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A INSEGURANÇA ALIMENTAR E A FOME

Por:   •  26/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  672 Palavras (3 Páginas)  •  242 Visualizações

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INSEGURANÇA ALIMENTAR E A FOME[1]*

Cecilia Ladeia Almeida[2]

INTRODUÇÃO

Até qual ponto é possível assegurar a sua própria sobrevivência? A incógnita para essa questão ainda está em aberto quando falamos em segurança à alimentação. Isso, pois, a população não tem o seu direito garantido no cotidiano como se é prezado e contemplado pelas leis. Ao passar da história podemos notar a presença de uma precarização da distribuição de alimentos de forma igualitária e justa.

Com a chegada do capitalismo podemos notar o afastamento entre classes, e, no entanto a crescente desigualdade social entre as duas classes estabelecidas. A problemática está em que, há uma dominância em uma classe sobre outra, mesmo quando a questão esteja ligada a assuntos necessários e “simples”.

Com isso, o seguinte ensaio busca assimilar o atual sistema vigente (em quase todo o mundo) com a problematização e a questão da insegurança alimentar. Estando assim divido em dois momentos, a qual o primeiro momento traz a narrativa sobre como a fome está enraizado em nossas sociedades e o segundo, pelo qual busca fazer uma análise acerca do sistema capitalista e suas consequências no mundo, buscando compreender como a insegurança alimentar e a fome implicam diretamente como constantes desse sistema.

Alimentação e seu enraizamento

Para a compreensão da temática inicial, se torna necessário a captação de informações sobre o entendimento da alimentação. Ao lidarmos com o mundo, é possível assimilarmos a ele, a ideia da precarização ofertada da alimentação e a fome abrangente e englobada, em todos os países.

Em séculos anteriores, até era usual assimilar essa ausência de alimentos à “‘crises de escassez’ devidas a catástrofes naturais (estiagens, alagamentos, incêndios, etc.) ou humanas (guerras e deslocamentos populacionais)” (COGGIOLA, 2015).

Embasando nisso, atualmente, tratamos e entendemos a fome de forma naturalizada, sem entender que a sua essência esteja enraizada puramente em uma falsa segurança de vida, pois não se trata apenas de uma falta de demanda de alimentos no mundo, mas sim, da falta da distribuição e oferta igualitária desses alimentos, de acordo com Hoffmann.

Contudo, a compreensão e a justificativa desse fator só se tornam notório quando estudamos a base em que essa estrutura se baseia. Uma estrutura societária embasada na divisão e desigualdade social entre classes.

Base estrutural no sistema vigente

 Atualmente, podemos sentir a presença do sistema capitalista arrepiando cada parte dos nossos corpos e almas. Com a chegada desse sistema, há um grande escape para que a ganância e poder alcançado pela uma minoria, sobreponha uma maioria.

Graças à disposição e divisão das classes nesse sistema, podemos situar fatores que vão desde um poder político até um poder individualizado sobre o próprio ser, ou seja, até mesmo necessidades pessoais (higiene, alimentação e afins) não podem ser ponderadas da mesma forma em ambos.

É compreensível apontar de acordo com Boas, que a desigualdade entre a distribuição de renda é um fator que impede significativamente que uma parcela da população não tenha acesso à alimentação. Isso é senão, uma expressão da “questão social”, embasada na teoria sobre as consequências que são arrecadadas de um sistema capitalista.

Então é concluinte dizermos que enquanto existir a dominação de uma classe sobre outra, onde houver uma disputa entre poderes, não é possível assegurar sobre ter ou não sua vida garantida, ao dizer respeito de direitos básicos que deveriam ser respeitas no cotidiano, incluindo ela: o direito a alimentação.

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