RESENHA: A ATITUDE INVESTIGATIVA NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Por: Teresa Cristina Alcântara • 3/5/2018 • Resenha • 788 Palavras (4 Páginas) • 1.472 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E EXATAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Teresa Cristina Alcântara Vieira
RESENHA: A ATITUDE INVESTIGATIVA NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
TEÓFILO OTONI
2018
Teresa Cristina Alcântara Vieira
RESENHA: A ATITUDE INVESTIGATIVA NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Resenha apresentada ao curso de Serviço Social da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Avaliação de Indicadores Sociais, Projetos Sociais e Serviço Social, ministrada pela professora Claudilene da Costa Ramalho.
TEÓFILO OTONI
2018
A ATITUDE INVESTIGATIVA NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Cristina Kologeski Fraga
A dimensão investigativa do fazer profissional do assistente social faz parte de um emaranhado de competências e especificidades que compõe tal trabalho. O exercício profissional perpassa pelas dimensões ético-política, teórico-metodológico e técnico-operativa, tenso a investigaçãopesquisa como elo constitutivo.
Operacionalizar esse trabalho através da investigação faz com que o trabalho do assistente social se atenha aos fatos, às particularidades, às subjetividades, possibilitando uma intervenção crítica e alinhada devidamente com a realidade concreta. Um dos objetivos em se desenvolver essa atitude investigativa está no objetivo de desconstruir a dimensão do senso comum e usar a essência da realidade como objeto de trabalho. Descortinar a aparência e investigar a essência da realidade da intervenção é um exercício básico no fazer profissional do assistente social, diz a autora.
Alinhar a investigação à práxis é um exercício de dar-lhe significado. É fundamentar a intervenção e desligar-se de uma atuação pragmática e imediatista. Vale ressaltar que, mesmo que o assistente social não tenha todos os aparatos necessários para que se faça uma pesquisa aprofundada, o simples ato de analisar seu usuário, o contexto no qual ele/a se insere e como se dão as complexidas das demandas postas por ele/a, mesmo num rápido atendimento de CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, constitui-se como investigação.
A partir do entendimento da importância da investigação, é possível perceber que ela contribui diariamente para a desconstrução e construção do Serviço Social, que antes era visto como mera habilidade assistencialista e hoje é tida como construtora de conhecimento, “é reconhecido como profissão, uma especialização do trabalho coletivo, inscrita na divisão social e técnica do trabalho, de nível superior, regulamentada no Brasil pela Lei n. 8.662/9, de 7 de junho de 1993” (FRAGA, 2010).
Portanto, é necessário compreender o Serviço Social como trabalho a partir de suas dimensões constitutivas e dos elementos que o compoe, considerando-os indissociáveis. Ou seja, a grosso modo, não é possível separar a teoria da prática, ao passo que conhecer seu objeto de trabalho – a questão social –, dentro de um modo de produção capitalista, assumindo um caráter de contradição dentro da sociedade, gerador de desigualdade e resistência, é imprescindível para nele intervir.
Desta forma, a finalidade do trabalho do assistente social está voltada para a intervenção nas diferentes manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das desigualdades e injustiças sociais, como também fortalecer os processos de resistências dos sujeitos (materializados em organizações sociais, movimentos sociais, conselhos de direitos...), na perspectiva da democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos. (FRAGA, 2010).
Nesse sentido, direcionar a atuação professional do assistente social consiste em conhecer e problematizar tal objeto, seja ele posto da forma que for. O/a assistente social deverá, de acordo com a autora, pesquisar, investigar, desvendar/problematizar para assim intervir da realidade social. Para isso se tornar concreto e direcionado, o assistente social deve se ater ao seu projeto ético-político, norteado pelo Código de Ética da profissão, que trás os princípios fundamentais do exercício professional do assistente social, e a lei de regulamentação da profissão (Lei n. 8.662/9, de 1993), onde estão previstas suas atribuições, competências, habilidades e direcionamentos necessários para moldar o fazer professional.
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