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Atuação do Assistente Social no Primeiro setor (Estado)

Por:   •  7/4/2019  •  Resenha  •  1.803 Palavras (8 Páginas)  •  313 Visualizações

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Trabalho disciplina Oficina serviço Social II

 barbara hawthorne cordeiro

carla cristina gimenez de sa

luciane campanini do amaral

meire isabel ribeiro

raquel ayako kawasaki

sandra jose silva

VANIA GOMES VIEIRA DE SOUZA

 1 DISCORRA ACERCA DOS IMPACTOS DA CONDIÇÃO DE TRABALHADOR ASSALARIADO AO EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL

Para realizarmos uma análise sobre os impactos da condição de trabalhador assalariado no exercício profissional do Assistente Social é necessário primeiramente entendermos que o mesmo está inserido dentro da lógica do sistema capitalista, formada por toda classe trabalhadora da qual o mesmo também faz parte e discutirmos no que implicam as relações estabelecidas por este modo de produção específico.

O trabalho assalariado é uma condição estabelecida ao exercício profissional que não se aplica especificamente a determinada profissão inscrita na divisão sócia técnica do trabalho, mas sim a toda a classe de trabalhadores, formada pela relação capital x trabalho, neste sistema existe uma divisão de classes bem definida formada pelos capitalistas detentores dos meios de produção e os trabalhadores que possuem unicamente sua força de trabalho, elas se relacionam da seguinte forma os trabalhadores vendem o seu trabalho aos capitalistas em troca de um valor estabelecido em dinheiro definido como salário, o trabalho torna-se uma mercadoria passível das mesmas aplicações dadas a esta, valor de uso, valor de troca, em que o capitalista procura extrair o máximo de lucro para sua acumulação que é obtida através da mais valia.

Esta busca incessante de acumulação de capital pela expropriação dos trabalhadores através da mais valia afetaram as condições de vida e subsistência da classe trabalhadora ameaçando de certa forma a continuidade desta extração, dentro deste contexto histórico de crise surge a demanda por um profissional que tenha uma formação com conhecimentos teórico-práticos necessário para interferir e mediar estas relações sociais de interesses conflitantes, esse trabalhador foi requisitado pelo Estado para amenizar a questão social e suas expressões, fazendo com que o mesmo contribua com a reprodução das relações sociais na sociedade capitalista. Nessa conjuntura socioeconômica o serviço social nasce como profissão assalariada demandada pelo Estado para atuar como mediador de conflitos e para entender as expressões da questão social, constituindo – se como trabalho especializado na divisão social do trabalho.

Essas formas de trabalho oriundas deste processo de incorporação do Estado inserem – se na divisão sócio- técnica do trabalho, encontrando e o seu lugar o seu papel particular de cada profissão no enfrentamento das expressões da questão social, especialmente a partir das politicas socias. (FERREIRA; ARAUJO, 2002) 

Conforme a portaria n°35 de 19 de abril de 1949 o assistente social é um profissional liberal, contudo no exercício profissional não se concretiza com liberal em função de sua condição de trabalhador assalariado, dado que o serviço social emerge e se mantém como uma profissão assalariada, mantendo algumas caracteriza das profissões liberais como, por exemplo: particularidades com a relação ao atendimento a so usuário, código de ética, trabalho não rotineiro, possibilidade de intervenção na realidade social através de seu conhecimento técnico e regulamentação da profissão.

Embora o Serviço Social como categoria profissional possua seus estatutos legais, códigos de ética, leis que regulamentam o seu exercício profissional, ele não está desconectado da lógica determinada pelo valor de uso, o trabalho deste profissional está direcionado, delimitado pelos interesses dos sujeitos sociais que o contratam como todas as demais atividades laborais como não possuem os meios de financiamento e recursos humanos para execução da sua prática ele vende a sua força produtiva ao seu empregador.

Segundo Iamamoto (2005, p. 215) este fato implica em que:

Os empregadores determinam as necessidades sociais que o trabalho do assistente social deve responder; delimitam a matéria sobre a qual incide este trabalho; interferem nas condições em que se operam os atendimentos assim como os seus efeitos na reprodução das relações sociais. Eles impõem, ainda, exigências trabalhistas e ocupacionais aos seus empregados especializados e mediam as relações com o trabalho coletivo por eles articulado.

A única coisa que os assistentes sociais possuem na sociedade burguesa, é sua força de trabalho, portanto, com a ida dos mesmos para o mercado de trabalho, são avaliados mediados pela lógica da mercadoria para verificar se são capazes de serem empregados. Tais trabalhadores assalariados são avaliados através de seu currículo, entrevista de emprego ou por meio de uma prova de concurso público. Com a contratação do trabalhador, este passa a trabalhar em uma rotina pré-definida pelo empregador que decide seu espaço-tempo determinado, pode atuar na esfera pública, privada e no terceiro setor, fazendo com que dependendo de sua ocupação sócia ocupacional, seu empregador e área específica, o profissional se objetive de diferentes formas. Contudo, a condição de trabalhador assalariado do profissional de Serviço Social.

Impõe obstáculos à realização plena do seu processo de trabalho, uma vez que o assistente social não dispõe de total autonomia para realizar o seu trabalho no espaço institucional, estando à mercê das condições e meios de trabalho ofertados por seus empregadores. Tal fato recai sobre a sua ação profissional, definindo quais serão as demandas a serem. Atendidas, ou quais são as expressões ou recortes da questão social que devem ser trabalhadas, restringindo suas funções e atribuições dentro da instituição, seja ela pública ou privada (RAICHELIS, 2011).
Assistentes Sociais, reconhecendo que os profissionais são dotados de uma força de trabalho com uma “capacitação específica capazes de criar um tipo de trabalho concreto, distinto e particular” (IAMAMOTO, 2007: 418) O Assistente social não tem o seu trabalho reconhecido de trabalho abstrato, ou seja, por ser uma profissão que trata diretamente nos problemas socias, não se insere no ciclo da produção e distribuição do valor e da mais valia, não produzem mais valia direta, como se a “forma valor fosse mero cerimonial” na sociedade do capital fetiche (p. 418). Quando o assistente social vende sua força de trabalho ao empregador, em troca de um salario. O profissional, portanto, entrega ao empregador o seu valor de uso. Onde em cada esfera de atuação terão situações particulares: seja no primeiro setor (Estado), no segundo setor, (empresas capitalistas) ou no terceiro setor (entidades privadas não lucrativas). Onde cada uma destas esferas a ação do profissional é realizada de maneira especifica, tendo, portanto, “efeitos e significados distintos no processo de reprodução das relações sociais” (IAMAMOTO, 2007: 425). Iamamoto (2007) para compreender o trabalho do Assistente social como concreto e abstrato é preciso fazer uma análise s nos espaços sócio ocupacionais em que esse profissional se insere, pois: seu  trabalho realiza-se formas  distintas em função da forma assumida pelo valor-capital e pelos rendimentos. Estas formas condicionam sob a ótica do valor, a contribuição desse trabalhador ao processo de produção e reprodução das relações sociais sob a égide das finanças (p. 430).

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