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Regulamentação da Psicologia no Brasil

Por:   •  15/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.571 Palavras (11 Páginas)  •  293 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP                                                                                                 CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

  POLO TUCURUÍ

        

3° SEMESTRE

DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II E PSICOLOGIA E S. SOCIAL I.

TURMA N20

GRUPO: BRILHANTES                                           

LAURA BRENDA LEITE COSTA                        RA- 8520908404

PAULO VITOR SILVA DE CARVALHO              RA- 8521929675

KATIUCIA DE JESUS CARDOSO                      RA- 8929118178

ERIANE COSTA SILVA                                       RA- 8739983291

FRANCINE PINTO A. OLIVEIRA                        RA- 9492539196

SUELY DA SILVA NASCIMENTO                       RA- 9492545131

DESAFIO PROFISSIONAL

PROFESSORAS EAD: HELENROSE A DA S PEDROSO COELHO E MS ELAINE CRISTINA VAZ VAEZ GOMES.

TUTORA PRESENCIAL: VANILDA QUINTINO SOUZA

Tucuruí –PA                                                                                                                                  2015

Regulamentação da Psicologia no Brasil       (Passo 01)                                          

A Regulamentação da psicologia no Brasil é datada em 1962, período anterior a instauração da ditadura no país. Podemos tomar como referência que a profissão de psicólogo sofreu inúmeras abordagens individualistas, descontextualizadas e apoiadas em modelos abstratos de seres humanos. O controle e a repressão dos movimentos sociais organizados, através do regime protelaram a adoção de posicionamentos críticos quanto à realidade social. Neste contexto, o trabalho do psicólogo era definido a partir clínica individual, da tarefa de avaliação psicológica e do acompanhamento de dificuldades de aprendizagens nas escolas, bem como também são mencionados na literatura serviços de consultoria, recrutamento e seleção no contexto das empresas.

Nos cursos de graduação nas diferentes áreas inclusive psicologia havia um patrulhamento ideológico que resultava no forte controle do que se ensinava, pois não podiam expor suas idéias sob pena de serem perseguidos politicamente.

Mesmo com a forte repressão no país, algumas bibliografias chegavam ao país mesmo que de forma clandestina, e trouxeram novos olhares sobre práticas emancipatórias desenvolvidas na Europa e obras de Paulo Freire, Guatari, Laing e Cooper por exemplo. Os textos continham propostas que produziam questionamentos quanto aos limites e os efeitos das práticas psicológicas e pedagógicas. Desse modo emergiram possibilidades e reflexões críticas sobre os trabalhos efetivados e proposições de outros modos de abordagens. Dentre esses se destacam as práticas participáveis e a consideração dos espaços coletivos, o que gerou propostas de trabalhos em comunidades.

O resultado de nova concepção de uma psicologia mais participativa teve registros formais na década de 70. Tais registros referiam-se à participação de psicólogos em trabalhos associados à esfera da educação e da saúde mental no âmbito da prevenção. As ações eram inspiradas na psiquiatria comunitária, um ramo da psiquiatria social cujo trabalho era voltado para integrantes de comunidade. Essa abordagem foi adotada no Brasil e orientou diferentes práticas psicológicas em comunidades de classes populares brasileiras. Exemplo disso foi à implantação do centro médico social São José do Murialdo-Porto Alegre.

Em meados do ano 70, a ditadura militar demonstrava um desgaste, o que gerou freqüentes manifestações populares contra a repressão política. No contexto econômico, a crise assolava o país. Mesmo assim, persistiam as políticas desenvolvimentistas pautadas na abertura do capital estrangeira e na distribuição desigual das riquezas. A participação de intelectuais em movimentos políticos era crescente e na psicologia, no mesmo tempo que instauravam a instituição de conselhos federal e regional da profissão, surgiam manifestações que procuravam desmistificar as teorias psicológicas, discutindo suas origens ideológicas e os valores subjacentes as lógicas postuladas. Como decorrência, a relevância social da psicologia passou a ser alvo de problematizações, o que recrudesceu a permanência de transformações epistemológicas na área tendo em vista o conhecimento e a crítica acerca dos condicionamentos históricos, sociais e técnicos.

Com o avanço da abertura política e os movimentos sociais associados a ela, muitas práticas psicológicas se integraram às perspectivas da emancipação social. Tomamos como exemplo a promulgação da Constituição 1988, que fizeram com que as expressões inclusão, igualdade e cidadania fossem mais freqüentes na produção de conhecimentos e nas práticas dos psicólogos.

Muitos dos profissionais da psicologia optam por ser um profissional autônomo, bem sucedido, respaldado por um amplo cadastro de “pacientes particulares”. Mas há outros que se identificam pelo trabalho no âmbito coletivo que vem na comunidade uma categoria de análise e intervenção relevante no campo da psicologia. A ampliação desses trabalhos comunitários implicou a necessidade de intercâmbio da comunidade científica, fato que se tornou mais acessível após criação da Associação Venezuelana de Psicologia Social- AVEPSO, em 1980 e no Brasil foi criado a Associação Brasileira de Psicologia Social- ABRAPSO. Essa pretendia favorecer a articulação de uma psicologia social critica com possibilidades transformadoras.

Atualmente, com o acirramento do processo de globalização, a relação psicologia- comunidade teve novos olhares e outras perspectivas. Com uma posição mais crítica em relação à realidade social e à contribuição da ciência para a transformação da sociedade, vem sendo desenvolvida uma nova psicologia social, buscando a superação das limitações apontadas anteriormente.

A psicologia social mantém-se aqui como uma área de conhecimento da psicologia, que procura aprofundar o conhecimento da natureza social do fenômeno psíquico.

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