A Raça e Cultura
Por: Raquel Cardoso • 7/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.476 Palavras (6 Páginas) • 115 Visualizações
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Universidade Lusíada de Lisboa
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
Antropologia das Sociedades Complexas
Prof.ª Doutora Marina Antunes
Raça e Cultura – Claude Lévi-Strauss
Cap.9 e 10
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Trabalho realizado pelas alunas do 1º ano de Serviço Social:
Mª Rosário
Mª Helena
Raquel Cardoso[pic 3]
Liliana Rosário
Tópicos do Trabalho:
- Introdução
- Breve biografia do autor Claude Lévi-Strauss
- Introdução aos capítulos 9 e 10
- Definições
- História Cumulativa da cultura
- História Estacionária da cultura
- Síntese do capítulo 9 -“A colaboração das culturas”
- Síntese do capítulo 10 -“O duplo sentido do progresso”
- Questão colocada à turma
- Conclusão
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Antropologia das Sociedades Complexas, durante o 1º ano de Serviço Social, na universidade Lusíada Lisboa, com o intuito de fornecer e esclarecer informações sobre os capítulos 9 e 10 da obra Raça e Cultura de Lévi-Strauss.
Claude Lévi-Strauss é um antropólogo, etnólogo e filósofo francês.
Escreveu o livro Raça e História, que foi publicado em 1952 pela Unesco. A obra fazia parte de uma coleção cujo objetivo era combater o racismo.
O principal alvo era a noção da evolução cultural. Pois, consoante a sua perspetiva, consistia de que a evolução da humanidade primitiva se deu através da interação entre as mais sofisticadas culturas agrícolas que surgiram a partir do neolítico, aos impérios da antiguidade, culminando na civilização europeia.
Biografia de Claude Lévi-Strauss
Claude Lévi-Strauss (1908-2009) foi um professor, antropólogo, sociólogo, etnólogo e humanista francês. [pic 4]
Foi um dos grandes pensadores do século XX, e considerado o mestre da Antropologia Moderna.
Nasceu em Bruxelas, na Bélgica, no dia 28 de novembro de 1908, filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual acabou por estudar na Universidade de Paris.
Em 1934, recebeu o convite do diretor da Escola Normal Superior de Paris, para integrar a missão universitária francesa no Brasil, como professor visitante de Sociologia, na recém-criada Universidade de São Paulo.
De 1935 a 1939 ensinou na Universidade de São Paulo. Durante essa época realizou pesquisas de campo com os índios no Estado de Mato Grosso e na Amazônia, período que permitiu despertar a sua vocação etnográfica.
Em 1955 publica “Tristes Trópicos”, uma narrativa etnográfica sobre as sociedades indígenas.
Exilado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi professor nesse país nos anos 1950.
Assumiu o departamento de Antropologia Social no College de France (em 1959), onde ficou até se aposentar (em 1982).
Em 1975, Claude Lévi-Strauss publica “O Caminho das Máscaras” (em dois volumes), obra que reúne sua vivência nos Estados Unidos, onde analisa a arte, a religião e a mitologia dos índios da Costa Noroeste da América do Norte.
Sempre realçou ou destacou que a mente selvagem e tribal é igual à civilizada.
O antropólogo passou mais de metade da sua vida a estudar o comportamento dos índios americanos. O método usado por ele, para estudar a organização social dessas tribos, chama-se estruturalismo.
Aos 97 anos, em 2005, recebeu o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha.
O antropólogo recusa ou não aceita a ideia de privilégio do ser humano no mundo. Acredita que nós devíamos mudar o nosso comportamento para a contribuição da construção de um mundo melhor, conforme a sua célebre frase dita em 2005, quando recebeu o 17º Prêmio Internacional Catalunha: " Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
O antropólogo deixou diversas obras, dedicou sua vida à elaboração de modelos baseados na linguística estrutural, na teoria da informação e na cibernética para interpretar as culturas, que considerava como sistemas de comunicação, deixando contribuições fundamentais para o progresso da Antropologia Social.
Introdução aos capítulos 9 e 10
O desenvolvimento das culturas deu-se por descobertas, invenções e criações em diversos aspectos da vida humana. Esse desenvolvimento não aconteceu numa sequência ao longo do tempo, foi de forma esporádica de tempos em tempos fazendo com que as civilizações evoluíssem.
Lévi-Strauss tinha a ideia que o progresso das culturas contemporâneas era linear e totalmente contraditório.
Assim afirma que o progresso das culturas contemporâneas se deu por saltos em vários aspetos.
A evolução das culturas não se realiza da mesma maneira. Elas progridem nos mais diversos aspectos. Por exemplo: um grupo descobriu o fogo, outro descobriu o cobre, outro o ferro, outro criou armas, outro a cerâmica, outro a lâmina e assim por diante.
O progresso da civilização dá-se numa realidade dinâmica e não estática, de diversas formas e variações, além de ter transformações complexas.
O progresso das culturas influenciou também no progresso das raças, tanto nos aspectos físico, psíquicos e sociais.
Definições
- História Estacionária e História Cumulativa:
Lévi-Strauss explica que existe dois tipos de história das culturas, a história estacionária e a cumulativa e ambas são diferentes.
Strauss conclui que a história estacionária está relacionada àquelas que não tem nada a ver com a história da sociedade ocidental. Já a história cumulativa é fruto do interesse do homem ocidental.
Todas as vezes que formos qualificar uma cultura humana, devemos nos perguntar se este imobilismo aparente não resulta da nossa ignorância sobre os verdadeiros interesses, conscientes ou inconscientes. Este imobilismo é bem semelhante ao do etnocentrismo.
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