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Compromisso ético e político com o fortalecimento social da classe trabalhadora e sua posição como categoria

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Por:   •  9/9/2014  •  Abstract  •  1.991 Palavras (8 Páginas)  •  500 Visualizações

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ÉTICA PROFISSIONAL 

 Para Barroco, a reflexão ética supõe 

a suspensão da cotidianidade; não tem por objetivo responder às suas necessidades 

imediatas, mas sistematizar a crítica da vida cotidiana. (BARROCO, p. 55, 2008). A autora 

afirma que a ética não pode ser compreendida apenas como teoria, pois além da reflexão e 

sistematização filosófica, ela é concebida, antes de tudo, como práxis, que permite 

ampliação da consciência moral e da consciência individual. Contudo, o agir ético não 

significa apenas o ato de refletir criticamente a vida cotidiana na reprodução dos valores e 

do comportamento moral, mas significa a capacidade do profissional em impulsionar 

mudanças na sociedade, reconhecendo e reproduzindo princípios e práticas democráticas, 

na defesa intransigente dos direitos humanos, o que implica desenvolver uma prática 

profissional que reconheça a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos 

sociais. (IAMAMOTO, 2003, p.141) 

A ética concede às profissões, sobretudo ao Serviço Social, um caminho orientador 

para a intervenção profissional, sob determinada ótica e em consonância com determinados 

valores. Aponta uma direção social e política, visto que não há valores éticos de 

neutralidade, não comporta omissões, tem um posicionamento de valor, uma direção social 

bem definida em prol da liberdade do ser social e da eqüidade social. Portanto, cabe ao 

profissional ter posicionamento político frente às questões que aparecem na realidade 

social, para que possa ter clareza de qual é a direção social da sua prática, o que implica 

em assumir valores ético-morais que sustentam o seu fazer profissional.

A orientação dessa ética profissional possibilitou ao Serviço Social a elaboração 

oficial de um código de ética, a qual ganhou respaldo jurídico e institucional , que serviu para 

regulamentar a profissão no seu aspecto normativo e jurídico. Ao estabelecer padrões 

esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela 

sociedade, o Código de Ética Profissional procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada 

indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por 

ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de 

ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, 

dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão 

de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria. 

Podemos falar da ética profissional como espaço de reflexão teórica sobre os 

fundamentos da moralidade e como resposta consciente de uma categoria profissional às 

implicações ético-políticas de sua intervenção. Logo, a ética profissional não se restringe a 

normatizações morais, às determinações de direitos e deveres, mas abarca escolhas 

teóricas, ideológicas e políticas de uma categoria profissional. 

Barroco, 2008, nos ajuda a elucidar o equívoco de considerar a ética, a partir do 

código de ética, somente dentro de uma visão legalista, como um conjunto de obrigações 

formais, mas como princípios expressos por uma categoria marcada pelo desenvolvimento 

das relações capitalistas que apresentam uma trajetória de lutas e mudanças num cenário 

de contradições e conflitos em que se gesta a profissão. 

Para o Serviço Social o Código de Ética Profissional de 1993 enfatiza o 

compromisso ético-político da categoria, que se norteiam por princípios básicos, tais como: 

a defesa dos diretos humanos, a recusa ao autoritarismo e ao preconceito, e o 

reconhecimento do pluralismo; sempre regidos pelo compromisso e competência de suas 

atuações, continuamente aprimoradas, o que devem resultar no melhoramento e defesa da 

qualidade dos serviços prestados. 

Neste sentido, é histórico o compromisso ético-político do Serviço Social com o 

fortalecimento da classe trabalhadora e o seu posicionamento enquanto categoria 

profissional que busca através da sua práxis analisar a realidade social no intuito de 

construir respostas coletivas que se concretizam cotidianamente como novas possibilidades 

no exercício da cidadania. 

 DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA A MATERIALIZAÇÃO DA PRÁXIS DO 

SERVIÇO SOCIAL NO COTIDIANO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 

Numa breve contextualização, os avanços e retrocessos da Previdência Social são 

marcados pela conjuntura sócio-histórica, econômica, política e cultural da sociedade 

brasileira. A reforma previdenciária decorre de respostas ofensivas do capital à sua crise 

estrutural, atingindo prioritariamente o trabalhador, configurando a política

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