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ATIVIDADE AVALIATIVA DIAGNÓSTICA

Por:   •  23/5/2022  •  Artigo  •  931 Palavras (4 Páginas)  •  106 Visualizações

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  1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA[pic 2]

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

Departamento de filosofia

Estrada de São Lázaro, 197 – Federação – Salvador-Ba – CEP 40210-730

Tel.(71) 3283.6441– www.filosofia.ufba.br | E-mail: dpsofia@ufba.br

ATIVIDADE AVALIATIVA DIAGNÓSTICA

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA I

TURMA

NOME: Ana Clara Blohem Pereira

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INSTRUÇÕES

Em seu texto “A mentira na política: considerações sobre os Documentos do Pentágono”, Hannah Arendt retrata o uso sistematizado da manipulação psicológica da opinião pública e o fenômeno do “auto embuste interno” na condução da política americana para a guerra do Vietnã. Com base na leitura completa do ensaio, explique por que os chamados “resolvedores de problemas” foram considerados uma variedade da “arte de mentir”.

RESPOSTA

“A mentira na política: considerações sobre os Documentos do Pentágono” de Hannah Arendt, relata a autora, preocupada com o entendimento dos limites aos quais o âmbito político deveria se submeter, então escreve uma reflexão sobre esses documentos, levantando a questão da mentira, do engano, do auto-engano, da construção de imagem, da manipulação. Na Segunda Guerra Mundial, em um estado instável e frágil devido a conflitos e extermínio em massa, surgiram várias questões sobre a crise humanitária. Uma dessas questões era sobre a autenticidade dos discursos e informações veiculadas pelos governantes, especialmente os das grandes potências mundiais. Isso levou a uma série de exposições, como o Pentágono e, posteriormente, o movimento contra esses atos irracionais trazidos ao público, como o movimento de contracultura, citando o movimento hippie, por exemplo, que clamava pela paz entre o povo.

Ressalta-se, então, que a existência de mentira e engano autorizada pelos discursos, que, no caso dos Estados Unidos, foram dados para preservar a imagem enganosa e encobrir as atrocidades cometidas nas guerras existentes, como o Vietnã. A guerra, na qual as atrocidades perpetradas pelo povo e o mal em que se encontravam, muitas vezes eram ocultadas. Esse fato não foge à realidade atual e ainda é um padrão recorrente de muitos governos influentes ao redor do mundo, expostos, entretanto, pelo engano e omissão de informações relacionadas a óbitos e casos verificados de COVID-19.

 Uma análise desse texto foi apresentada por Hannah Arendt em sua obra “Crises da República”. Dessa forma, em consonância com o que a autora apontou, pode-se destacar em um primeiro momento que o engano do governo, que se dá através das distorções dos fatos, que leva a um sistema de expansão midiática, nacional e internacionalmente, é político. Um ambiente que ponha em risco a saúde e o bem-estar da comunidade. Esse crescimento ocorre por meio de declarações que desconsideram os fatos e os escondem, que promovem a disseminação de distorções da verdade presente, a fim de controlar o apoio popular.

Para uma grande potência como os Estados Unidos, a imagem é importantíssima. Uma vez que consolida aquele Estado como real potência e o torna frente aos demais um exemplo de poder. Em face disso, Hannah Arendt na sua obra “Crises da República” comenta que: O alvo básico não era nem poder nem lucro. Nem tampouco influência no mundo para servir a interesses particulares, tangíveis, para o que seria necessário e intencionalmente utilizado o prestígio, a imagem, da “maior potência do mundo”. O objetivo era agora a própria imagem, como está manifesto na linguagem dos resolvedores de problemas com seus scripts e “plateias” tomados emprestados do teatro. Para este alvo básico todas as políticas se tornaram meios permutáveis a curto prazo, até que finalmente, quando todos os sinais indicavam a derrota na guerra de desgaste, o objetivo já não era mais evitar uma derrota humilhante, mas descobrir meios e modos de evitar admiti-la e “salvar a cara”. (ARENDT, 1973, p. 25). A construção de uma imagem falsamente idealista e positiva da situação arbitrária em que se analisou, não era o único propósito em cheque.

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