A LUZ, O DESVIO E OS ARCOS DE EINSTEIN
Ensaios: A LUZ, O DESVIO E OS ARCOS DE EINSTEIN. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: luis.seidel • 8/3/2015 • 963 Palavras (4 Páginas) • 339 Visualizações
Makler, Martín. “O Universo Visto Pelas Lentes Gravitacionais”. Revista Ciência Hoje, [edição 264, vol. 44]. Outubro de 2009, pág. 28-33. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/229810104/O-Universo-Visto-Pelas-Lentes-Gravitacionais. Acessado em: 26 set. 2014.
A luz, além de ser considerada uma onda, por ser um fenômeno eletromagnético que constitui apenas parte do espectro visível, é considerada uma partícula, pois possui massa, mesmo que em quantidades ínfimas. Esse efeito de dualidade onda-partícula, confere a luz características especiais, dentre as quais, a capacidade de refletir, refratar ou difratar ou, ainda, sofrer desvios. Sabemos, também, que a luz propaga-se linearmente, em linha reta, mas como possui massa, pode sofrer a ação da gravidade, desviando, assim, sua direção de propagação. Esse efeito é conhecido como lente gravitacional e tem como finalidade, além de poder observar objetos celestes – principalmente estrelas - que estão escondidos atrás de planetas, estrelas ou, até mesmo, galáxias.
O assunto de lentes gravitacionais é abordado no artigo “O Universo Visto Pelas Lentes Gravitacionais”, de Martín Makler, - graduado em Física pela UFRJ e Doutor em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - publicado na revista Ciência Hoje, edição 264, volume 44, de outubro de 2009, no qual discorre, nas páginas vinte e oito a trinta e três, sobre sua descoberta e, mesmo que resumidamente, tenta explicar sobre o seu funcionamento e suas principais aplicações, informando aos leitores, de como as novas descobertas nas áreas de cosmologia e astrofísica são realizadas, além de apresentar diferentes visões sobre o conteúdo.
O artigo inicia abordando a descoberta das lentes, que aconteceu em pleno século dezoito, quando foram realizados as primeiras tentativas para calcular o desvio que a luz sofria, mas eram imprecisos e, alguns anos mais tarde, Albert Einstein, após concluir a Teoria Geral da Relatividade, aprimorou os cálculos. A primeira confirmação da distorção foi feita no Brasil, após várias tentativas pelo mundo, pois a observação deveria ser dada no acontecimento de um eclipse solar – quando a lua bloqueasse a o sol, seria possível visualizar, com telescópios, alguns astros atrás e, conforme previa a teoria, haveria algumas distorções na imagem, e, também, um deslocamento da imagem do objeto para o objeto real. Esse desvio da imagem foi calculado e, logo descobriu-se que os astros de grande massa produziam um efeito nas imagens dos objetos estelares, que foi chamado de lente gravitacional, pois tinha um comportamento similar a de uma lente, tornando possível a visualização de objetos muitos distantes, onde nem os mais modernos telescópios podem enxergar.
Segundo Makler, o desvio dos raios de luz pode ser comparado ao que uma lente causa, onde o raio aproxima-se ou se afasta da normal, conforme a troca de meio. No entanto, uma melhor comparação poderia ser feita com o desvio causado pela refração quando um raio de luz troca de meio – por exemplo da água para o ar, visto que ao passar por uma lente, o raio de luz sofre duas refrações seguidas, alterando, numa maior escala, a posição real do objeto e, a lente gravitacional, causa somente um desvio. De acordo com o texto, esse efeito pode ser causado por qualquer corpo com massa – uma vez que qualquer corpo com massa possui gravidade - mas, o efeito, fica mais visível quando a distância entre o objeto emissor de luz e a lente são suficientemente grandes, . mas Porém, diferentemente das lentes usuais, as gravitacionais podem produzir imagens múltiplas ou miragens gravitacionais, além de aumentar o brilho das estrelas, porém, para que tudo isso seja possível, os objetos estelares devem estar
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