ATIVIDADE AVALIATIVA DIAGNÓSTICA
Por: Ana Blohem • 23/5/2022 • Artigo • 931 Palavras (4 Páginas) • 106 Visualizações
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ATIVIDADE AVALIATIVA DIAGNÓSTICA
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA I | |||
TURMA | NOME: Ana Clara Blohem Pereira | ||
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INSTRUÇÕES |
Em seu texto “A mentira na política: considerações sobre os Documentos do Pentágono”, Hannah Arendt retrata o uso sistematizado da manipulação psicológica da opinião pública e o fenômeno do “auto embuste interno” na condução da política americana para a guerra do Vietnã. Com base na leitura completa do ensaio, explique por que os chamados “resolvedores de problemas” foram considerados uma variedade da “arte de mentir”. |
RESPOSTA |
“A mentira na política: considerações sobre os Documentos do Pentágono” de Hannah Arendt, relata a autora, preocupada com o entendimento dos limites aos quais o âmbito político deveria se submeter, então escreve uma reflexão sobre esses documentos, levantando a questão da mentira, do engano, do auto-engano, da construção de imagem, da manipulação. Na Segunda Guerra Mundial, em um estado instável e frágil devido a conflitos e extermínio em massa, surgiram várias questões sobre a crise humanitária. Uma dessas questões era sobre a autenticidade dos discursos e informações veiculadas pelos governantes, especialmente os das grandes potências mundiais. Isso levou a uma série de exposições, como o Pentágono e, posteriormente, o movimento contra esses atos irracionais trazidos ao público, como o movimento de contracultura, citando o movimento hippie, por exemplo, que clamava pela paz entre o povo.
Ressalta-se, então, que a existência de mentira e engano autorizada pelos discursos, que, no caso dos Estados Unidos, foram dados para preservar a imagem enganosa e encobrir as atrocidades cometidas nas guerras existentes, como o Vietnã. A guerra, na qual as atrocidades perpetradas pelo povo e o mal em que se encontravam, muitas vezes eram ocultadas. Esse fato não foge à realidade atual e ainda é um padrão recorrente de muitos governos influentes ao redor do mundo, expostos, entretanto, pelo engano e omissão de informações relacionadas a óbitos e casos verificados de COVID-19.
Uma análise desse texto foi apresentada por Hannah Arendt em sua obra “Crises da República”. Dessa forma, em consonância com o que a autora apontou, pode-se destacar em um primeiro momento que o engano do governo, que se dá através das distorções dos fatos, que leva a um sistema de expansão midiática, nacional e internacionalmente, é político. Um ambiente que ponha em risco a saúde e o bem-estar da comunidade. Esse crescimento ocorre por meio de declarações que desconsideram os fatos e os escondem, que promovem a disseminação de distorções da verdade presente, a fim de controlar o apoio popular.
Para uma grande potência como os Estados Unidos, a imagem é importantíssima. Uma vez que consolida aquele Estado como real potência e o torna frente aos demais um exemplo de poder. Em face disso, Hannah Arendt na sua obra “Crises da República” comenta que: O alvo básico não era nem poder nem lucro. Nem tampouco influência no mundo para servir a interesses particulares, tangíveis, para o que seria necessário e intencionalmente utilizado o prestígio, a imagem, da “maior potência do mundo”. O objetivo era agora a própria imagem, como está manifesto na linguagem dos resolvedores de problemas com seus scripts e “plateias” tomados emprestados do teatro. Para este alvo básico todas as políticas se tornaram meios permutáveis a curto prazo, até que finalmente, quando todos os sinais indicavam a derrota na guerra de desgaste, o objetivo já não era mais evitar uma derrota humilhante, mas descobrir meios e modos de evitar admiti-la e “salvar a cara”. (ARENDT, 1973, p. 25). A construção de uma imagem falsamente idealista e positiva da situação arbitrária em que se analisou, não era o único propósito em cheque.
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