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A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA EDUCAÇÃO E TRABALHO

Por:   •  3/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.321 Palavras (18 Páginas)  •  265 Visualizações

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SUMÁRIO

1    INTRODUÇÃO.......................................................................................................3

2    DESENVOLVIMENTO

2.1 DIREITOS: UMA CONQUISTA NA HISTÓRIA......................................................4

2.2 GARANTIAS À EDUCAÇÃO E AO TRABALHO....................................................6

3 INCLUSÃO: UM NOVO DESAFIO

3.1 ACESSIBILIDADE..................................................................................................8

3.2 EDUCAÇÃO e MERCADO DE TRABALHO INCLUSIVO......................................9

4    O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL SOBRE A TEMÁTICA....................................12

5    CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................14

REFERÊNCIAS..........................................................................................................15



  1. INTRODUÇÃO

Diante de uma sociedade em constante desenvolvimento, há que se considerar o tema da inclusão social um grande desafio, principalmente quando tratamos da inclusão daqueles que, em detrimento do seu potencial intelectual, são originalmente discriminados em sua limitada condição física. Por longos anos, pessoas com deficiência tiveram simplesmente subtraídas de si a possibilidade de tornarem-se efetivamente úteis a esta sociedade, pois as políticas públicas sempre transferiram para os responsáveis legais a dura missão de “terem que conviver com algo que parecia ser definitivo e sem solução”; um julgamento cruel que permeou diversos núcleos familiares que viam nos seus entes deficientes a incapacidade de crescer, de produzir e de desenvolverem-se tais quais seus pares padronizados como “normais”, dentro do contexto da educação e do trabalho.

Como afirma Silva (1987): “anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a própria humanidade” (Silva, 1987, p. 21).

Esta afirmação diz respeito à constatação de que sempre existiram na História indivíduos com alguma limitação física, sensorial ou cognitiva. Na Idade Média, os sérios problemas mentais, as incapacidades físicas e as malformações congênitas, eram quase sempre considerados como sinais da ira divina, classificadas como “castigo de Deus”. As pessoas que não tinham um aspecto físico dentro um padrão de normalidade, passavam por situações de extrema privação e quase que na absoluta marginalidade.

Com o passar dos séculos a assistência e a qualidade do tratamento dado para as pessoas com deficiência tiveram um fundamental avanço. O amadurecimento das civilizações e a progressão dos temas ligados à cidadania e aos direitos humanos incitaram, sem dúvida, outro pensamento em comparação às pessoas com deficiência.

Esse trabalho tem como objetivo, portanto, pontuar aspectos históricos que ilustram a trajetória das pessoas com deficiência no contexto da educação e do trabalho, e o importante passo que a Sociedade, os Governos e as políticas públicas permitiram dar na promoção dos direitos fundamentais destas pessoas, tão capazes e tão merecedoras de conquistar o seu espaço social.


  1. DESENVOLVIMENTO

2.1 DIREITOS: UMA CONQUISTA NA HISTÓRIA

A Idade Média foi uma ocasião histórica em que foram fortalecidas as ideias de inabilidade e de improdutividade das pessoas com deficiência, restando para elas, então, as vicissitudes da mendicância. Neste tempo fala-se, também, na profissão de esmorecer. De modo que as pessoas com deficiência que não se enquadrassem nessa realidade estariam, automaticamente, excluídas (BAHIA, 2000, p.19). Tanto os nobres como os plebeus que viviam na Roma Antiga tinham consentimento para fazer sacrifícios dos filhos que nasciam com algum tipo de deficiência. Da mesma forma, os bebês e as pessoas que adquiriam alguma deficiência eram lançados ao mar ou em precipícios na Esparta. O uso lucrativo de pessoas com deficiência para fins de servilismo ou distração das pessoas ricas apresenta-se, talvez pela primeira vez, na Roma Antiga. Todos que tinham algum tipo de deficiência de quando em quando eram relacionados a tavernas, bordéis, a casas comerciais, bem como a atividades dos circos romanos, para atividades simples e às vezes degradantes. Cegos, surdos, deficientes mentais, deficientes físicos e outros tipos de pessoas nascidos com má formação eram usados pelos ricos, como se do ponto de vista ético fosse algo normal, pela notória certeza que detinham de que fossem superiores reais. Tragicamente, este mau costume repetiu-se várias vezes na história, não só em Roma.

O poder da doutrina cristã, voltada para a caridade, simplicidade, amor ao próximo, para a benevolência, para a valorização e compreensão da pobreza e da modéstia da vida, achou respaldo na vida de uma população excluída e desfavorecida, dentro da qual estavam aqueles com defeitos físicos ou problemas mentais. Ao longo da história, esses valores e concepções vêm se alterando sob o predomínio de fatores sociopolíticos e econômicos, geralmente avalizados pelo conhecimento científico disponível a cada época.

No Brasil colônia, a pessoa com deficiência era de responsabilidade exclusiva da família. De maneira geral, as crenças no sobrenatural e a ignorância em relação à dimensão científica da questão determinavam, na população, a prevalência de uma leitura carregada de mitos, preconceitos e fatalismos, no que se refere à deficiência em si e à pessoa com deficiência. Essa leitura, por sua vez, fazia do trato da deficiência uma tarefa difícil, dolorosa e frustrante.

Há que se considerar, portanto, que ao longo da história moderna e contemporânea um vasto caminho fora percorrido até chegarmos aqui. A discussão efetiva, nos mais diversos foros de Direitos Humanos, acerca dos direitos das minorias, incluindo-se aí os deficientes físicos, mentais ou visuais, permitiu-nos chegar à elaboração de leis de defesa das garantias fundamentais que envolveram toda a sociedade, as entidades de classe, os políticos, as empresas e o serviço público, até podermos vislumbrar a inclusão na pauta dos temas que abordariam tais necessidades de transformação desta mesma sociedade, pela compreensão (ainda frágil) dos aspectos que envolvem o “ser deficiente”. Muitas lutas foram travadas, muitos desafios tiveram que ser vencidos, muitos gritos de socorro foram ouvidos. Porém, há que se considerar o fato de que, apesar das muitas conquistas possíveis e das muitas portas que foram abertas, resta-nos manter vigília sobre os que representam esta parcela da sociedade para que jamais parem de travar as discussões que darão prosseguimento às transformações que o país precisa, sobretudo quando observamos que é possível conquistar mais, é possível participar efetivamente do desenvolvimento econômico da nação quando podemos contar com cidadãos que carregam consigo potenciais intelectuais, físicos e mentais que trarão, sem dúvida, mais riqueza, mais harmonia e mais oportunidades àqueles que ainda se encontram à margem da sociedade, exclusos e esquecidos nos guetos.

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