TEORIA QUEER DECOLONIAL
Por: ANA CLARA RODRIGUES CAMPOS • 6/12/2022 • Trabalho acadêmico • 802 Palavras (4 Páginas) • 119 Visualizações
Qual a relação contraditória entre o poder coronelístico (herança colonial) com a teoria dos estudos de coloniais discutidas no texto "QUEER DECOLONIAL"?
Universidade Federal de Góias (UFG) primeiro periódo 07/10/2021
Professora Meire - Antropologia Alunos: Ana Clara Rodrigues Campos e João Pedro
de Castro Godinho
O texto aborda de forma crítica porém racional, a forma como esses dois conceitos, sendo eles o decolonialismo e a teoria queer concordam e assumem semelhanças, principalmente contra a colonialidade e seus conceitos. O texto afirma, dessa forma, que segundo o autor Quijano, citado no texto é necessário distinguir os conceitos de colonialismo e colonialidade, pois apesar de relacionados, possuem definições distintas, pois enquanto se refere somente ao período histórico, o outro se trata de pensamentos e consequências da colonização que se perpetuam, como o pensamento eurocentrista, normativo, segregador e submissor, o coronelismo é condizente com essa conduta de controle, principalmente político que justamente é o que o conceito decolonial tenta se afastar.
Para entendermos essas definições antes de juntá-las, precisamos entender cada uma por si. O decolonialismo é justamente uma linha de pensamento oposta ao colonialismo, onde busca se desprender desses conceitos eurocentristas e conservadoristas, onde busca-se compreender que temos que trilhar nossos próprios caminhos seguindo nossas próprias culturas, aí que entra a semelhança com a teoria queer. Pois veja bem, essa teoria foi criada justamente para quebrar ou refletir sobre o conceito heteronormativo de sexo e gênero, se afastando de uma visão imposta pela Europa também, ambos tentam quebrar essa normatividade imposta, já que a teoria queer acredita que essas imposições são culturais. De certo modo, a teoria de Queer trata-se também sobre gêneros, ela busca ir além da essência baseada na oposição homem vs mulher, aprofundando também os estudos á orientação sexual e identidade sexual que são afetados através de uma construção social, de uma coercitividade advinda da heteronormatividade, e que, portanto, não existem papéis sexuais essenciais ou biologicamente inscritos na natureza humana, antes formas socialmente variáveis de desempenhar um ou vários papéis sexuais. Por essa razão o autor do artigo tenta aproximar esses dois conceitos, criando assim o que ele denomina de ¨QUEER decolonial¨.
Totalmente diferente da teoria queer e da decoloniedade, o colonialismo e a coloniedade, moldam um pensamento voltado para o eurocentrismo, conservadorismo, submissão de classes, e violência punitiva. É importante lembrar que a teoria queer propõe o questionamento ao que entendemos como verdade, as noções de uma essência do masculino, do feminino e essência do desejo.
Apesar de o colonialismo e a coloniedade andarem lado a lado, os dois termos possuem diferenças sendo elas segundo Aníbal Quijano, colonialismo diz respeito a uma "relação de dominação direta, política, social e cultural dos europeus sobre os conquistados de todos os continentes." E a colonialidade é referente ao entendimento de que o término das administrações coloniais e a emergência dos Estados-nação não significam o fim da dominação colonial, como afirma o autor, a continuidade da estrutura de poder colonial e, portanto, da dominação colonial, por meio do que denomina colonialidade sendo, então, posta a necessidade de um movimento teórico-político de contraposição, o decolonial, ficando assim bem visível a diferença entre o “QUEER decolonial” e o colonialismo juntamente com a coloniedade.
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