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ATPS FAMÍLIA E SOCIEDADE

Por:   •  12/6/2016  •  Dissertação  •  1.123 Palavras (5 Páginas)  •  409 Visualizações

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UNIDERP-UNIVERSIDADE ANHANGUERA

PÓLO REPÚBLICA - 7224

CURSO SERVIÇO SOCIAL

SABRINA PALHETA DIAS RA: 393443

DISCIPLINAS NORTEADORAS: FAMILIA E SOCIEDADE

SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORANEO

DESAFIO PROFISSIONAL

                                               

BELÉM/ PARÁ

2015

O conceito de família passou por várias mudanças no decorrer dos séculos, todavia, segundo o dicionário Aurélio é o agrupamento de  seres que vivem  em estado gregário, grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns. Meio Humano em que o indivíduo esta integrado. Contrato consensual pelo qual as pessoas se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução de um fim comum.

        Na maioria das vezes, as mudanças que afetam a vida familiar estão em forte vinculação com aquelas que ocorrem na vida pública. Por exemplo, as mudanças que envolvem reparação entre reprodução e sexualidade foram construídas a partir da década de 1960. Na década de 1980, observa-se o efeito das novas tecnologias reprodutivas, em 1990 houve a divulgação dos exames de DNA para a identificação da paternidade.

        Todos os avanços tecnológicos interferiram substancialmente nas relações entre homens e mulheres e pais e filhos ao longo do percurso familiar. Segundo, Lyra (2003) e outros os estudos, na perspectiva da história revelam que essa forma de “arranjo” familiar já emergia na sociedade colonial.

        Ou seja, a ruptura para novas tendências de famílias já eram traçadas desde a época colonial, pois vários foram os motivos que levaram a novas formas de agrupamento, dentre essas mudanças, destacamos: corte nas trajetórias educacionais, emprego instáveis trabalhos precários, alterações de moradias, rompimentos relacionais e outros.

        Com a tendência da ruptura da família, houve a saída de grande parte dos membros mais jovens de casa, gerando a superlotação da casa de abrigados, em que as condições dos papéis masculinos e femininos se tornam vulneráveis, alimentando, ainda, o ciclo perverso da destruição da família. Vejamos, o entendimento abaixo:

As famílias pobres dificilmente passaram pelos ciclos de desenvolvimento do grupo doméstico, sobretudo pela fosse de criação dos filhos, o que implica alteração muito recente nas unidades domésticas. As dificuldades enfrentadas para realização dos papéis familiares no núcleo conjugal, diante de uniões instáveis e empregos incertos, desencadeiam arranjam que envolvem a rede de parentesco como um todo, a fim de viabilizar a existência da família. (NEVES, 1984, FONSECA, 1987 E SCOTT, 1990).

        Portanto, de acordo com VASCONCELOS (2002) e outros, somente o sistema de apoio mútuo são, portanto, condições vitais quando se tratam de realidade das famílias pobres. Nesse sentido, conclui-se que a família influi diretamente na vida das pessoas, bem como as desigualdades sociais corroboram para a ruptura do seio familiar, o que vem gerando a exclusão da convivência das crianças e dos adolescentes dos seus familiares.

        Na verdade, com as reconfigurações dos espaços públicos em termos dos direitos sociais assegurados pelo Estado Democrático de Direito, e as dificuldades das crises econômicas no mundo do trabalho, determinam severas transformações fundamentais na esfera privada, reificando as formas de composição e o papel das famílias.

        Nesse sentido, as fortes pressões e os processos de exclusão sociocultural geram sobre as famílias brasileiras fragilidades e acentuadas contradições. Assim, faz-se primordial sua centralidade no âmbito das ações da política de assistência social, como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidado aos seus membros, mas que precisa ser cuidada e protegida.

        Assim, a família independe da forma como é estruturada ou estruturou-se ao longo dos anos, sabemos que seu papel é extremamente importante para a história da humanidade, bem como para o âmbito da proteção social, senão, vejamos:

A família, independentemente dos formatos ou modelos que assume, é mediadora das relações entre os sujeitos e à coletividade, delimitando, continuamente os deslocamentos entre o público e o privado, bem como geradora de modalidades comunitárias de vida. Todavia, não se pode desconsiderar que ela se caracteriza como um espaço contraditório, cuja dinâmica cotidiana de convivência é marcada por conflitos e geralmente, também, por desigualdades, além de que nas sociedades capitalistas a família é fundamental no âmbito da proteção social. (MATRIALIDADE SOCIO FAMILIAR, 2015, p.40)

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