UM NOVO OLHAR PARA RESSOCIALIZAÇÃO
Por: Godon • 14/3/2018 • Relatório de pesquisa • 1.803 Palavras (8 Páginas) • 205 Visualizações
UM NOVO OLHAR PARA A RESSOCIALIZAÇÃO
RESUMO
Este presente trabalho visa realizar intervenção psicossocial de crianças, jovens e família, propondo uma atuação compromissada, visando à transformação social, promovendo autonomia, formação de vínculos afetivos, estimulando o protagonismo social e a construção do projeto de vida. Falar de intervenção psicossocial é falar de uma atuação em instituições e locais onde se concentram a camada mais vulnerável da população. Nesse sentido, crescem as organizações não governamentais que se dedicam e lutam para oferecer melhores condições de vida a essas pessoas e é nesse contexto que atua a Associação “novolhar”, que está a dezenove anos contribuindo para inclusão social, tendo como pressuposto teórico a Psicologia Social, onde foram utilizadas técnicas da psicoterapia breve e psicodrama através de dinâmica em grupo e atendimentos individuais. A intervenção tem como objetivo possibilitar um espaço de escuta e reflexão, no qual os indivíduos percebam-se detentores de poder e autonomia. Por isso a importância de se trabalhar aspectos psicossociais, para que a posição de pobreza e exclusão não se apresente como definitiva na trajetória dessa população. Palavras-Chave: Psicologia social; psicoterapia breve; exclusão; transformação.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
2. OBJETIVO 6
3. JUSTIFICATIVA 6
4. MÉTODO...............................................................................................................................7
5. DISCUSSÃO 7
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 8
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9
- INTRODUÇÃO
A Associação “Novolhar”, situada no bairro da Bela Vista, desenvolve um trabalho com crianças, jovens, famílias e comunidade há dezenove anos, visando contribuir para a inclusão social e educação integral com foco na sustentabilidade. Ao todo, atendem 120 crianças sendo sessenta no período da manhã e sessenta no período da tarde.
Os alunos de psicologia da UNINOVE realizaram estágio na instituição, uma vez por semana, com objetivo de dar suporte às famílias, crianças e adolescentes em vulnerabilidade sociais vinculadas a associação, buscando compreender e atender tanto quanto possível as demandas, tanto da instituição quanto dos que a frequentam através da psicoterapia breve com atendimentos em grupo e individuais utilizando o método do psicodrama, definido por Blatner e Blatner (1996, p.17):
É um método de psicoterapia no qual os pacientes dramatizam os acontecimentos marcantes de suas vidas em vez de apenas falar a respeito deles. Isso implica numa investigação participativa não apenas de acontecimentos históricos, mas também, o que é mais importante, das dimensões dos acontecimentos psicológicos pouco abordados no processo dramático convencional: pensamentos não ditos, encontros com aqueles que não estão presentes, retratos de fantasias sobre o que as outras pessoas sentem ou pensam, antever futuras possibilidades e diversos outros aspectos da fenomenologia humana.
A psicoterapia breve é um tipo de tratamento psicológico com um foco. A atenção deve recair sobre uma queixa específica do paciente, que será trabalhada após uma análise do seu quadro. Para isso, já nas primeiras consultas é definido um foco, bem como as estratégias para alcançá-lo. Na psicoterapia breve o psicoterapeuta se expressa mais, assumindo uma postura mais ativa e com maior número de intervenções. Apesar de ser uma terapia breve, ela não exige pressa, pelo contrário, ela permite que profissional e paciente trabalhem juntos, com foco na resolução de crises pontuais.
Na instituição, temos o objetivo de conhecer o paciente, investigar os vários aspectos de sua vida e personalidade e ajudá-lo a compreender melhor o que se passa com ele, o que desencadeou seu sofrimento e, consequentemente, proporcionar não o máximo, mas o suficiente para ajudá-lo em um momento difícil de sua vida. Se tratando de uma instituição, são necessárias posturas mais flexíveis no tratamento. Alguns autores como Knobel (1986), Braier (1984), Simon (1983) e Fiorini (1981, 1986) defendem essa ideia e adotam posturas flexíveis, mesmo quando não podem ser caracterizados como ecléticos, percebe-se neles uma clara tendência a adotar critérios de indicação mais amplos, objetivos mais adaptados às possibilidades de cada paciente e a se valer de uma variedade de recursos técnicos para buscar esses objetivos.
2. OBJETIVO
Oferecer suporte terapêutico às crianças, jovens e famílias atendidas no projeto social e atenção psicológica à comunidade em situações de desamparo frente à violência urbana.
3. JUSTIFICATIVA
O presente trabalho tem como objetivo destacar a importância da Psicoterapia Breve (PB) no contexto institucional, tendo como foco a associação “Novolhar”. O propósito da PB é compreender, a partir do discurso do sujeito, qual seria o foco, ou seja, a questão central, para ajudá-lo a retomar seu equilíbrio psíquico.
Segundo Kahtuni (2003) o foco é estabelecido por meio de um recorte no conteúdo trazido pelo paciente, percebido logo nas primeiras entrevistas, estabelecendo preferencialmente um assunto.
O trabalho terapêutico desenvolvido pelos estagiários visa levantar as demandas trazidas pelas crianças, adolescentes e familiares, a fim de desenvolver ações com a finalidade de identificar os conflitos e planejar estratégias de intervenção com o propósito de atingir os objetivos em um prazo bem mais curto de tempo por meio da escuta e dinâmica de grupo.
A técnica usada dessa modalidade psicoterápica possui como propósito ampliar as potencialidades das crianças e familiares, a fim de estabelecer o equilíbrio psíquico, resgatando assim, atitudes mais produtivas perante a vida.
4. MÉTODO
O estágio realizado na instituição “Novolhar” tem como propósito realizar suporte terapêutico às famílias das crianças atendidas e plantão terapêutico, dando atenção psicológica à comunidade em situações de desamparo frente à violência urbana. Para a concretização desse estágio, temos encontros semanais na instituição seguidos de leituras e discussões sobre temas como Instituição, Psicodrama e Terapia Breve. Também são realizados atendimentos individuais e grupais, sendo acompanhados de supervisões semanais que auxiliam nos atendimentos terapêuticos.
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