISTA DE SERVIÇO SOCIAL DE SÃO PAULO FAPSS/SP
PAULA SANTOS DE JESUS
OS TANQUES, AS ROUPAS SUJAS, A VIDA SEM AMACIANTE:
uma análise sobre as condições do trabalho doméstico das mulheres negras a partir da lógica do racismo estrutural.
SÃO PAULO
2018
PAULA SANTOS DE JESUS
OS TANQUES, AS ROUPAS SUJAS, A VIDA SEM AMACIANTE:
uma análise sobre as condições do trabalho doméstico das mulheres negras a partir da lógica do racismo estrutural.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Paulista de Serviço Social de São Paulo como exigência para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Orientadora Profª Kajali Lima Vitorio
SÃO PAULO
2018
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada à fonte.
Catalogação da Publicação
Serviço de Documentação da Faculdade Paulista de Serviço Social de São Paulo.
Jesus, Paula Santos de. OS TANQUES, AS ROUPAS SUJAS, A VIDA SEM AMACIANTE: uma análise sobre as condições do trabalho doméstico das mulheres negras a partir da lógica do racismo estrutural. Orientadora: Kajali Lima Vitorio. São Paulo, 2018. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade Paulista de Serviço Social de São Paulo, 2018. |
Nome: PAULA SANTOS DE JESUS
Título: OS TANQUES, AS ROUPAS SUJAS, A VIDA SEM AMACIANTE: uma análise sobre as condições do trabalho doméstico das mulheres negras a partir da lógica do racismo estrutural.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Paulista de Serviço Social de São Paulo como exigência para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof. _____________________________ Instituição: _________________________
Julgamento: ______________________ Assinatura: _________________________
Prof. _____________________________ Instituição: _________________________
Julgamento:_______________________ Assinatura: _________________________
Dedico este trabalho a todas as mulheres negras, em especial, às trabalhadoras domésticas que carregaram e carregam consigo uma longa trajetória de dificuldades e lutas.
AGRADECIMENTOS
Gratidão à Katia Silene, minha mãe, mulher negra que faz-me sentir honrada ao saber que nos parecemos em tantos aspectos. À Clodoaldo Gosalves, meu pai, que com carinho, e ao lado dela, me criou um ser inconformado com as desigualdades existentes. Sou grata por terem compreendido e apoiado – das melhores formas possíveis - minha decisão ao nos distanciarmos fisicamente para que eu pudesse continuar a graduação.
A Satephanie Santos e Paulo Lucas, irmã e irmão que me apoiaram sempre e estiveram ao meu lado desde o início. Registro aqui a saudade que sinto cotidianamente da presença de vocês.
Ao meu atual companheiro, Guilherme Marcelino, por um dia ter dito que como um pássaro eu deveria voar e por ter honrado o sentido do companheirismo em cada fase difícil dessa jornada.
Aos meus avós, Julia Rosa e Jormiro José que há dois anos têm me acolhido para que eu pudesse permanecer até aqui.
À Auana alves, Mayara Duarte, Amanda Gregório, Lucas Molino e Daniel Tadeu, amigas e amigos que conheci na graduação e com os quais espero cultivar essa relação por longos anos.
Em especial a professora Kajali Lima Vitório que me orientou não só nesse trabalho de conclusão de curso, mas no que se refere a pesquisa acadêmica de modo geral, por quem construí uma imensa admiração intelectual.
A todas as professoras e professores que fizeram parte dessa construção profissional, em especial a Márcia Eurico, Maria Isabel Assis, Ilka Custódio, Natália Neri, Sandra Paulino, Deise Fernandes, Aurea Fuziwara, Miriam Ferrari e Andrea Mataresi, por me inspirarem a construir um olhar crítico sobre a realidade, a compreender a importância do projeto ético-político do serviço social e principalmente por me incentivarem a seguir o caminho acadêmico e a apreender a necessidade da discussão racial.
Á Deus, uma existência negra e distante do amor meritocrático que me iluminou em todo o caminho percorrido até agora.
Preta, pinta o mundo com seu tom
Que essa sua negra tinta, fará brotar a cor
Nessa cidade cinza que tanto te negou
Mas oh preta, pinta…
Carú Bonifácio e Bia Ferreira
RESUMO
Essa pesquisa se debruça a analisar as condições de realização do trabalho doméstico de mulheres negras e como isso pode estar diretamente ligado ao racismo estrutural e às relações desiguais de classe e gênero. A partir de um apanhado histórico, bibliográfico e documental, que parte da sociedade escravista até a sustentação de uma ideologia dominante que tem por objetivo inferiorizar e setorizar a população negra nas mais baixas camadas sociais, apresentamos, dados quantitativos e análises qualitativas que possibilitem uma melhor compreensão sobre os pontos elencados. O texto descreve a importância da luta das trabalhadoras domésticas pelo seu reconhecimento enquanto categoria profissional e pela melhoria em sua condição de trabalho e renda, além disso, abrange a situação atual das empregadas domésticas e como ela pode dificultar o processo de mobilidade social das mulheres negras, somada a outros fatores políticos e subjetivos através dos quais o racismo atua.
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