A Morbilidade e Taxa Mortalidade infantil
Por: R P • 14/12/2020 • Trabalho acadêmico • 2.632 Palavras (11 Páginas) • 287 Visualizações
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Técnico Auxiliar de Saúde – TAS24 NS 2020-2021
UFCD 6577 – Cuidados na Saúde infantil
“Morbilidade e Taxa Mortalidade infantil”
“Nascidos para viver”
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Reflexão
A mortalidade infantil é um dos indicadores de desenvolvimento social e de evolução mais fulgurante em Portugal. Em quatro décadas, o país passou dos mais atrasados da Europa para um nível que enquadra entre os seus parceiros europeus. Enquanto Portugal, apesar de se manter como um dos países da União Europeia com a taxa de mortalidade infantil mais elevada, evoluiu bastante e registou um decréscimo muito acentuado do número de óbitos no primeiro ano de vida. No início da década de 60, a mortalidade infantil era aproximadamente 77 por 1.000 nados vivos, atingindo em meados da década de 80 valores inferiores a 12 por 1.000 nados vivos (para uma média da UE de 9.5 por 1.000), e registando-se em 2010 o valor de 5 por 1.000 nados vivos. Contrariamente ao que sucede nos países desenvolvido, onde a mortalidade afeta sobretudo a população mais idosa, nos países em desenvolvimento a mortalidade incide particularmente nos recém-nascidos e nas crianças de terna idade. A falta de assistência médica, a má qualidade alimentar e a falta de higiene, aliadas ás poucas defesas que as crianças possuem nos primeiros meses de vida, poucos anticorpos, fazem com que a mortalidade infantil, número de óbitos de crianças, com menos de um ano de idade, que se verifica numa dada área e num determinado período de tempo normalmente um ano), e consequentemente, a taxa de mortalidade infantil , numero de óbitos de crianças, com menos de um ano de idade que ocorrem, em média, por cada mil nados-vivos, numa dada área e num determinado período de tempo(normalmente um ano), atinja ai valores bastante elevados, constatando com outros países da união europeia como foi caso de Portugal. Esta diminuição relaciona-se com vários fatores como:
O desenvolvimento da medicina; o alargamento das campanhas de vacinação; melhores condições de higiene; melhore vigilância durante a gravidez e no parto; em termos de distribuição territorial, os valores mais altos ocorrem no Norte e os mais baixos no Sul, apesar do fraco desenvolvimento económico. A melhoria das condições de vida da população portuguesa, particularmente depois da revolução de 1974, o fim da guerra colonial, regresso dos asilados do ultramar exilados, a descolonização dos territórios africanos, contribuiu para as mudanças a uma maior abertura de mentalidades e convivência com outras culturas e modos de vida até antes interditas e censuradas pela PIDE, o regime Salazarista, Ditadura.
Traduzindo todas as consequências pela necessidade da criação do serviço nacional de saúde fundado por Antº Arnault , em que muito contribui para este défice bastante significativo, pois as gravidas começam a ser seguidas em hospitais e maternidades públicas, deixando de vir ao mundo em partos ilegais em casa ou onde calhasse como se verificou após visualização do documentário. Sendo criado O programas de saúde como programa nacional de Vacinação, cuidados materno-infantis, com relevo para o planeamento familiar devidamente organizado.
Até meados da década de 70, o progresso sobre a mortalidade infantil, resultou sobretudo do declínio da mortalidade pós-neonatal, isto é, que ocorre após as primeiras quatro semanas de vida.
Houve uma melhoria nos cuidados hospitalares com fecho das maternidades e reorganização dos centros de saúde com diminuição do tempo gasto em trajeto no período pré-parto a chegar aos cuidados primários para receber acompanhamento das enfermeiras parteiras nos hospitais. Também se refletiu na melhoria do combate as doenças infeciosas com a implementação do plano nacional de vacinação 1965.
Em 1981sendo então ministra da saúde Drª Leonor Beleza houve a criação dum relatório afim de averiguar as carências da população e responder com a descentralização da prestação de serviços com administrações distritais, serviços médicos á periferia-deslocações de jovens recém-formados para as periferias da cidade, integrando hospitais geridos pela Stª Casa da Misericórdia. Políticas estas motivadas pelo despacho “Arnault” - Abertura e acesso aos serviços nacionais médico-sociais, já mencionado anteriormente.1982 -criação de centros de diagnóstico pré-natal e a rede de referenciação materno-infantil. A vigilância da gravidez nas mães mais jovens com 13 e 15anos, particularmente das mães adolescentes, a tendência de crescimento dos partos no domicílio (provavelmente sem assistência adequada),e nas mães com 42, a 44anos bem como do controlo de fatores de risco para a prematuridade e o baixo peso (má nutrição materna, hipertensão, tabagismo e outros hábitos nocivos) são áreas que poderão merecer melhor atenção por parte das políticas de saúde, e que ainda prevalecem nos dias de hoje com grande frequência. Tendo em conta que houve bastante investimento na área, no campo das telecomunicações, telemóveis, internet, televisão, etc. No acesso aos transportes e a viabilização de estradas em locais até então inacessíveis mais despovoados e desertificados pela imigração e a falta de subsistência devido as sucessivas recessões económicas ao longo destas quatro décadas. A população esta mais instruída mais ainda não chega pois se refratariamente entra em colapso quando apareceu a crise pandémica.(Covid-19)Por último, seria fundamental que se revisitasse a reforma operada nos anos de 1990 e que dela se retirassem as necessárias lições. Seria importante a atualização da estratégia para a saúde materno-infantil e a sua adaptação às atuais circunstâncias portuguesas, bem como a avaliação do estado da rede de cuidados criada no âmbito desse plano, no sentido da sua consolidação e do reforço dos seus aspetos mais positivos, corrigindo eventuais ineficiências. Além disso, é fulcral que se crie uma verdadeira cultura de avaliação de resultados, que assente numa forte coordenação nacional, que suporte as coordenações regionais, de modo a que a rede de cuidados materno-infantis continue a cumprir o seu papel em Portugal, permitindo que a mortalidade infantil continue a ser um dos indicadores em que o nosso país se distingue pela sua excelência.
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