A TENDÊNCIAS DA GESTÃO CONTEMPORÂNEA
Por: Mari Estamira • 5/8/2016 • Trabalho acadêmico • 733 Palavras (3 Páginas) • 381 Visualizações
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TENDÊNCIAS DA GESTÃO CONTEMPORÂNEA
- Modelo de gestão das políticas públicas:
- Em seu desenvolvimento histórico, as políticas sociais públicas (educação, assistência social, saúde, habitação, cultura, lazer, trabalho, etc.) apresentam-se setorializadas e desarticuladas, respondendo a uma forma de gestão com características centralizadoras e hierarquizadas.
- Percebe-se que cada área da política pública tem uma rede própria de instituições e/ou serviços sociais que desenvolvem um conjunto de serviços na área, através de instituições estatais e filantrópicas de forma paralela as demais políticas e muitas vezes atendendo aos mesmos usuários.
- Consequências: fragmentação no atendimento às necessidades sociais e ações paralelas. Quem é o maior prejudicado com esta forma de gestão? O usuário.
- Por exemplo, na Assistência Social a maioria dos serviços acontece via entidades beneficentes. Isto resulta em fragmentação; falta de compromisso com a efetivação do direito; programas seletivos, com gestões centralizadas e pouco participativas.
- Consequências deste modelo: continuidade de uma cultura paternalista e tuteladora e o enfraquecimento da organização popular.
- Intersetorialidade:
- A articulação entre as políticas públicas por meio do desenvolvimento de ações conjuntas destinadas à Proteção Social, à inclusão e enfretamento das desigualdades sociais identificadas.
- Supõe a implementação de ações integradas e a superação da fragmentação da atenção às necessidades sociais da população.
- Envolve a agregação de diferentes setores sociais em torno de objetivos comuns e deve ser princípio orientador da construção das redes municipais.
- Transcende o caráter específico de cada Política e potencializa as ações desenvolvidas por essas políticas. Também, amplia a possibilidade de um atendimento integral aos cidadãos que dela se utilizam.
- Supõe também a articulação entre sujeitos de áreas que tem suas especificidades e diversidades e, portanto experiências particulares, para enfrentar problemas complexos.
- Supõe vontade, decisão, que tem como ponto de partida o respeito à diversidade e às particularidades de cada setor ou participante. Envolve, portanto estruturação de elementos de gestão que materializem princípios e diretrizes, a criação de espaços comunicativos, a capacidade de negociação e também trabalhar os conflitos para que finalmente se possa chegar, com maior potência, às ações.
- Intersetorialidade configura-se como princípio para as ações em rede.
- Redes:
- Fenômeno novo e que é visto por alguns como novo paradigma para a atuação do Estado em conjunto com setores organizados da sociedade.
- “O termo rede sugere a idéia de articulação, conexão, vínculos, ações complementares, relações horizontais entre parceiros, interdependência de serviços para garantir a integralidade da atenção aos segmentos sociais vulnerabilizados ou em situação de risco social e pessoal.”; "uma rede pode ser o resultado do processo de agregação de várias organizações afins em torno de um interesse comum, seja na prestação de serviços, seja na produção de bens.” (Guará, 1998)
- Para a Política Pública constituir a rede é antes de tudo uma decisão política que exige estratégias processuais deliberadas, alianças, “adquirindo uma configuração quase contratual; há um pacto” entre gestores, técnicos, saberes, pessoas, projetos e instituições em sintonia com a realidade local, com sua cultura de organização social.
- Territorialidade:
- Porque o território ficou tão importante na gestão das políticas públicas?
Além do limite geográfico, há a questão da identificação dos sujeitos com o território, o que abrange as relações sociais construídas no local.
- “Pensar na política pública a partir do território exige também um exercício de revista à história, ao cotidiano, ao universo cultural da população que vive no território”... (Koga, PNAS, 2006).
- Acompanha o processo de descentralização;
- Essencial para planejar as políticas intra-urbanas;
- Evidência as carências, mas também as “potencialidades”.
Texto base: O SUAS E A INTERSETORIALIDADE; Maria Carmelita Yazbek - 2008 (versão para debate)
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