A multideterminação do humano e a formação de grupos
Por: anabrauvers • 28/3/2016 • Dissertação • 7.220 Palavras (29 Páginas) • 553 Visualizações
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Web Aula 1
Título: A multideterminação do humano e a formação de grupos
Olá, pessoal de Serviço Social !!!! Estou muito feliz em estar com vocês novamente nesse semestre, abordando a disciplina Psicologia Social. No semestre anterior, trabalhamos a disciplina de psicologia geral. Trilhamos teoricamente a história da psicologia, o desenvolvimento humano e as teorias da Personalidade. A partir desse semestre, vamos dar continuidade aos estudos da subjetividade humana, especificamente, a sua construção a partir de sua interação social. Para quem ainda não me conhece, o meu nome é Lisnéia, sou formada em psicologia e, além de exercer o trabalho na docência, eu também atuo na área clínica.
Bom, se o nosso intuito é conhecer o processo de construção do indivíduo a partir de suas relações sociais, e se o campo de estudo da psicologia social é possibilitar esse conhecimento, convido todos vocês a iniciar os nossos trabalhos.
Quero propor nessa primeira etapa de estudo resgatar, primeiramente, a multideterminação do ser humano. Será que nós nascemos prontos ou nos desenvolvemos ao longo da vida? Vamos buscar essa resposta agora.
Para ter mais informações sobre essa área do conhecimento, acesse o sitewww.abrapso.org.br |
Será que as pessoas nascem com qualidades e defeitos? Quando alguém afirma: "você não tem jeito, nasceu para trair..." explicitamente está dizendo que a pessoa já vem pronta de fábrica, que suas características são inatas?
Para entender melhor o indivíduo e suas relações, busca-se trilhar a linha teórica do materialismo histórico. A linha de pensamento desta teoria diz que o indivíduo não pode ser concebido como um ser natural, porque ele é um produto histórico, nem pode ser estudado como ser isolado, porque ele se torna humano em função de ser social.
Resumindo "o homem é um ser sócio-histórico".
O aspecto biológico que o indivíduo carrega quando nasce não é suficiente para garantir sua vida em sociedade.
É necessário adquirir aptidões, apreender as formas de satisfazer as necessidades, resumindo, apropriar-se do que a sociedade humana criou no decurso de seu desenvolvimento histórico.
As aptidões se formarão a partir do contato com o mundo dos objetos e com o fenômeno da realidade objetiva, resultado da experiência sócio-histórica da humanidade. É o mundo da ciência, da arte, dos instrumentos, da tecnologia, dos conceitos e ideais. Para se apropriar desse mundo, o homem desenvolve atividades que reproduzem os traços essenciais da atividade acumulada e cristalizada nesses produtos da cultura, como por exemplo, a aprendizagem do manuseio de instrumento e da linguagem.
Assim, a assimilação pelo homem de sua cultura é um processo de reprodução no indivíduo das propriedades e aptidões historicamente formadas pela espécie humana. A criança é introduzida no mundo da cultura por outros indivíduos.
Sugestão: Uma dica de filme: "O Curioso Caso de Benjamin Button" |
" ...pessoas vêm e vão. Alguma delas não se lembra os nomes, no entanto, nos conferem experiências que moldam o nosso modo de pensar e até mesmo a nossa vida..." |
As disposições inatas que individualizam cada homem, deixando marcas no seu desenvolvimento, não interferem no conteúdo ou na qualidade das possibilidades de seu desenvolvimento, mas apenas em alguns traços particulares da sua atividade.
Essas diferenças entre os indivíduos existem, mas não são elas que justificam as grandes diferenças que temos em nossa sociedade, pois, essas diferenças biológicas geram apenas alguns traços particulares na atividade dos indivíduos, ou seja, todos aprendem a fazer, só que colocam em seu fazer alguns traços particulares, singulares, individuais.
O homem não nasce homem... Aprende a ser homem.
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O homem compreende o mundo ao seu redor
O homem compreende o que ocorre em sua realidade. Quando ele percebe algo, reflete sobre esse real na forma de imagem- pensamento. Os homens compreendem, relacionam e conceituam o que está a sua volta.
A consciência reflete o mundo objetivo. É a construção do mundo subjetivo a partir da realidade objetiva. Sua formação se deve ao trabalho e às relações sociais, surgidas entre os homens no decorrer da produção dos meios necessários para a vida.
A consciência separa o homem dos outros animais e é o que lhe dá condições de avaliar o mundo que o cerca e a si mesmo.
O homem apreende o seu mundo de várias formas: pelas emoções, sentimentos e através do inconsciente.
A consciência, os sentimentos, as emoções e o inconsciente formam a subjetividade, ou seja, o mundo interno do indivíduo. Nesse sentido, o humano é determinado por todos esses elementos. Ele é multideterminado.
E a personalidade humana, como é formada?
Web Aula 2
Título: Personalidade
Quando dizemos "aquela pessoa tem aptidão para cantar", podemos entender que aptidão são coisas que essa pessoa pode fazer. No entanto, personalidade é o que uma pessoa é.
Há muitos traços de personalidade descritos em linguagem cotidiana, por exemplo, a agressividade, sociabilidade e impulsividade.
A maioria das pessoas pode perceber imediatamente diferenças individuais nesses traços e entender como essas variações poderiam afetar determinadas situações. Podemos destacar algumas dimensões da personalidade humana:
- Extroversão (sociável, gregário [vive em bando], decidido, falante, expressivo);
- Ajustamento emocional (emocionalmente estável, não deprimido, tranquilo, satisfeito);
- Afabilidade- simpatia (cordial, confiante, de boa índole, tolerante, colaborador, complacente);
- Senso de responsabilidade (digno de confiança, organizado, perseverante, íntegro, empreendedor);
- Interesse (curioso, imaginativo, sensível, aberto, brincalhão)
Mas vocês devem estar se perguntando como se formam os grupos, como é a sua dinâmica.
Formação e desenvolvimento dos grupos
Atividade: Em sua opinião, o que é um grupo? Cite alguns exemplos.
Pessoal, podemos definir Grupo como um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem entre si, de tal forma que cada uma influencia e é influenciada pela(s) outra(s). Ou seja, os membros de um grupo definem importantes distinções psicológicas entre si e as pessoas que não participam do grupo. Em geral, elas:
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