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Contribuição da familia no tratamento do paciente terminal

Por:   •  14/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.068 Palavras (5 Páginas)  •  287 Visualizações

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A CONTRIBUIÇÃO DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE TERMINAL.

Analisando a história do surgimento da família e o seu conceito podemos verificar a importância dela na vida do ser humano, já que a família não é só constituída de pai, mãe e filhos, mas de pessoas com que temos relações de afeto e isso é muito importante para o paciente terminal, pois precisará deste afeto e carinho vindo da família para começar uma nova jornada que tanto para ele quando para a família será sofrida.

Não é só o doente que experimenta a angústia, quando esta na fase terminal da doença, os familiares também experimentam esse sentimento que pode envolver desde a negação, cólera e depressão.

Para Ariés (1981) na Idade Média a morte era encarada como algo simples, era aceita como sendo justa e natural sendo o destino de todo o ser vivo. No período que antecedia a morte, o moribundo era rodeado pelos amigos e família, incluindo as crianças. Quando pressentia que estava chegando a hora, pedia perdão a aqueles que o rodeavam e, assim considerava-se preparado para morrer.

No século XIX a morte é vista como a retirado do homem da sua vida cotidiana, gerando um sentimento de melancolia, solidão o levando a um isolamento da sua família. Já no Século XX a morte passa a ser visto como algo que deve ser escondido do paciente.

Para Ariés quando o paciente sabe da sua doença o tempo não passa e o sofrimento do paciente poderá ser maior, e a família nesse momento ganha a participação de ser o porta voz da noticia inesperada.

Ariés afirma:

O circulo de relações tende a poupá-lo, escondendo a gravidade do seu estado: admite-se, porém, que a dissimulação não pode durar muito tempo e o doente acaba por saber, mas nesse caso os parentes não tem já coragem cruel de serem eles mesmos a dizer a verdade (ARIÉS, 1981, p. 55)

A família é a parte essencial para o processo de morte do doente, pois a sua presença permitirá uma vivencia tranquila e serena para o paciente. É necessário que sejam informados sobre o que acontece com o seu ente querido, podendo assim estabelecer uma comunicação eficaz com a equipe de cuidados paliativos.

Segundo Pereira e Lopes (2002), quando um familiar adoece e é portador de uma doença grave com um desfecho fatal, a família ao ter conhecimento, reage e passa a atuar atendendo às necessidades do paciente, esquecendo e ignorando muitas vezes os seus próprios problemas, partilhando os mesmos medos e angústias que o doente, ainda que numa outra perspectiva.

É normal no primeiro instante a família se sentir estranha, por que é difícil para qualquer pessoa que tem um ente querido com tempo determinado de vida, lidar com essa situação, é necessário não transpareça para o paciente a tristeza, e sim, a alegria dele ainda estar ali respirando, falando, comendo, rezando se caso houver alguma crença. O familiar deverá trazer para o paciente palavras de conforto para incentivar nos momento de aflição, porque o tratamento não é fácil, a cada seção o paciente fica mais debilitado, e é nesse momento que a família entra para apoia-lo e incentivá-lo a continuar.

Durante todo o tratamento a família deverá participar para que juntamente com a equipe para que possa tranquilizar o paciente dando forças para essa caminhada, que talvez poderá ser curta, mas se estiver com as pessoas que ama poderá ser um momento único e perpetuo na lembrança do paciente.

Silva et. al. (2010), no que se refere à família com presença de um quadro terminal em um de seus membros, traz a ideia de que esta situação gera no cotidiano da família a necessidade de uma nova organização em função do tratamento, que se constitui em momento de grande ruptura dos laços familiares. Ainda, a família experimenta a desorganização de suas rotinas e um forte sofrimento gerado pela convivência limitada, gerando desta forma uma  desestruturação familiar. Muitos sentimentos aparecem nesse momento como a incerteza, impotência e sensação de descontrole.

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