A Formação Do Engenheiro Inovador
Casos: A Formação Do Engenheiro Inovador. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: energia54passos • 14/7/2013 • 764 Palavras (4 Páginas) • 343 Visualizações
O engenheiro empreendedor com base científica
Usamos como título o perfil apresentado pela PUC-Rio, a partir do qual
serão discutidas as mudanças culturais e estruturais anunciadas acima. Este perfil
está definido em Scavarda do Carmo et al., 1997272, acompanhando a política
educacional recomendada pelo REENGE (Brasil) e pela NSF (EEUU). .
Este perfil ideal273, que substitui o do engenheiro científico gerado nos anos
50 e 60 do último século, pode ser sumarizado como o conjunto de competências
necessárias para fazer face às mudanças acima mencionadas:
• capacidade de gerenciar seu próprio fluxo de informações: capacidade de
aprender por conta própria, o que exige uma ampla base cultural e científica,
dado o presente estado do desenvolvimento tecnológico e a emergência de
novos problemas;
• competência para criar, projetar e gerenciar intervenções tecnológicas: ser
um proponente e um solucionador de problemas;
• competência em comunicação;
• capacidade de trabalho em equipe, capacidade de liderança;
• capacidade de avaliar os impactos sociais e e ambientais desuas intervenções,
ter perspectiva sobre suas próprias ações;
• visão de mercado, perspicácia em negócios;
• comportamento ético;
• e last but not least, espírito empreendedor.
"Espírito empreendedor" significa a capacidade de criar novos valores
através do reordenamento da realidade.
"O engenheiro empreendedor de base científica pretende, através de
intervenções técnicas cientificamente baseadas (descoberta, invenção,
planejamento, gerenciamento, organização) exibir e produzir novos
produtos, serviços, transações, recursos, tecnologias ou mercados que
sejam reconhecidos como válidos pela sociedade"274.
O empreendedor deve constantemente referir-se ao mundo que o envolve,
não somente para especificar o problema que precisa ser resolvido, mas também
para buscar sua solução, testá-la e desenvolvê-la. E deve perceber que a
sociedade atual – concorde ou não com ela – vê a atividade de engenharia em
271 Ver a reportagem da Folha de São Paulo citada no capítulo 3, por exemplo; ou os perfis definidos
pelo mercado de trabalho, no mesmo capítulo.
272 L. C. Scavarda do Carmo, J. A. Pimenta-Bueno, J. A. Aranha, T. S. da Costa, J. A. R. Parise, M. A.
M. Davidovich e M. A. da Silveira, The entrepreneurial engineer – a new paradigm for the reform of
engineering education, Proceedings of the ICEE97, Vol 1., Carbodalle, Ill., USA: Southern Illinois
University of Carbondale, 1997, p. 398-408.
273 Sempre lembrar que perfis de formação são ideais, constituindo idéias diretoras para a montagem
de currículos e escolha das metodologias e estruturas a serem utilizadas.
274 Scavarda do Carmo et al, 1997, op. cit.
Capítulo IV Educação para a inovação
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termos comerciais, e, assim deve estar preparado para negociar com esta
realidade.
Desenvolvendo engenheiros empreendedores na universidade
O perfil de formação do engenheiro empreendedor implica mudanças
curriculares nos cursos de engenharia, tanto quanto ao conteúdo a ser tratado
quanto às metodologias a serem adotadas275. Mais ainda, duas das competências
listadas acima são atitudes internas: ser um "solucionador de problemas" e
possuir um "espírito empreendedor". Para encorajar deliberadamente uma atitude
interna em estudantes, é necessário colocá-los em um ambiente onde a atitude
desejada seja corrente, onde a atitude em questão seja constantemente exigida e
exemplificada.
Neste
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