ANÁLISE DO FILME “A ONDA”
Por: milenaalves • 27/2/2016 • Dissertação • 374 Palavras (2 Páginas) • 2.932 Visualizações
ANÁLISE DO FILME “A ONDA”
O objetivo deste trabalho é analisar e construir uma resenha critica do filme “A onda” baseada nos conceitos de alienação e ideologia. Para isso, definiremos primeiramente esses conceitos: Ideologia é um conjunto de ideias e pensamentos de uma determinada pessoa ou um grupo de indivíduos, podendo estar ligada com ações políticas, econômicas, religiosas, sociais. Já alienação, “no sentido estritamente filosófico, entende-se por alienação o processo ou estado de em que algo ou alguém é ou se converte num estranho para si próprio (distante, desconhecido, alheio, outro).”
O filme foi gravado em 1981 e se baseia em uma história real que ocorreu na Califórnia em 1967. Um professor de história explicando como ocorria o universo nazista na Alemanha e sua ascensão, levado pelos questionamentos levantados por seus alunos, decide realizar uma experiência pedagógica baseada em reproduzir em sala de aula alguns traços do nazismo. O professor se intitula líder do movimento criado (A onda), fazendo valer um poder superior do grupo aos indivíduos, e seus estudantes obedecem-o cegamente, levando essa experiência para além do proposto, passando dos limites de uma atividade pedagógica.
Assim, o filme retrata o poder que a alienação de grupos e a manipulação das massas têm sobre a sociedade, mostrando as consequências que isso pode trazer. Essa história nos transmite a ideia de que a ausência de valores não existe apenas em um contexto de guerra, mas também atualmente, onde as regras de convivência e ética estão relativizadas.
Apesar de banido o regime nazista, outros grupos adotaram alguns princípios e comportamentos desse regime, inculcando-os nos dias atuais, como é o caso das torcidas organizadas, grupos religiosos extremistas e muitos outros que tentam impor sua realidade e suas crenças como verdades absolutas. A mídia demonstra ser a mais poderosa de todas as formas de alienação das massas, sendo a forma mais “sutil” de influenciá-las, mostrando padrões que as pessoas devem seguir, visando uma alienação utópica de seus manipulados. Muitas vezes atinge seu alvo utilizando a ideologia do consumo “ter para ser”, a persuasão, a adulteração de noticias, discursos apelativos e principalmente se aproveitando da vulnerabilidade dos indivíduos. E assim, com o esmagamento da subjetividade se constrói uma sociedade passiva e manipulada, e o poder se concentra nas mãos das grandes empresas capitalistas.
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