A QUESTÃO SOCIAL NO CEARÁ
Por: celiogonzaga • 28/6/2017 • Resenha • 747 Palavras (3 Páginas) • 217 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: QUESTÃO SOCIAL NO CEARÁ
PROFESSORA: CRISTINA NOBRE
TURNO: NOITE
ALUNO: FRANCISCO CÉLIO GONZAGA DA SILVA FILHO
SOLDADOS DA BORRACHA
Documentário: Soldados da Borracha e Texto Soldados da Borracha
Relacionando as questões apresentadas, no texto lido com o documentário, pude apreender as seguintes questões. Logo na introdução do texto é falado um pouco sobe o contexto histórico as percepções do senso comum sobre os aspectos políticos e industrial, quanto a era Vargas e o processo de industrialização e urbanização. É exposto que de fato houve mudanças politicas e avanços na industrialização porém, no cenário rural , essas modificações não foram atentadas.
O texto trás a tona o contexto da segunda guerra mundial, que de acordo com o tratado de Washington, onde via-se a inserção dos EUA no Brasil. Como o Japão detinha todo o poder sobre a borracha, os EUA precisavam de um fornecedor rápido e barato para a guerra e esse fornecimento se deu pelo Brasil.
A forma como foi se visto o alistamento do exercito para essa expedição foi de forma farsante, como e colocado no texto e reforçado no documentário quando se fala que era oferecido muitas regalias para que eles tivessem o interesse de alistamento, mas na prática viram uma situação completamente adversa. Ainda nesse contexto, pude perceber uma disparidade entre os soldados que se alistaram para esse serviço da borracha, e os seringueiros que já trabalhavam neste ramo e fizeram contrato para tal serviço. Estes trabalhavam para fazer troca por mercadorias e se depararam com uma troca injusta e desigual.
São relatados no documentário, pelos depoimentos dos soldados cearenses que residem atualmente no Acre, que muitas coisas que lhe eram prometidas não foram cumpridas, como um local digno de moradia, alimentação, higiene e saúde. E que muitos quando queriam desistir e voltar para casa, muitos eram perseguidos e ameaçados de morte. Relaciono essa questão como um processo de escravidão, principalmente para com os nordestinos, que eles tinham como mão de obra barata, muitos não tinham instrução e conhecimento e os tratavam de fato como “escravos”.
Sobre esse tocante de educação, no documentário é bem reforçado pelo depoimento de um dos soldados. Que teve que buscar por conta própria o interesse em aprender a ler, pelos documentos que assinavam sem ler e outras coisas. É visto nesse ponto no filme, a presença da família e a importância que esse seringueiro deu sobre educação à seus filhos, que por conta disso , hoje estão em melhores situações.
Essas dificuldades aos soldados se estendem até hoje. Uma delas é o requerimento e pedido de aposentadoria. Muitos esbarram em problemas e obstáculos, que é relatado em depoimento de muitos. Ainda mesmo posto por constituição (1988), que os soldados teriam direito a aposentadoria referente a dois salários mínimos porém não teriam direito a outros direitos trabalhistas. No documentário e no texto se fala também da luta e a espera da saída de um recurso financeiro a mais que eles estão esperando.
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