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A Economia Política

Por:   •  4/11/2019  •  Artigo  •  1.721 Palavras (7 Páginas)  •  154 Visualizações

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Explique, a partir do debate sobre o trabalho, da teoria da exploração marxiana e da sua fórmula da circulação capitalista, como o dinheiro se valoriza e se transforma em capital?

No processo de formação da sociedade é possível notar que, existiram diferentes formas que se deram as relações para circulação de mercadorias, seja ela para subsistência ou com fins lucrativos. Inicialmente, foi predominante a relação de troca entre produtores locais voltados apenas para suprir as necessidades de determinados produtos vitais para reprodução humana e, posteriormente, se estabeleceram relações que designavam como seu objetivo a produção de dinheiro, que se expressa em forma de mercadoria. Assim, é possível entender como o capital teve sua gênese em forma de dinheiro.

É fundamental o entendimento dos conceitos de trabalho e de mercadoria dentro da sociedade capitalista e sua importância para a estruturação da mesma. A seguir, um trecho da obra, Marx e a Economia Política: a crítica como conceito, de Aloísio Teixeira onde ele afirma a presença de expropriação e exploração como criadora de valor.

“Ao se tornar dominante, o capital subsume o trabalhador, aprisiona o trabalho, mercantiliza a força de trabalho e torna o processo de trabalho meio de produção de mais-valia e, portanto de capital. Por isso a troca, nas sociedades em que rege a produção capitalista, não se dá, como na sociedade mercantil simples, proporcionalmente à quantidade de trabalho, mas proporcionalmente à quantidade de capital investido na produção.” (TEIXEIRA, 2000, p. 103-104)

Tendo em vista que, o desenvolvimento da sociedade capitalista baseia-se na exploração da força de trabalho do proletariado e o trabalho sendo o principal criador de valor, partindo de um referencial marxista, é possível afirmar que, o modo de produzir capitalista tem a sua principal fonte de lucratividade baseado na acumulação de riquezas, mercadorias que se expressam em forma de dinheiro.

Para explicar esse processo, seu caráter e significado, é importante lembrar que, o dinheiro é utilizado como equivalente geral, meio de troca, meio de circulação e reserva de valor, e surgiu como demanda das relações de troca de mercadorias para obter um equivalente comum que facilite e torne um processo mais justo. A primeira relação econômica onde o dinheiro se faz presente é M-D-M, que é o processo de venda de mercadoria destino a garantir o dinheiro que será investido na compra de mais mercadoria sem a sua acumulação. Em seguida, existe outra fórmula dessa relação que é a D-M-D, onde o dinheiro inicial, provindo de expropriações, é usado para a compra de mercadorias, como força de trabalho e meios de produção, e sua venda gera mais dinheiro do que obtido inicialmente, em sua obra, O Capital, Marx exemplifica essa questão.

"Se compro 2 mil libras de algodão por £100 e revendo as 2 mil libras de algodão por £110, o que faço no fim das contas é trocar £100 por £110, dinheiro por dinheiro. Ora, é evidente que o processo de circulação D-M-D seria absurdo e vazio se a intenção fosse realizar, percorrendo seu ciclo inteiro, a troca de um mesmo valor em dinheiro pelo mesmo valor em dinheiro, ou seja, £100 por £100. Sendo assim, o dinheiro neste último passo é chamado de capital, pois o que o difere dos outros são os fins acumulativos" (MARX, [1867] 2013, p. 193-194)

Então, as mercadorias nesses dois processos têm valores distintos, a primeira relação M-D-M a mercadoria atende um valor de uso, pois é voltada para suprir uma necessidade humana e tem um valor qualitativo. Já na relação D-M-D, a mercadoria exerce o valor de troca e quantitativo, pois é comprado com objetivo final de venda.

Baseado na obra de Marx é entendível que o início da formação do capital se dá devido à circulação de mercadorias que podem ser caracterizadas por quantitativas/valor de troca ou qualitativa/valor de uso. O comerciante investe seu dinheiro em produtos nos quais são vendidos por um valor maior para obter sua parcela de lucro. Portanto, o processo do valor inicial acrescido da mais-valia, é a transformação do dinheiro em capital.

Questão 2. Explique a teoria do valor-trabalho em Adam Smith, enfatizando o papel do trabalho na geração de valor e da organização política na distribuição da riqueza entre as classes sociais (2 pontos)

A divisão do trabalho foi o elo fundamental para que as forças produtivas de trabalho fossem aprimoradas. Segundo SMITH, a crescente quantidade de trabalho é pertencente a três episódios distintos: O primeiro é o aumento da quantidade de atividade que ele pode realizar, em detrimento do aperfeiçoamento da destreza do mesmo. O segundo é poupar tempo ao evitar uma mudança de um tipo de trabalho para o outro, ou seja, é impedir com que o trabalhador desenvolva uma tarefa diferente daquela com a qual ele já estava acostumado a realizar por anos. Já o terceiro episódio, refere-se à utilização das máquinas para facilitação do trabalho, de forma a diminuir o tempo de produção e aumentar ritmo de produtividade nas indústrias.

O valor na concepção de SMITH possui dois sentidos: O primeiro diz respeito ao “valor de uso”, que seria a utilidade que determinado objeto possui para diferentes pessoas e o segundo sentido refere-se ao “valor de troca”, que significa o poder de compra que o referido objeto apresenta em relação a outro objeto. Assim, se a pessoa visa somente à troca da mercadoria que possui, o valor da mercadoria é igual à quantidade de trabalho que essa possui.

De acordo com SMITH, “O trabalho é a medida real do valor de troca de todas as mercadorias”, ou seja, o produto do trabalho dos outros que definirá a quantidade de riqueza que o homem detém. Dessa forma, pode-se adquirir pelo trabalho tudo que é comprado através de dinheiro, o que faz com que o dinheiro seja apenas uma representação do trabalho. Conforme se dá a organização política da riqueza na sociedade, acaba por existir uma taxa comum para salário e para o lucro, ocorrendo uma regulação natural dessa taxa por meio da conjuntura da sociedade.

Portanto, na organização do trabalho entre proletariados e patrões fica claro que o intuito dos trabalhadores é sempre estar procurando alternativas para aumentar seus salários, enquanto que os patrões buscam o inverso, como consequência os trabalhadores estão sempre se organização por meio dos sindicatos para estarem discutindo sobre seus direitos.

Questão 3. Com

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