Relações de Gênero e Etnia
Por: Stela01 • 10/5/2022 • Trabalho acadêmico • 1.319 Palavras (6 Páginas) • 94 Visualizações
Relações de gênero e etnia, está foi a disciplina trabalhada com a da turma de serviço social 2017 UFPA campus Marajó Breves, obteve docente a professora Merize Américo, disciplina ministrada na modalidade remota, ou seja, em formato ERE em período de pandemia. No decorrer da disciplina podemos contar com diversos instrumentos de informações, obtivemos recursos visuais relatos de profissionais, reflexões musicais, debates de obras literárias interligados com teóricos da área do serviço social.
A dinâmica aplicada no decorrer da disciplina nos proporcionou uma gama de conhecimento indispensável para qualquer profissional do serviço social, afinal foram abordados discussões com temas essências diante do que se discute como base para as problemática advindas das relações sociais, temas como: construção social das relações de gênero, sexualidade, raça, etnia, e classe social, serviço social e relação de gênero e políticas públicas, reconhecimento da desigualdade de gênero e etnia, o sistema de cotas como mecanismos de ações afirmativas, desigualdades étnico- raciais e estratégias de resistências. O objetivo do trabalho é fazer um apanhado de alguns dos principais pontos debatidos em sala de vídeo aula, levando em consideração as bibliografias utilizadas e as discussões levantadas.
O trabalho consiste em discutir as relações de gênero e etnia e como estabelecer a unidade do ser humano sem recorrer a uma abordagem antológica. Pressupondo que, se nos atentarmos dialeticamente podemos perceber que as relações de gênero determinam o conjunto das relações sociais, assim como o conjunto de relações sociais também determinam as relações de gênero, de modo que se faz necessário salientar o curso de desenvolvimento histórico em que a humanidade construí-o essas relações desiguais. Validando a categoria patriarcado e demonstrando a sua relação indissociável com o modo capitalista, que proporcionou o surgimento de contradições e antagonismo que se apresentam no decorrer da história e no presente. A história mostra que homens ou mulheres enquanto seres sociais vivenciaram trajetórias distintas, apesar deste fato ter sido ignorado até a modernidade. Isso evidencia caráter social e histórico das relações socias de dominação e exploração, que retardou a busca da igualdade entre homens e mulheres. O que vai de encontro com os princípios sociais e éticos trabalhados como código pelo profissional do serviço social esses princípios preservam o entendimento de equidade social.
principio I: Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas politicas a ela inerentes-autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.
“são polemica a afirmação de que a minha liberdade acaba quando começa a do outro. Esta é uma ideia asolutamente contraria a de um projeto político social transformador, pois é individualista(...) para quem tem projeto político social, a minha liberdade acaba quando acaba a do outro. Se algum homem não é livre, nenhum homem é livre. A liberdade nao é um problema individual, como a ética tambem nao. (...) A sociedade so será livre se todos os homens forem”. (Mario Sergio Cortella, livro do serviço social e ética, 1996
Princípio II: defesa intransigente dos direitos e do autoritarismo.
Exemplo: “Os direitos constitucionais sao rasgados dia a dia pela força imperiosa do capital que na pespectiva de garantia do seu projeto de acumulaçao e coisificaçao do humano, reproduz uma sociabilidade desigual, patriarcal, sexista, racista e homofobica. As formas de dominaçao vivenciadas pelos segmentos explorados e oprimidos socialmente estao alem dos julgamentos moralistas. (...) desafios que se apresentam como a necessidade da reflexao crítica dos direitos humanos com vistas a superar a concepçao liberal que redunda, na maioria dos vedas vezes na sua defesa formal e abstrata”. (CFESS Manifesta, 2008)
princípio IV: Defesa do aprofundamento da democracia enquanto socializaçao da participaçao politica da riquesa socialmente produzida.
“Temos que (...) tomar a democracia cmmo um ponto central de qualquer projeto que venhamos. Esse valor é, talvez, o primeiro e basico de todos aqueles que temos que defender, (...) democracia, entendida como capacidade de controle real da populaçao e da sociedade organizada sobre suas condiçoes de produçao e de vida”. (João Machado, livro serviço social e ética,1996)
pricipio VI: Empenho na eliminaçao de todas as formas de preconceito, insentivando o respeito e a diversidade, a participaçao de grupos socialmente discriminados e á discurssao das diferenças.
Exemplo : “garantir a objetivaçao da diversidade humana na vida cotidiana exige nova sociabilidade, capaz de estruturar relaçoes de igualdade, pois sao por meio das relaçoes igualitarias, postas de forma real e concreta, que se descortinan possibilidades efetivas para que os individuos vejam sua diversidade tornar-se materia prima de um cotidiano com sentido e com liberdade” ( Silvana Mara de Moraes dos Santos: Anais do 3º Encontro nacional CFESS/CRESS, 2006).
A divisao sexual do trabalho é a base da opressao e desigualdade entre homens e mulheres, ela é historica é uma relaçao que está em disputa e que pode ser mutavel e modificada, a partir das lutas feministas pode ser observar que os papeis de homens e melhures nao sao destinos biologicos mais sim construçoes sociais que possuem uma base material que sao as relaçoes de gênero, essas relaçoes acontecem na sociedade historica, e nao nascem com a gente. O que contribui para o entendimento do movimento feminista que traz uma aparente neutralidade, percebendo que há uma relaçao social e especifica entre os sexos, naturalizando a dinamica de que há uma coestensividade entre gênero, raça e classe, e mostrando como nao é possivel hierarquisalas, pois sao interligadas e acontecem ao mesmo tempo, sao lutas simutaneas. Que nos desafiam a pensar o conjunto das relaçoes para a busca da transformaçao integral de ambas.
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