ATPS de Fundamentos
Por: Miss Uberlandia • 27/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.267 Palavras (18 Páginas) • 139 Visualizações
Universidade Anhanguera – UNIDERP
Polo Unieducação - 22498
Serviço Social – Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II
Atividades Práticas Supervisionadas
Albergson Aparecido Costa - 353511
Bruna das Graças Alves Leal - 400665
Denise Ferreira Dias - 368965
Gilda Marcia Evangelista Silva – 364574
Hemerson Bezerra Dantas - 373921
Maria Aparecida da Silva - 382105
Prof.ª EAD: Ma. Laura dos Santos
Uberlândia – MG
Abril / 203
Introdução:
A história do Serviço Social no Brasil encontra-se ligada a uma serie de acontecimentos importantes, desde as primeiras escolas, a reconceituação da profissão, os filósofos que incentivaram a linha de pensamento, os objetivos estabelecidos, seminários e a luta para tornar uma profissão regulamentada acompanha detalhes que devem ser estudados cada vez mais a fundo para entender desde a origem até os dias de hoje da profissão. O perfil que o Assistente Social possui na atualidade é uma soma das experiências que outros profissionais das diferentes áreas absorveram ao longo de pouco mais de um século. Hoje, o Assistente Social modifica a sua forma de atuação profissional, levando em consideração a demanda que lhe é colocada e a necessidade de responder às exigências e às contradições da sociedade capitalista.
O Serviço Social como profissão, surgiu ligado a grupos de orientação cristã. Embora já existissem em outras épocas outras formas de ajuda, a institucionalização do Serviço Social só ocorreu no contexto do capitalismo, aparecendo como uma das formas de correção da disfunção do sistema capitalista. Dentro de um contexto histórico, vinculado diretamente à igreja católica, desigualdades sociais, acumulo do capitalismo e uma série de exigências, a história do Serviço Social se viu necessitada de uma reconceituação perante a sociedade brasileira. A priori, no Brasil, o Serviço Social procurou seguir os rumos de trabalho americano e de outros países em estagio mais avançado de desenvolvimento, envolvendo questões como organização social da comunidade, do grupo, de caso e posteriormente o desenvolvimento da população. O Brasil mesmo com projetos ligados a Sudene, Sudem, Sudesul foram insuficientes , a situação atual na época era muito precária. Renda per capita muito baixa, saúde, falta de saneamento. Então, diante de uma realidade subdesenvolvida, onde as necessidades não estavam sendo atendidas, a ação profissional mostrou-se paliativa, dando então os primeiros passos para a sua reconceituação.
Para que a nova atividade se afirmasse como profissão e ganhasse o reconhecimento da sociedade, fez-se necessário a elaboração de um conjunto de conhecimentos próprios e a formação de profissionais competentes, que contribuíssem de forma significativa à sociedade. Inicia uma série de seminários com um proposito de repensar o Serviço Social com uma visão modernizadora. Constitui a primeira expressão no processo de renovação. Cinco enfoques que se deu no movimento de reconceituação. Cientifico-técnico metodológico, ideológico-politico, ciência do cotidiano, luta pela profissionalização. Após vários encontros e discussões sobre o papel do Serviço Social na comunidade e dos papéis desenvolvidos pelo assistente social (Encontro Regional de Escolas de Serviço Social do Nordeste, Araxá, Teresópolis, Sumaré, etc.) o que se visava era uma ruptura com o Serviço Social tradicional, livrando-se de clichês criados pela sociedade levando para o âmbito cientifico de todo o processo, objetivando uma "libertação nacional e de transformação da estrutura capitalista, concentradora, explorada." Entre as propostas apresentadas por esses movimentos, tinham a adequação do Serviço Social, busca de uma metodologia adequada às exigências da realidade social além de propor a adoção de um referencial marxista de análise dos fenômenos sociais e a adoção de novas metodologias de ação que levassem a totalidade do social.
Acrescenta Paulo Neto (2001, p. 79), que:
“Emergindo como profissão a partir do background acumulado na organização da filantropia própria à sociedade burguesa, o Serviço Social desborda o acervo das suas plataformas ao se desenvolver como um produto típico da divisão social (e técnica) do trabalho da ordem monopólica. Originalmente paramentado e dinamizado pelo pensamento conservador, adequou-se ao tratamento dos problemas sociais quer tomados nas suas refrações individualizadas (donde a funcionalidade da psicologização das relações sociais), quer tomados como sequelas inevitáveis do ‘progresso’ (donde a funcionalidade da perspectiva ‘pública’ da intervenção - e desenvolveu-se legitimando-se precisamente como interveniente prático-empírico e organizador simbólico no âmbito das políticas sociais.”
Em resumo, o movimento de reconceituação envolveu reelaborações por um grande numero de profissionais na busca de fundamentos, de novos, conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo e na formulação de novas metodologias que pudesse instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento. O Serviço Social posteriormente ao desenvolvimentismo difundiu uma nova visão das possibilidades da profissão e das funções do assistente social, no sentido de reformulações teóricas e práticas, seja operacionalização da nova proposta, á luz de posicionamentos ideológicos o que é uma conquista que surgiu com o movimento de reconceituação. A fase da reconceituação foi marcada por analises criticas ao Serviço Social tradicional e ao sistema vigente que envolveu impasses, crises e ganhou vitalidade com questionamentos, contestações, reelaborações que delinearam diferentes fases, provocando rupturas e reclamando novas abordagens.
“Esse processo desvela o caráter contraditório da prática profissional, uma vez que remete, sobretudo o espaço institucional, à necessidade de questionamento das normas institucionais que, via de regra, orienta a clientela para um processo de adaptação social, numa perspectiva de controle e dominação, preconizando a ruptura com esta prática, tendo em vista os interesses dos setores populares. A profissão assume as inquietações e insatisfações deste momento histórico e direciona seus questionamentos ao Serviço Social tradicional através de um amplo movimento, de um processo de revisão global, em diferentes níveis: teórico metodológico, operativo e político.” (Ozanira, pág.87).
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