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Capitalismo Agrário

Por:   •  28/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  171 Visualizações

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Capítulo 4 - A origem agrária do capitalismo

A origem agrária do capitalismo, tem como seu ponto de partida a crítica ao capitalismo sendo uma evolução natural da atividade humana, e tendo o seu desenvolvimento inevitável.

Segundo Ellen Wood, tudo começa com a origem agrária do capitalismo, pois, quando pensamos em capitalismos sempre fazemos ligação com o feudalismo europeu, não podemos dizer que ele foi um fator único para o desenvolvimento do mesmo. O feudalismo era diferenciado nos variados estados da europa e, em apenas uma dessas formas de feudalismo deu inicio ao capitalismo. Dessa forma Ellen, segue para o capitalismo agrário, os ocidentais sempre relacionaram o nascimento do capitalismo a cidades e não foi bem assim que aconteceu. O capitalismo só foi possível após o surgimento de técnicas que permitiram que o homem produzisse mais e fosse possível sobrar, para que daí a mercadoria fosse trocado por outro produto do qual que o mesmo não produzisse.

Na sociedade pré-capitalista existiam os trabalhadores, que eram os camponeses que tinham livre acesso aos meios de produção e os exploradores, que se apropriavam do trabalho dos camponeses, essa é uma diferença básica entre o pré-capitalismo e o capitalismo. A relação capitalista entre camponeses e exploradores era a de dependência, afinal o camponês dependia do explorador para que ele comprasse sua mão de obra e o explorador precisava do camponês para ter uma mão de obra.

 A Inglaterra se desmilitariza antes de todas as outra nações. Formando um estado, que era cada vez mais central, que servia a classe dominante e que retirou os poderes “extra econômicos”, isso a influenciou a ter o domínio sobre terras. Após isso muitas terras passaram a ser utilizadas por arrendatários que pagavam uma espécie de “aluguel” dessas terras, pois os fazendeiros eram pagos com o excedente e dessa forma obrigavam os arrendatários a procurar técnicas para que produzissem cada vez mais. Forma-se então a chamada base econômica envolta da agricultura inglesa. O maior atrativo para os arrendatários não era a renda fixa mas sim a renda extra que geraria o excedente, que acumularia e futuramente traria o desenvolvimento mercantil. O capitalismo impõe a seguinte escolha ao capitalismo agrário

“ [...] na melhor das hipóteses, a auto-exploração intensa, e na pior, a perda da terra e a substituição por empresas maiores e mais produtivas.”

(p.87)

A política do “melhoramento”, se deu no momento em que passaram a olhar a terra como algo que pudesse gerar lucro, pois, o objetivo era aumentar a produtividade, para que assim aumentassem os lucros.

O cercamento significou a extinção. Foi o momento em que latifundiários expulsaram plebeus de terras visando o lucro que a mesma os traria. Ele se tornou uma grande fonte de conflitos na Inglaterra.

A teoria da propriedade de Locke sugere que o trabalho funda o direito de propriedade, porém o que está em questão nessa parte da leitura é a utilização da propriedade em meio ao modo produtivo e lucrativo, e seu “melhoramento”. Um senhor de terra empreendedor, disposto a realizar os “melhoramentos”, fundamenta seus direitos enquanto à propriedade, usando essa propriedade para uma exploração produtiva por meio do trabalho de outras pessoas. Estabelecendo direitos e até mesmo os deveres daqueles que estão decididos a “melhorá-la”.

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