Amostragem não-probabilistica

Curso de Eng. Mecânica - Probabilidade e Estatística

1 – Amostragem não-probabilística

Amostragem não-probabilística é aquela em que a seleção dos elementos que irão compor a amostra é feita de forma deliberada e depende, freqüentemente, do julgamento do entrevistador. Este método de amostragem é utilizado, geralmente, quando não é possível ter acesso a toda população e/ou quando não é o objetivo do estudo, generalizar o resultado das analises para a população, da onde a amostra foi escolhida. O perigo de utilizar este método está justamente no fato de que seu resultado, na maioria dos casos, não deve ser generalizado e dever ser analisado cuidadosamente, para não induzir ao erro.

2 – Tipos de amostragem não-probabilística.

2.1 – Amostragem acidental ou por conveniência;

Nesta técnica de amostragem, como o próprio nome já nos remete em pensamento, a amostra é escolhida por conveniência, ou seja, retiramos a amostra de uma parte da população, que nos esteja prontamente acessível. Neste caso, o pesquisador seleciona membros da população mais acessíveis, sem probabilidades especificadas, mesmo que se tenha a possibilidade de atingirmos toda a população.

A vantagem deste método é que ele nos permiti uma coleta de dados, relativamente, fácil. Entretanto é impossível avaliarmos a qualidade dos dados coletados, quando se trata, de representá-los à população.

Exemplo 1 – Um exemplo simples seria um teste destrutivo, onde o pesquisador teria de destruir determinado numero de peças(amostra), produzidas por uma maquina em uma tornearia. Sabendo que a maquina produz 500 peças por dia, e são divididas em lotes de 25 peças cada. Assim sendo, o pesquisador escolhe as primeiras 25 peças para utilizar como amostra, sem se preocupar com algumas variantes, como o desgaste da maquina e a operação da mesma.

Exemplo 2 – Um aluno incumbido de realizar um trabalho de estatística e têm que realizar uma pesquisa, para isso eles utiliza como amostra os primeiros alunos que ele encontrou pelo campus, “concluindo” sua pesquisa de forma fácil e rápida.

2.2 – Amostragem por julgamento ou intencional;

Nas amostras intencionais o pesquisador, deliberadamente, escolhe o grupo de elementos da amostra, por julgar esses elementos mais adequados aos critérios por ele estabelecidos e dessa forma fornecer respostas mais aprimoradas à pesquisa.

O risco deste tipo de amostragem é que, na maioria dos casos, esse método exclui quaisquer processos aleatórios. No entanto, esta amostragem pode ser considerada ideal, quando o tamanho da população é reduzido e as características mínimas e conhecidas.

Exemplo 1 – Uma situação em que se enquadra este modelo de amostragem seria uma pesquisa para saber a aceitação em relação a um novo modelo de veiculo de luxo, em uma cidade. Então, são selecionadas para compor a amostra, apenas pessoas que tenha condições de adquirir (ou façam uso) de automóveis deste patamar.

Exemplo 2 – Uma pesquisa sobre uma cerveja, onde a amostra para entrevista é selecionada em um bar que revende a mesma.

2.3 - Amostragem por cotas;

Dentre todos os modelos anteriores podemos dizer que este é o que apresenta maior rigor e, que ele pode ser considerado um tipo especial de amostra intencional. Em uma amostra por cotas cada pesquisador entrevista