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A Questão Social

Por:   •  27/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  124 Visualizações

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QUESTÃO SOCIAL

A Questão Social tem origem no século XIX na Europa, e está diretamente vinculada a desigualdade social, que parte da sociedade capitalista. O avanço do capitalismo gerou impacto no modo de vida de diferentes classes sociais, esses avanços são as grandes transformações, sendo elas econômicas sociais e politicas do século XIX, as quais são desencadeadas no processo de industrialização, dando surgimento a primeira expressão da questão social vinda do pauperismo (NETO 2001), que tem a pobreza como fenômeno natural necessária para tornar os pobres úteis, então tendo por vista esta formula, a acumulação de riqueza deveria ser enfrentada.

Vale lembrar que, ao tratarmos da Questão Social no Brasil, devemos nos atentar que o Brasil traz consigo uma cultura de trabalho partindo da escravidão do período colonial, ou seja, a questão social relaciona-se à generalização do trabalho livre, numa sociedade com marcas da escravidão. (IAMAMOTO, 1983).

Em contexto, a burguesia explorava de forma abusiva o proletariado, através do que Karl Marx, chama de mais valia, ou seja, o pagamento de um salário extremamente baixo para a mão de obra do trabalhador, onde se paga pouco, mas gera muito lucro, tornando assim um trabalho abusivamente explorado, que segundo Iamamoto:

“A exploração abusiva a que é submetido, afetando sua capacidade vital e a luta defendida que o operário desenvolve aparecerão, em determinado momento, para restante da burguesia, como uma ameaça a seus mais sagrados valores, ‘a moral, a religião e a ordem publica’. “Impõe-se, a partir daí, a necessidade do controle social da exploração da força de trabalho.” (IAMAMOTO, 2007: p. 126)

O que isso significa, é que naquele período não existia condições de trabalho, nem garantia de direitos, saúde, etc. Os trabalhados apenas vendiam da sua força de trabalho, gerava lucro para a burguesia e o que recebiam não era suficiente para o sustento da vida, tornando evidente o trabalho excedente, e a partir dai destacamos então, a questão das marcas de escravidão, pois por não existir condições de sustento os operários infiltravam mulheres e crianças para o trabalho ‘escravo’ nas fabricas. Vale também ressaltar que a jornada de trabalho ia até 14 horas, isso sem qualquer legislação garantidora de direitos, os quais têm nos dias de hoje como, por exemplo, férias seguro, etc.

Devido a essas condições é que a classe operaria necessitou de uma luta por condições melhores, através de movimentos, o que exigiu da burguesia um controle maior do movimento dos trabalhadores. Assim, nota-se que a questão social não se trata apenas de uma fatalidade entre mais favorecidos e menos favorecidos. O desdobramento da questão social é também a questão da formação da classe operaria e de sua entrada no cenário politico, de seu reconhecimento em nível de Estado, da implementação de politicas que atendem seus interesses. Sendo assim, a questão social constitui-se, essencialmente, da contradição entre burguesia e proletariado. (IAMAMOTO, 2007).

O Estado nessa situação é obrigado a combater a classe operaria, e a miséria torna-se mesma proporção na expansão de acumulação de riqueza da burguesia.

Neste cenário, é que a luta da classe operaria da abertura para a questão social, devido

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