RESENHA CRÍTICA DO FILME O NOME DA ROSA (1986)
Por: Laffitte Rodrigues • 16/5/2019 • Projeto de pesquisa • 548 Palavras (3 Páginas) • 396 Visualizações
Introdução
Marcado por uma Europa recém-saída do feudalismo e dando os seus primeiros sinais de capitalismo, o filme “O nome da rosa” se passa na idade média, baseado em fatos históricos, ocorridas por volta do ano de 1327 em um mosteiro católico no norte da Itália. O enredo traz à tona verdades obscuras que a igreja da época tentava esconder, como atos sexuais pecaminosos, onde membros do clero aproveitavam-se da miséria dos camponeses para abusar de suas mulheres em troca de algum tipo de alimento, além de rituais pagãos praticados pelos próprios monges. Mas o que mais o tal mosteiro prezava em esconder eram os livros tidos como profanos, eram esses, obras que traziam em seu conteúdo verdades que poderiam fazer o leitor questionar a verdade absoluta da igreja da época.
Resenha Crítica
O filme começa com um mistério em torno da morte de um monge, que teria supostamente sido jogado de uma torre e a chegada de um frade franciscano e seu noviço, William De Baskerville e Adso respectivamente, para investigarem o ocorrido, o que é tratado até então como de origem sobrenatural. Já em contato com o caso William chega à conclusão que, trata-se na verdade de suicídio, o que teria colocado fim no mistério se mais um monge não tivesse aparecido morto, dessa vez com indícios que deixam claro que se trata de um assassinato. Seguindo com a investigação mais novas vítimas aparecem ao longo da trama, todas com uma peculiaridade em comum, trazem consigo, dedo e língua manchados de tinta.
No decorrer da investigação, William começa a perceber uma relação entre as mortes e um livro proibido, categorizado como profano. Ao tentar ter acesso livro, William descobre uma enorme biblioteca cheias de labirintos, passagens secretas e códigos, que está restrita apenas a alguns monges.
Com a chegada da Santa inquisição, além das mortes mais alguns fatos perturbam o frade e seu noviço, como a acusação de uma camponesa, com quem Adso teve relações sexuais proibidas e desenvolveu um afeto, e outro dois monges, sendo esses culpados por pratica de magia negra e por atos cometidos antes do mosteiro, onde eram de uma ordem religiosa avessa a riqueza exacerbada da igreja católica, que para vinga-se matavam bispos e membros da burguesia, afim de devolver suas riquezas aos explorados camponeses.
Paralelo aos crimes o enredo traz uma batalha ideológica entre dominicanos, que buscavam manter riquezas, e franciscanos, que acreditavam que a essência da igreja deveria ser humanitária e por isso distribuir os seus bens com os mais necessitados.
Depois de muita procura, William e Adso encontram o livro proibido e junto a ele o real assassino, o bibliotecário cego, Jorge. O clímax do filme acontece quando o frade franciscano finalmente descobre que arma usada pelo bibliotecário para matar suas vítimas era justamente o próprio livro proibido, que contem veneno mortal em suas páginas para aqueles que o folhear, já que é uma pratica muito comum da época, passar as páginas de livro com a ajuda da saliva.
O motivo principal para esconder os livros considerados profanos, era impedir que os tidos como leigos, tivessem acesso a obras de autores que de alguma forma criticavam atitudes e dogmas da igreja, como a obra poética de Aristóteles, que tratava da comedia e do riso, algo inaceitável e que poderia
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