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A ACESSORIA E CONSULTORIA

Por:   •  19/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.109 Palavras (9 Páginas)  •  472 Visualizações

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UNIVERSIDADE  UNIDERP

Serviço Social

Assessoria e Consultoria em Serviço Social

3ª e 4ª Etapa da ATPS (Atividades Práticas Supervisionadas)

Campo Grande- MS

2016

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UNIVERSIDADE  UNIDERP

Serviço Social

Assessoria e Consultoria em Serviço Social

3ª e 4ª Etapa da ATPS (Atividades Práticas Supervisionadas)

Trabalho Avaliativo apresentado na disciplina  Assessoria e Consultoria em Serviço Social, do 7º semestre, da turma N71 do Curso de Serviço Social da Universidade UNIDERP, sob avaliação da Professora Selma Rocha, para obtenção de nota.

Campo Grande- MS

2016

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta o debate feito a partir das análises sobre a temática assessoria e consultoria no Serviço Social como possibilidade de atuação, nos últimos anos os assistentes sociais têm exercido sua prática no campo da assessoria e consultoria, uma temática emergente que sempre esteve ligada a busca de novas possibilidades de atuação profissional.

Conhecer a prática do Serviço Social e suas experiências em assessoria e consultoria em conselhos de saúde e movimentos sociais pela política pública de saúde. A atividade de assessoria e consultoria configura enquanto competência e atribuição privativa do assistente social, de acordo com a Lei de regulamento da profissão.

 

        

Assessoria e Consultoria- Campos de Atuação

Década de 1970  

Década de 1980

Década de 1990

Década de 2000

A remota produção dos anos de 1970 apresenta a assessoria como uma estratégia de atuação que visa à superação da tricotomia de intervenção, à época, do Serviço Social: caso, grupo e comunidade. Aponta para a riqueza da atuação profissional na assessoria, mas já indica a nebulosa compreensão do que seja assessoria, a partir de entrevistas com assistentes sociais que se julgam assessores. O estudo conclui que na realidade poucas dessas atuações são de assessoria e o que há é uma adoção dessa nomenclatura devido ao status que a mesma disponibiliza

Os anos de 1980 apresentam duas importantes questões para o estudo do tema. O primeiro é o artigo sobre assessoria escrito por Balbina Ottoni Vieira (1981) e inserido em seu segundo livro sobre supervisão. Esse artigo, escrito em pressupostos do estrutural-funcionalismo, trata da importância da assessoria para assistentes sociais. A segunda questão é a experiência, vivenciada por vários cursos de Serviço Social no Brasil, da criação de campos próprios de estágio junto aos movimentos sociais. Esses trabalhos, mesmo que na época não seja ainda uma assessoria, face à nebulosa relação entre exercício profissional e prática política, foram os percussores das atividades de assessoria que hoje os assistentes sociais desenvolvem no campo das políticas sociais.

Os anos de 1990 apresentam um boom da temática assessoria, que está ligado a duas questões. A primeira pela conjuntura de reestruturação produtiva e reforma do aparelho do Estado que exigiu a reorganização das instituições. Nesse processo, o conhecimento do Serviço Social foi solicitado (o que demonstra o reconhecimento acadêmico da profissão) e disponibilizado, tanto na perspectiva da busca da garantia dos direitos da população usuária, como ao contrário com vistas a contribuir para aprofundamento da redução de direitos que a citada reforma e a reestruturação produtiva promoveram. Aqui também há indícios de um elogio inocente dos assistentes sociais ao seu trabalho de assessoria sem perceber que o deslocamento do seu exercício profissional, sem a sua substituição por outro profissional da área, era prejudicial para a população usuária. Por outro lado, fruto do mesmo reconhecimento acadêmico, há importantes experiências de assessorias a implementação das políticas sociais pós Constituição Federal de 1988. Quanto à realização dos campos próprios de estágio, há uma brusca redução destes na maioria dos cursos de Serviço Social do Brasil, fruto da releitura do Serviço Social sobre a factibilidade destes e, em especial, do desfinanciamento da extensão nas universidades.

Nos anos 2000, a temática assessoria/consultoria continua presente em iniciativas profissionais, mas ainda pouco problematizadas sobre o que sejam esses processos. Identificam-se experiências de assessoria com diferentes perspectivas políticas. Importante se atentar para o grande crescimento dos cursos privados de Serviço Social e a estratégia destes na construção de campos próprios, dada a impossibilidade de inserirem o grande número de alunos que têm nas instituições onde atuam os profissionais de Serviço Social nas diferentes cidades brasileiras. Emerge, então, nesse período, textos que se intitulam sobre assessoria, mas que na sua maioria são problematizações ou relatos sobre trabalhos, na sua maioria pontuais, junto a comunidades, movimentos sociais ou entidades de trabalhadores, frutos dessas experiências universitárias.

Nos últimos anos temos assistido no Serviço Social referências ao exercício profissional no campo da assessoria/consultoria. Isso é interessante, mas como toda temática emergente deve ser tratada com cuidado para que não se caia em um modismo, tão querido pela onda pós-moderna na sua busca frenética de novas “teorias” e “metodologias”. Acreditamos que a temática da assessoria/consultoria é importante para a profissão, mas não pode ser tratada de forma independente do rico debate teórico que o Serviço Social vem acumulando nas últimas décadas. Uma temática só é emergente em uma profissão quando há a incidência de pelo menos duas variáveis. Uma é a conjuntura, que passa a uma categoria profissional um conjunto de demandas que até então eram inexistentes ou inexpressivas. É a demanda da realidade e a capacidade de resposta dos profissionais que fazem a emersão, ou não, da citada demanda. Outra variável é que, ao mesmo tempo em que conectados com a realidade, os profissionais de uma categoria, podem estimular a realização de ações até bem pouco tempo não priorizadas ou mesmo não realizadas. Obviamente, que a segunda variável só se efetiva se houver uma ressonância da demanda na realidade, ou seja, o que está colocado é a capacidade de alguns profissionais de perceberem uma demanda em potencial e provocá-la para que esta se efetive.

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