Analise De Falhas Mecânicas
Trabalho Universitário: Analise De Falhas Mecânicas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: czago • 20/9/2014 • 4.420 Palavras (18 Páginas) • 423 Visualizações
ANÁLISE DE FALHAS
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1- INTRODUÇÃO
1.1 A análise de falhas
O estudo da confiabilidade de componentes e estruturas admite que
os produtos podem falhar. Pode-se recorrer a própria definição - "confiabilidade é a
probabilidade de que um componente ou sistema não falhe durante sua vida útil."-
Vê-se por aí que a FALHA é algo admissível mesmo em projetos de alta
confiabilidade como a indústria aeroespacial, por exemplo.
Torna-se, então, necessária a concepção de componentes que
funcionem com baixas taxas de falha durante toda a sua vida útil.
É lógico que a partir do entendimento das inúmeras variáveis
presentes em um projeto e produção de um componente tanto qualitativa quanto
quantitativamente, as falhas devem ser entendidas e usadas como fonte de
realimentação de dados para o projetista.
Dentro deste enfoque, o entendimento das falhas permite
aperfeiçoar e otimizar o projeto e a ANÁLISE DE FALHAS passa a funcionar como
uma ferramenta de trabalho e não somente como uma investigação que determine o
"culpado" pelo incidente.
1.2- Causas das falhas [1]
Uma peça ou componente é considerado como tendo falhado
quando ocorre uma das três seguintes condições:
a) Quando fica totalmente inoperante;
b) Quando ainda opera mas sem conseguir exercer sua função
satisfatoriamente, ou;
c) Quando tenha ocorrido uma séria deterioração, tornando-o
inconfiável ou inseguro para operar em uso continuo, necessitando então sua
imediata remoção para reparo ou substituição.
As causas fundamentais de falhas que são comentadas a seguir
podem ocorrer isoladas ou em conjunto para um determinado caso.
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1.2.1 - Deficiências de Projeto
Entalhes- Talvez o defeito mais freqüentemente encontrado em
projetos é a presença de entalhes em zonas de alto carregamento nas peças . O
uso de raios de concordância muito pequenos em mudanças de seção,
acompanhado ou não por uma má avaliação de sua influência nas tensões naquele
ponto tem sido causa de incontáveis falhas em componentes mecânicos. São
freqüentes as alterações de projeto com o propósito de ser conseguida determinada
função, introduzindo alterações de forma, criando com isso entalhes em zonas já
dimensionadas.
A escolha de processo fabricação mais adequado para cada
aplicação nem sempre vem ao encontro das propriedades mecânicas desejadas
para a peça.
Mesmo quando se conhece corretamente as cargas, a análise das
tensões é modelada, e estas determinadas com correção, a resistência é avaliada
em função da tensão de ruptura e tensão de escoamento sem levar em conta a
possibilidade do componente vir a falhar por ruptura frágil, fadiga de baixo ciclo,
corrosão sob tensão ou corrosão- fadiga.
1.2.2- Deficiências na seleção do material
A seleção do material para confecção de peças deve fazer parte do
projeto de um produto. Esta seleção deve considerar as condições de carregamento,
condições ambientais, funcionabilidade e demais parâmetros das condições de
serviço das peças
A resistência mecânica dos materiais é sempre obtida através do
ensaio de "corpos de prova" que têm forma, tamanho e acabamento diferentes da
peça a ser projetada. Assim sendo, os valores obtidos são propriedades do corpo de
prova, mas não da peça. A geometria e as condições de carregamento reais do
serviço das peças não são representadas pelos corpos de prova, que possuem
geometrias simples, acabamento adequado e carregamento padronizado.
Considerar somente a tensão de ruptura, o limite de escoamento ou
a resistência à fadiga no projeto de uma peça, pode resultar em falhas catastróficas.
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Além da tensão de ruptura e resistência à fadiga, propriedades como
a tenacidade, a ductilidade e, principalmente, a microestrutura de material possuem
um importante papel no desempenho de qualquer componente.
1.2.3 - Defeitos no material
Muitas falhas originam-se em defeitos no material de uma peça.
Tanto imperfeições internas quanto superficiais podem reduzir a resistência pois
além de funcionarem como pontos de concentração de tensões, constituem-se no
local adequado ao desenvolvimento de corrosão do tipo pitting ou então facilitam o
surgimento de corrosão intergranular. Além disso, segregações, problemas de
laminação,
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