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A Sociedade e Contemporaneidade

Por:   •  15/4/2017  •  Bibliografia  •  6.635 Palavras (27 Páginas)  •  346 Visualizações

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Centro Universitário Luterano de Santarém

Professora: Loreni Bruch

Acadêmica: Leomara Santos

Disciplina: Sociedade e Contemporaneidade

Turma: Sexta-feira

História da minha Vida

Santarém 27 de Maio de 2016.

Quando soube que tinha que escrever a minha história de vida achei que seria fácil. Começaria pelo meu nascimento e acabaria nos dias de hoje.

Bom, mas ao sentar-me em frente do computador para começar a minha história dei conta que não seria assim tão fácil, pois é preciso ter muita disponibilidade psicológica para por no papel uma vida de 33 anos.

Ao escrever a minha autobiografia estou me sentindo como uma escritora, a escrever o seu próprio livro.

Recordar o passado não é algo simples, vêm à tona diferentes sentimentos que ficaram guardados bem lá no fundo, como se fossem “segredos da alma”. Ao trazer de volta minhas lembranças depois de um tempo, compreendo o porquê, e entendo que através dessas experiências vividas no passado, pude tirar alguma lição e através delas, cresci e amadureci.

Eu tenho um sonho. Na verdade, sempre tive muitos. À medida que a vida passa e a gente vai amadurecendo eles mudam, mas, mesmo assim, os sonhos “adultos” não viram maiores ou mais especiais que os sonhos infantis. Eu já sonhei em saber andar de bicicleta sem rodinhas. Em ter uma irmã mais nova pra eu cuidar. Em viajar pra Disney. Em arranjar um namorado. Em passar de ano sem recuperação. Em ver meu time campeão de tudo. Em arranjar um trabalho que amasse. E que ele me proporcionasse viagens incríveis, mil e uma novidades e independência financeira. Já sonhei em ser livre, em viver do meu jeito sem ligar para o que pensam. Ao longo da vida, percebi que meus sonhos eram possíveis e muitos viraram realidade.

Me chamo Leomara Silva dos Santos, nasci no dia 13 de novembro de 1982 de um parto “quase” normal, se não fosse minha pressa de nascer, a ausência do médico na maternidade, e a falta de experiência da enfermeira de plantão, o que me ocasionou uma lesão no plexo braquial que me fez passar muitos anos de vida indo e vindo em hospitais e clínicas de fisioterapia.

Esse período da minha vida não me lembro de nada, e até não procuro saber, pois é algo que me deixa revoltada por toda negligência que minha mãe e eu sofremos numa coisa que era pra ter sido tão simples, e tornou-se algo complicado que deixou marcas na minha vida que vou carregar para sempre.

Cada um de nós constrói a própria história, carregada de diferentes sentimentos: alegrias, descobertas, tristezas, conquistas, desejos, perdas, sentimentos bons e ruins, mas que fizeram parte do passado e também estão no presente.

Quando penso na minha infância, lembro-me o quanto foi bom àquela época. Correr, brincar na rua com meus amigos, subir em árvores, aprender, descobrir, e o melhor de tudo sorrir, sorrir e sorrir. Hoje sinto uma pena por meu filho não poder brincar na rua como eu brinquei, devido aos perigos hoje existentes que são muito maiores que no meu tempo de criança.

Lembro-me que eu mesma construía meus brinquedos, com restos de madeira, latas, tecidos, não por meus pais não terem condições de me comprar um brinquedo de uma loja, mas porque era muito bom inventar “mil coisas”, deixar fluir a imaginação, não é como hoje que a maioria das crianças não inventam seus brinquedos, e sim os adultos quem pensam e produzem para ela.

Lembro também perfeitamente dos cheiros das comidas que minha mãe fazia, do perfume das flores do quintal, do cheiro do estábulo da fazenda dos meus avós – adorava o cheiro de cocô de vaca! Gosto ainda! Cheiro de capim cortado… Ainda hoje, quando sinto esses cheiros, passa um filme em minha cabeça.

O meu primeiro dia de aula no Jardim de infância ficou em minha lembrança, pois era muito tímida e insegura, sentia medo do novo, mas minha mãe e minhas irmãs me encorajavam. Nunca fui uma menina de muitas falas, mas quando ganhava confiança com alguém, conseguia ser bastante extrovertida, mas o que eu gostava mesmo era as festas e o convívio com os meus amigos e colegas.

Recordo-me da minha primeira professora com carinho, era muito amável, me tranquilizava me incentivava a aprender, lembro-me que tinha muita confiança nela.

Hoje entendo como é importante a afetividade na relação professor-aluno, pois isso influencia muito no processo de aprendizagem. Assim, acredito que o afeto é indispensável ao ato de ensinar.

Portanto ao sentir o carinho da professora e ver a atenção que dava a nós, só chorei no primeiro dia, nos demais ia com prazer. Nunca esqueci a “tia” Valdir, era como chamávamos ela.

Minha alfabetização aconteceu dentro dos parâmetros do modelo tradicional, usávamos uma cartilha “O sonho de Talita”, nunca me esqueço do nome. A professora nos mandava fazer várias cópias, algumas no caderno de caligrafia, que eu detestava. E assim copiando textos, famílias silábicas, juntando sílabas, fui alfabetizada. Na verdade não entendia a leitura e a escrita como uma função social, mas fiquei feliz quando comecei a juntar e ler as primeiras palavras, a “tia” Ronilce sempre me elogiava, lembro-me que ficava toda orgulhosa. Com o passar dos dias, comecei a ler tudo o que via pela frente, e achava isso super legal!

Era uma aluna de notas médias e adorava fazer desporto, música e também tínhamos uma atividade extracurricular, era um canteiro com horta, e jardim, tinha um pouco de tudo desde cenouras, batatas, feijão, rosas, cravos, malmequeres e muito mais, e era cuidado pela minha turma e outra, todos os dias tínhamos que cuidar dele era maravilhoso, pois eu adoro a natureza e a agricultura.

Os anos foram passando, e com eles passei por muitos professores, alguns me deixaram marcas boas, que gosto de lembrar, outros nem tanto. Alguns me motivaram, confiaram em mim, outros me desanimavam com suas atitudes, algumas aulas eram legais, outras monótonas, mas cada uma contribuiu da sua maneira para o meu aprendizado.

Tenho algumas histórias que marcaram minha vida, e uma das que não esqueço foi uma de quando morava em Goiânia, lembro-me de um dia eu estar em casa com minha babá e resolvi sair pra dar um passeio sem avisar a ela. Abri a porta e saí. Perto de casa tinha um grande shopping e resolvi entrar pra ver uns brinquedos.

Fiquei ali na loja de brinquedos me divertindo por horas. Até que alguém me viu e chamou a segurança do shopping que depois de muito chamar meus pais pelo alto falante resolveu chamar a polícia. Então os policiais ficaram conversando comigo, me levaram para o mac donalds e me deram lanche e conversando começaram a tentar fazer com que eu descrevesse o local onde morava.

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