ATITUDES DE AMOR QUE TRANSFORMAM O MEIO AMBIENTE
Exames: ATITUDES DE AMOR QUE TRANSFORMAM O MEIO AMBIENTE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gilmardereis • 23/10/2013 • 8.771 Palavras (36 Páginas) • 324 Visualizações
ATITUDES DE AMOR QUE TRANSFORMAM O MEIO: DE TISTU À CONSCIÊNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL¹
Rogean Angelo dos Santos²
RESUMO
Este artigo é um retrato de uma inquietação e um desejo intenso de discutir sobre consciência ambiental, partindo da percepção de que é urgente começar a agir em prol das gerações futuras e para melhoria de nossas condições de vida atualmente. A educação ambiental como tantas outras áreas de conhecimento, pode se tornar um processo intelectual, a serviço da solução dos problemas da comunidade e da conscientização do ser humano. Busca-se refletir e compreender a relação do homem com a natureza, no que se refere a um processo de reconstrução interna dos indivíduos. O maior desafio é de formular uma educação ambiental, que seja crítica e inovadora, sendo portanto um ato político, voltado para a transformação social, tendo a escola como legitimadora dessa consciência supracitada.
PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental; consciência; cidadania; atitude; interdisciplinaridade.
1 INTRODUÇÃO
Na busca de uma educação futura eficaz, temos que mudar o comportamento das pessoas, pois hoje vivemos numa sociedade que falta solidariedade, valores éticos, respeito a si mesmo, ao outro e ao meio. Dessa maneira, precisamos contribuir na formação de indivíduos com consciência e atitude, visando relacionar-se socialmente e ecologicamente de modo equilibrado.
Todos os conhecimentos e vivências são mutáveis e, até o próprio homem. Por isso, cada vez mais precisamos compreender que o mundo atual exige de cada ser humano competência para que possa agir de modo coerente e habilidoso na sociedade e no meio ambiente.
Para tal necessidade, as instituições educacionais precisam atender a essa demanda, objetivando a formação de sujeitos conscientes, ativos, reflexivos, justos, éticos e planetários.
Dessa forma, é urgente colocar em prática atitudes voltadas a educação ambiental. A superação da conscientização partindo para uma ação fundamentada e coerente com as necessidades humanas é uma “exigência” social..
É preciso estabelecer um discurso científico e filosófico e da ação acerca das questões
ambientais e da interação dos sujeitos nesse aspecto, percebendo a necessidade de superar a
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¹ Esse artigo é baseado principalmente na obra “ O menino do dedo verde” de Maurice Druon e nas atitudes de sua personagem Tistu, uma criança de oito anos.
² Acadêmico do Colegiado de Pedagogia da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Ages, VIII semestre.
consciência e perceber que ela de nada adianta se os seres não agirem de acordo com o que se dizem conscientizados. A consciência é comprovada na prática, se não muda a prática, não houve alteração no sujeito.
Nos tempos atuais, as questões ambientais são tão debatidas e repetidas a exaustão pela mídia e por representações sociais como a escola, a igreja, que é praticamente impossível encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar em meios de vida sustentáveis ou formas de levar uma existência de acordo com o bem estar do planeta em que vivemos.
A Educação Ambiental propicia novas discussões, novos enfoques e articulações, na busca de conscientizar as pessoas de como na prática agir de modo sustentável e não somente ser consciente para tal. É ir além do que se discute, é o fazer; aprender a ser ecologicamente correto agindo assim no dia-a-dia.
É urgente inserir ações sustentáveis em atividades cotidianas, as pessoas dessa forma se tornarão multiplicadoras de ação reflexiva perante o ambiente, transformando as comunidades em legiões de formiguinhas que juntas podem “mudar o mundo” e a forma como o homem afeta negativamente a vida em nosso planeta; dessa maneira, nas ações cotidianas ocorre naturalmente (ou pelo menos deve urgentemente ocorrer) a transformação planetária.
É preciso que todos os cidadãos percebam a responsabilidade que eles tem referente ao meio que vivem. É necessário começar a pensar e realmente agir de modo correto perante a natureza e incentivar a todos que nos cercam sobre essa realidade gritante, para que tenhamos uma relação harmoniosa com os outros e com o meio ambiente.
2 TISTU E A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
A conscientização é a palavra que norteia as abordagens desse artigo. Todas as pessoas precisam se conscientizar e aderir à onda verde desse século para que não venhamos a multiplicar e piorar ainda mais as condições de degradação que o ambiente se apresenta.
Dessa forma temos que integrar todas as pessoas num grupo de cidadãos “dedo verde”, ou seja, sujeitos politizados, conscientes e transformadores de sua realidade; seres que não cruzam os braços para os problemas, pelo contrário enfrenta-os e busca soluções para si e para o bem coletivo.
Como afirma Freire (2003: 236), a pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela. Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo. A pessoa conscientizada sabe que é possível mudar o mundo.
Isso quer dizer que todas as pessoas precisam sensibilizar-se e conscientizar-se com as questões do meio ambiente e perceberem-se parte integrante desse meio, mas ir além dessa sensibilização, ou seja, colocar em prática mudando aquilo que puder, transformando a sua realidade (vivência), contribuindo com todo o planeta e com as futuras gerações que precisarão de um ambiente harmonioso para sua existência.
Contribuindo com essa realidade sugere-se uma relação filosófica entre o livro “O menino do dedo verde” e a realidade ecológica alarmante que enfrentamos hoje. É uma tomada para a reflexão, uma possibilidade de pensar mais conscientemente sobre o que cada ser humano pode fazer para mudar o mundo. Pode-se pensar nessa proposição como uma utopia, mas se cada pessoa fizer sua parte amenizaremos muito os problemas ambientais.
O “Menino do Dedo Verde” foi escrito por Maurice Druon e se tornou um clássico da literatura para crianças e jovens em todo o mundo e permanece atual, embora tenha sido escrito em 1957. Esta fábula trata de questões relacionadas com os conceitos de conscientização, convívio social, ética e cidadania e foi pioneira ao abordar a discussão socioambiental.
A fábula conta a história de
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