Antropologia Cultural - iniciação Teoria e Tema
Por: Lorena Pessoa • 25/2/2016 • Trabalho acadêmico • 746 Palavras (3 Páginas) • 376 Visualizações
O objetivo da economia política é o estudo das leis sociais que regulam a produção e a distribuição dos meios materiais que permitem a satisfação das necessidades dos homens. Na base da atividade econômica está o trabalho. O trabalho é uma categoria que é indispensável para a compreensão da atividade econômica e refere-se ao próprio modo de ser dos homens e da sociedade. Trabalho é a transformação de matérias naturais em produtos que atendem às necessidades da sociedade. O trabalho não se opera com uma atuação imediata sobre a matéria natural, ele exige instrumentos. O trabalho não está ligado a determinações genéticas, e sim, a habilidades e conhecimento. O trabalho atende a elenco ilimitado variável de necessidades. A realização do trabalho constitui uma objetivação do sujeito que o efetua. O trabalhador requer e propicia a constituição de um tipo de linguagem (articulada) que, além de aprendida, é condição para o aprendizado. O trabalho é, sempre, atividade coletiva. Esse caráter coletivo da atividade do trabalho é, substancialmente, aquilo que se denominará de social. Foi através do trabalho dos grupos de primatas, surgiram os primeiros grupos humanos, que fez emergir um novo tipo de ser, distinto do ser natural: o SER SOCIAL. Toda e qualquer sociedade humana tem sua existência hipotecada à existência da natureza. A natureza, porém, pode existir e subsistir sem a sociedade. O surgimento da vida está ligado a complexos processos físico-químicos, foi produto de um longo caminho evolutivo, sobre a base da meteria inorgânica, emergiu um novo ser, dotado da capacidade de se reproduzir: o ser vivo, orgânico. Foi através do trabalho que os membros dessa espécie se tornaram seres que, a partir de uma base natural, desenvolveram características e traços que os distinguem da natureza. Trata-se do processo no qual, mediante o trabalho, os homens produziram-se a si mesmos, tornando-se SERES SOCIAIS. Quanto mais o homem se humaniza, quanto mais se torna ser social, tanto menos o ser natural é determinante em sua vida. O avanço do processo de humanização pode ser compreendido, pois, como diferenciação e a complexificação das objetivações do ser social. O trabalho aparece como objetivação primária e inalienável do ser social. O ser social se particulariza porque é capaz de: realizar atividades teologicamente orientadas; objetivar-se material e idealmente; comunicar-se e expressar-se pela linguagem articulada; tratar suas atividades e a si mesmo de modo reflexivo, consciente e autoconsciente; escolher entre alternativas concretas; universalizar-se; e sociabilizar-se. Na sua ação e atuação o ser social sempre encontra alternativas e sempre pode escolher - e a escolha entre alternativas concretas configura o exercício da liberdade. Pensar, conhecer, projetar, objetivar-se, escolher - tudo supõe a capacidade de se desprender do dado imediato, das singularidades dos fenômenos: supõe a capacidade de universalizar-se. O desenvolvimento do ser social implica o surgimento de uma racionalidade, de uma sensibilidade e de uma atividade que, sobre a base necessária do trabalho, criam objetivações próprias. Para denotar que o ser social é mais que trabalho, existe uma categoria teórica mais abrangente: práxis. A práxis envolve o trabalho, mas inclui muito mais, inclui todas as objetivações humanas. Na sua amplitude, a categoria práxis revela o homem como ser criativo
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