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Atendimento à Maria

Por:   •  24/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.383 Palavras (6 Páginas)  •  176 Visualizações

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FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL

Análise e Intervenção: Atendimento à Maria

Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social II

Caroline Maria da Rocha Fiuza

Maria Victória Fagundes

Tatiane Vaz de Araújo

Porto Alegre, 01 de dezembro de 2015.

Análise e Intervenção: Atendimento à  Maria

        Maria foi chamada pelo Serviço Social da FASE - Fundação de Atendimento Sócio Educativo para entrevista de acolhimento. É mãe de João, 15 anos, reincidente e usuário de drogas desde os 7 anos de idade.

        João passou pela FASE outras duas vezes e onde se encontra atualmente. Decorrente das ações violentas de seu pai, João abandonou sua família e os estudos optando por se sustentar na criminalidade ingressando assim na instituição.

        Maria não tem em quem confiar ou buscar orientação. Necessita ser acompanhada, pois possui uma culpabilização  em razão  da família encontrar--se nesta situação, estando sua auto estima extremamente baixa e sem estímulos de conhecimento e coragem para tomar quaisquer atitude.

        Analisando seu histórico, percebe-se que tal estado de vulnerabilidade já faz parte do contexto de gerações da família. Maria sofreu abandono e agressões psicológica de seu ex-marido, em decorrência disso, seus quatro filhos tiveram sequelas dos episódios ocorridos anteriormente. A família é considerada  baixa renda, seu trabalho remunerado bem como o de seu filho Antonio é sem vínculo empregatício, e sua residência não comporta suportar a ela, seus filhos e o futuro neto.

        Sua filha Carla está prestes a ter o bebê e necessita passar por exames médicos a fim de cuidar dela e de seu filho, a mesma também já sofreu agressões de seu namorado resultando em queixas à policia mais de uma vez.

         Antônio o filho mais velho teve sua cidadania negada, pois foi tirado o seu direito de estudos, tendo que trabalhar para sustentar a família (exploração infantil). Desamparado e cansado de tanto sofrimento, Antonio espera terminar os estudos e gerar sua própria família.

        

        Davi, 6 anos e filho mais novo de Maria já sofre sequelas das opressões cometidas pelo pai, apresentando problemas na escola e transtornos psicológicos. Davi provavelmente tenta chamar atenção da mãe através de choros e agressões, pois ele não entende a situação atual.

        Tendo como base o texto de Faleiros, O paradigma da correlação de forças, trabalhar o contexto familiar é essencial para fortalecer o empoderamento do usuário e dos integrantes do mesmo juntamente com seus vínculos, trabalhando também em mediações de programas sociais, benefícios, serviços, encaminhamentos, etc..

A construção das estratégias vai favorecer, assim, o processo e o projeto de vida do sujeito, no sentido de buscar o que ele quer e pode construir a partir das forças de que ele dispõe, através da construção de apoios mobilizáveis na conjuntura, em confronto com as oportunidades e forças que o fragilizam. Essa articulação de apoios e oportunidades refere-se também a processos coletivos. (FALEIROS, 1997)

        Solicitamos ao CRAS - Centro de Referência em Assistência Social juntamente com os serviços do PAIF - Programa de Atenção Integral à Família, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, e CREAS - Centro de Referência Especializada em Assistência Social, com serviços de proteção especial de média complexidade, e PAEFI - Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos de sua região, para o ingresso da família nestes serviços. Também serão realizadas visitas domiciliares à família e entrevistas, procurando trabalhar no empoderamento de cada integrante da mesma.

         Maria será encaminhada para grupos de apoio, pois precisa de fortalecimento para romper com a trajetória de fragilização e conseguir mudar os ciclos e trajetórias de violência através de trabalho em rede, também com o auxílio do CRAS de sua região, solicitamos encaminhar Maria para o Programa Aluguel Social para obter uma moradia adequada para 5 pessoas, e futuramente orientá-la para procurar o Programa Minha Casa, Minha Vida e cursos profissionalizantes.

Através das práticas de coletivização ajuda-se o usuário (cliente) a sair da compreensão individualista de seu problema, por exemplo, colocando o cliente em contato com outros usuários, apoiando o questionamento das questões individuais, fazendo-se contatos com os membros da rede do cliente, encorajando-o a fazer alianças. (FALEIROS, 1997)

        Procuramos também trabalhar no empoderamento  de Carla em relação à violência cometida por seu namorado, recomendando a procura por grupos de convivência dirigido à mulher. Orientações referente à importância dos exames pré-natal bem como cuidados pós-parto e amamentação. Também a orientamos para encaminhamento junto ao CRAS de sua região, a fim de realização do Cadastro Único para ingresso em  programas sociais adequados para ela e seu futuro filho, bem como dar continuidade aos estudos.

        Para Antonio, orientamos Maria a fortalecer o vínculo com seu filho, também incentivá-lo a procurar uma instituição de ensino público, o EJA, por exemplo, e sua inserção no mercado de trabalho através de programas como o Jovem Aprendiz até que ingresse, posteriormente, em algum curso técnico ou universidade.

        Em relação a Davi, orientamos o ingresso em atividades recreativas, grupos e oficinas  envolvendo cultura, arte e dança, na escola e em turno inverso (para que sua mãe possa trabalhar), estimulando o seu  interesse e reestabelecendo o convívio com outras crianças, além de acompanhamento psicológico.

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