A Noruega e Congo no centro do Brasil

Disciplina: Questão social e serviço social – 1º Semestre

NORUEGA e Congo no centro do Brasil. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=IhZX2YHqiSA>. Acesso em: 05 jul. 2018.

Noruega e Congo no centro do Brasil

O documentário “Noruega e Congo no centro do Brasil” resultado de um projeto experimental como trabalho final do curso de jornalismo do UniCEUB, em Brasília, proporciona uma análise sobre as desigualdades sociais presentes nos Distrito Federal, por meio de um paralelo entre a realidade da população. Camila Muguruza e Jhady Arana traduzem em imagem e som dados do Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) e da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), levando em consideração suas duas cidades de maior contraste econômico. Lago sul, onde mora a parcela mais privilegiada de Brasília e cidade estrutural, a parcela menos privilegiada e mais atingida pelos problemas sociais.

O documentário compara o Lago sul com a Noruega, país com maior índice de desenvolvimento humano, enquanto compara a cidade estrutural com congo, país com menor índice de desenvolvimento humano. O filme nos leva a refletir sobre a desigualdade dentro do Distrito federal e a concentração de riqueza em cidades como o Lago sul, que possui uma renda familiar de R$18.950,96 e detém mais de 40% da renda total de toda a população do Distrito Federal. Enquanto isso a cidade estrutural possui uma renda familiar de apenas 1.263,01 e convive com problemas de educação, segurança e saúde. De acordo com Júlio miragaya, presidente da codeplan/DF e Serguei Suarez, economista e pesquisador, Brasília é o estado que mais possui uma disparidade na distribuição espacial da renda, se comparado a outras metrópoles brasileiras, ou seja, Brasília tem um dos maiores índices de desigualdade do país.

Mesmo sendo um estado mais rico do país, o DF, ainda sofre com altos índices de desigualdade, ocasionados pela distribuição de renda e estrutura salarial de sua população. Dentro desse cenário o documentário nos apresenta a realidade distinta entre dois jovens com idades aproximadas e moradores desses dois extremos. Bruno Vicente morador do Lago sul e Derismar Borges morador da Cidade Estrutural. Durante as entrevistas podemos fazer uma profunda reflexão sobre oportunidades dentro da nossa sociedade, onde o rico tem um extenso acesso à educação, moradia, segurança e emprego. E as pessoas que vivem às margens da sociedade, em situação de vulnerabilidade econômica, têm seus direitos de moradia, educação e saúde, violados pela precarização de serviços públicos, que deveriam ser ferramentas para diminuir as questões produzidas pela desigualdade de renda.

Os relatos de vida desses dois moradores só evidencia o abismo entre as duas realidades, uma repleta de privilégios e oportunidades, na mesma proporção que a outra marcada é por uma série de barreiras sociais, que tornam bem claras se levarmos em conta a escolaridade, a moradia e o emprego desses dois. Enquanto Bruno possui ensino superior e declara já ser dono de uma construtora e de uma consultoria financeira, Derismar parou seus estudos no ensino médio e garante seu sustento com subempregos. Mostrando um sério desnível de escolaridade entre as classes dentro de Brasília.

De acordo com o curta,