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A QUESTÃO DO DESEMPREGO NO BRASIL: UMA ABORDAGEM SOCIOLÓGICA, FILOSÓFICA E PSICOSSOCIAL

Por:   •  23/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.117 Palavras (13 Páginas)  •  413 Visualizações

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Janaúba-MG

2017

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        3

2 DESENVOLVIMENTO        4

2.1 O DESEMPREGO SOB À ÓTICA DA ÉTICA, DA POLÍTICA E DA CIDADANIA        4

2.2 DESEMPREGO, PRECARIZAÇÃO DOS SERVIÇOS E DESMONTE DOS DIREITOS SOCIAIS        5

2.3 O DESEMPREGO E SUAS IMPLICAÇÕES PSICOSSOCIAIS PARA O INDIVÍDUO.....................        6

2.4 O O CAPITALISMO E O CONCEITO SOCIÓLOGICO DE TRABALHO.....................        7

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................8

REFERÊNCIAS......................................................................................................................10


1. INTRODUÇÃO

 O desemprego figura-se como um dos principais entraves do Capitalismo e tem sido um dos maiores problemas sociais atualmente enfrentados pela humanidade.

Esta é uma proposta de estudo interdisciplinar do segundo período do Curso de Serviço Social da Universidade Norte do Paraná sobre o desemprego, sobretudo no Brasil. Tem-se como Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) os dados estatísticos do desemprego no Brasil conforme IBGE.

Como forma de aplicar os conhecimentos teóricos a saneamento de problemas em casos práticos, há que se considerar a seguinte Situação-problema:

"Edlinda (nome fictício) é diarista e auxiliar de serviços gerais em um condomínio. Mãe de três filhos, vive com o seu marido Adalberto (nome fictício) na periferia de uma grande capital brasileira. Nos últimos meses foi despedida do seu emprego, por um corte de gastos da empresa onde era registrada. O cenário de crise econômica, também reduziu o número de diárias nas casas e apartamentos em que trabalhava. Já Adalberto, está desempregado a dois meses. Marceneiro e trabalhador de um setor da construção civil está buscando a sua “recolocação no mercado de trabalho”. O casal, enfrenta uma crise financeira e o desemprego de Edlinda vem em um momento em que Adalberto não consegue um emprego e vivem numa constante procura para manter o essencial da casa. O cotidiano de Adalberto e Edlinda, agora é perpassado pelo equilíbrio das contas, a educação, a procura por tratamentos de saúde dos filhos e uma intensa preocupação com o que fazer para resolver os problemas financeiros que impactam na alimentação da família..." (UNOPAR: 2017)

Como o casal ilustrado na SP, vários brasileiros enfrentam a questão do desemprego, fazendo o que podem para sobreviver. Sob esse prisma, tanto a Situação Problema quanto a situação geradora de aprendizagem apontam a situação alarmante do desemprego no Brasil.

Com vistas a atender a proposta de trabalho é mister relacioná-las aos conteúdos ministrados nas disciplinas do semestre do curso, a saber: Ética, Política e Cidadania, Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Seminário Interdisciplinar II. Nesse sentido o presente trabalho objetiva discutir sobre a questão do desemprego no Brasil num viés ético, filosófico, sociológico e psicossocial. Para tanto, foi desenvolvido em quatro subcapítulos.

O primeiro, intitulado "O desemprego sob à ótica da ética, da política e da cidadania", busca refletir a partir da leitura sobre o desemprego atual no Brasil, sobre o capitalismo, suas consequência e os rumos do estado democrático de direito, tendo em vista as atuais relações de trabalho e o detrimento a pessoa humana em relação aos interesses particulares e a primazia do mercado. O segundo subcapítulo, intitulado "Desemprego, precarização dos serviços e desmonte dos direitos sociais", visa a uma análise filosófica crítica sobre a institucionalização do desemprego a serviço do capital e das empresas, implicando a precarização dos serviços e configurando-se no retrocesso de direitos sociais garantidos universalmente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). O terceiro, por sua vez, "O desemprego e suas implicações psicossociais para o indivíduo", reflete a existência de relações entre a situação de desemprego e a deterioração do bem-estar psicológico dos trabalhadores desempregados, isto é, com base nos conceitos da Psicologia social, abordada a importância do trabalho e as consequências do desemprego para a saúde mental do indivíduo. Por fim, o quarto subcapítulo, "O capitalismo e o conceito sociológico de trabalho", objetivou compreender o pensamento dos autores clássicos da Sociologia Moderna (Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber) acerca das novas relações sociais que emergiam com a consolidação do capitalismo.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. O DESEMPREGO SOB À ÓTICA DA ÉTICA, DA POLÍTICA E DA CIDADANIA

        

Um tema recorrente na Ciência Política, a democracia ainda apresenta muitos desafios a serem interpretados. A clássica discussão entre democracia e desenvolvimento econômico e social é um exemplo disso.

Segundo Paiva et all (2004, p. 375):

As instituições democráticas não têm sido capazes de gerar níveis satisfatórios de credibilidade quanto ao seu funcionamento, nem de cumprir as promessas feitas durante a transição política. Se somarmos a isso os altos índices de desemprego e desigualdade social presentes na sociedade brasileira, podemos vislumbrar um quadro bastante desolador: a existência de um enorme fosso social entre o país formal e o país real, onde vive a maioria dos brasileiros. (PAIVA ET ALL, 2004:375)

Nesse sentido, conforme Anete Ivo (2006), a implementação desse tipo de democracia representou uma vivência controvertida entre o regime reafirmando-se enquanto valor moral e práticas política e econômica de ‘negação’ dos direitos sociais da população brasileira.

Sob essa perspectiva, o desemprego é um fenômeno típico de uma economia de mercado capitalista (BRUNI, 2011). Assim, o desemprego, pensado a partir de uma perspectiva liberal, tem seu aumento ou diminuição a ver com as questões de oferta e procura. Isto é, o desemprego deve ser  pensado como elemento inerente ao próprio modo de produção capitalista, ou seja, um elemento que compõe a base sob a qual a se sustenta as relações capitalistas de produção e que serve, em certa medida aos interesses capitalistas. (SOUZA: 2005, p. 114-119).

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