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Resenha Crítica : Sustentabilidade Ou Utopia

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Por:   •  4/6/2014  •  1.078 Palavras (5 Páginas)  •  1.692 Visualizações

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AFONSO, Cintia Maria. Sustentabilidade: Caminho ou utopia? 1ª edição: fevereiro de 2006. São Paulo: Annablume.

Sustentabilidade: caminho ou utopia? Este livro foi escrito por Cintia Maria Afonso, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1980). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, atua principalmente nos seguintes temas: planejamento ambiental, projetos paisagísticos e projetos de edificações.

O aludido livro apresenta possibilidades, dificuldades e planejamentos a longo prazo para uma sociedade que necessita de um mundo sustentável. A autora apresenta de maneira explícita que, para se alcançar o objetivo de um mundo sustentável, transformações do meio social em diversos aspectos – substituição dos combustíveis fósseis, meios de transportes e transformações culturais – são vitais. Logo, seria necessário reeducar a sociedade a um novo estilo de vida, em que, não mais seria necessário usufruir de recursos nocivos a Terra para suprir as necessidades da sociedade.

No primeiro capítulo a sustentabilidade é conceituada como a “manutenção quantitativa e qualitativa do estoque de recursos ambientais, usada sem danificar suas fontes ou limitar a capacidade de suprimento futuro” (Afonso, 2006, p.11), conceito este, que surgiu após muitos debates na década de 1960 e fortalecido no Relatório Brundtland. A partir de estudos realizados pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento foi notada uma incompatibilidade entre o desenvolvimento sustentável e os atuais padrões de produção e consumo. Com esta problemática, traçaram-se medidas para transformar a sociedade e permitir que a mesma esteja em harmonia com as metas e as estratégias decididas no relatório.

O segundo capítulo relata que a partir do século XVI foi-se aprimorando o conhecimento concernente ao termo ciência e a partir de estudos realizados sobre o funcionamento do meio ambiente foi possível concluir que o domínio da natureza é essencial para sobrevivência humana. Neste mesmo período, pesquisadores americanos também formularam a ideia de preservar regiões com belas paisagens e tão logo este pensamento foi disseminado e adotado como decreto federal em algumas regiões. Em 1960, fase pós segunda guerra mundial, surgem diversos movimentos sociais, preocupados com o domínio desordenado do homem a respeito da natureza, e assim as manifestações tomaram providências e apresentaram à sociedade diversos fatores que podem afetar drasticamente o meio ambiente, tais como: Uso da tecnologia nuclear, indústrias petroleiras e entre outros. Em consequência, a divulgação dos problemas ambientais e os movimentos de protesto obtiveram como resposta, programas específicos responsáveis pela preservação e conservação do meio ambiente nacional e internacionalmente e também motivou o acontecimento de inúmeras conferências relacionadas aos aspectos científicos do meio ambiente visando acordos, estratégias e comparações quanto ao índice de poluição anual e leis de conservação e preservação ao ambiente natural.

O terceiro capítulo aborda a respeito da ocorrência da Conferência Rio92, primeira reunião internacional a apresentar como objetivo principal a elaboração de estratégias almejando solucionar os efeitos da degradação ambiental. Nesta conferência também foi ratificada a Agenda 21, Declaração do Rio, Declaração de Florestas, Convenção sobre mudanças climáticas e Convenção sobre biodiversidade. Todos estes documentos aspiram à sustentabilidade. Dez anos depois é relatado que a Organização das Nações Unidas realizou uma nova conferência com o objetivo de avaliar o desempenho da Rio92 e foi possível concluir que “nos últimos anos pouco se avançou em direção à sustentabilidade já que, na prática, continuam a prevalecer razões e objetivos econômicos e financeiros, em detrimento de um mundo mais sustentável” (Afonso, 2006, p.30). Em meio a tudo isso é apresentado também o Protocolo de Kyoto que está inerente aos princípios das mudanças climáticas estabelecidas na Rio92 e tem como foco contribuir para a redução do efeito estufa através de metas de redução na emissão de gases.

O quarto capítulo denota estatisticamente a erradicação da pobreza como um dos problemas da economia brasileira. Essa questão é intensificada no país em virtude de 48,85% das famílias brasileiras não possuírem rendimentos suficientes para atender suas próprias necessidades ocasionando, assim,

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