A formação histórica da questão social no Brasil
Por: RA.1 • 25/10/2016 • Resenha • 760 Palavras (4 Páginas) • 247 Visualizações
A FORMAÇÃO HISTÓRICA DA QUESTÃO SOCIAL NO BRASIL E SUA VINCULAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL (cap.2)
Apesar de considerada “analfabeta” pelo pensamento conservador, a população brasileira do período pós colonial participou ativamente de muitas revoltas e movimentos sociais, mesmo como massa de manobra, ainda assim marcou o cenário brasileiro.
Na segunda metade do século XIX a escravidão passou a ser objeto de condenação social, e os setores dominantes passaram a questioná-la e combatê-la tendo como outro ponto de observação a idéia de que a escravidão atrasa o desenvolvimento da nação.
Pondo em cheque muitas contradições, o segundo reinado é visto como um tempo de mudanças políticas, econômicas e sociais, porem essas mudanças alteram muito pouco a vida do país, antes de tudo garantem a manutenção dos interesses dos segmentos dominantes.
Dessa forma a escravidão vista como um crime social, mas, fundamentalmente, de natureza legal e que, portanto, deveria ser combatida com a própria força da lei.
Segundo o parlamento a luta contra a escravidão não podia mais ser adiada, pois se tratava de um crime contra a humanidade e um atraso para o progresso do país. Essa luta não se disponibilizou a transformar as relações de produção, mas apenas libertar os negros, que não apenas estavam perdendo suas vidas nos guetos da escravidão, mas também, os senhores de escravos que já contabilizavam muitos prejuízos.
Anteriormente nada se questionava sobre a escravidão, mas com o desenvolvimento socioeconômico brasileiro, rumo a modernização, não combinando escravidão com produção capitalista, muitas questões surgiram a cerca do tema.
È perceptível que a abolição foi um processo construído principalmente por aqueles que já estavam tomando prejuízos econômicos e políticos com a situação da escravidão no país.
Ao longo da República Velha, também nos deparamos com movimentos sociais e populares. Movimentos provocados por conflitos de diversas naturezas, como é o exemplo das lutas operarias no sec. XIX.
Vale lembrar que o cenário brasileiro na época da imigração (inicio do período republicano) se caracterizava por uma nação paupérrima, desarticulada, deserta e inculta e com uma sociedade que se complementa pela migração européia e japonesa, provocando naturalmente profundos choques culturais, e que se diversifica por esse processo, incluindo novas camadas sociais.
Apesar do crescimento econômico ocasionado pela chegada da mão de obra operaria, o acúmulo de riqueza se concentrou nos setores dominantes, e a maioria da população desfrutava da mais absoluta miséria. Acontece que os migrantes trazem consigo, experiências culturais distintas e ideologias revolucionárias que vão fomentar e insuflar o proletariado emergente e fazer com que a imigração estivesse profundamente ligada ao colapso do regime escravocrata, ao advento da República e também a uma nova mentalidade empresarial.
Deve-se lembrar também de um autor que contribuiu para construir as engrenagens sociais e políticas da 1ª República foi Rui Barbosa, figura de mais alto valor intelectual e o principal formulador de diretrizes no que diz respeito à questão social. Esse ideólogo revelou-se diante do quadro agudo da nossa questão social. Declaradamente conservador,
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