Cosméticos
Projeto de pesquisa: Cosméticos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Karine.alves • 15/7/2013 • Projeto de pesquisa • 1.990 Palavras (8 Páginas) • 414 Visualizações
Cosméticos: Uma Introdução
Introdução e objetivo
Os desenvolvimentos científicos dos últimos séculos têm permitido o atendimento das necessidades básicas (alimentação, saúde e vestuário) de uma significativa parcela da crescente população humana. O aumento da renda, da qualidade de vida e da longevidade dessa população faz com que homens e mulheres dediquem muito mais tempo, recursos e esforços ao cultivo da higiene pessoal e da melhor aparência possível ao longo de sua vida.
O uso intensivo do petróleo na produção em grande escala de substâncias sintéticas e muitas outras mudanças econômicas e sociais do século 20 levaram ao surgimento de uma vasta e rentável indústria de cosméticos e produtos para o cuidado pessoal, estendendo o seu consumo para todos os segmentos sociais. Nesse setor industrial, coexistem multinacionais gigantescas ao lado de empresas artesanais. Hoje, a indústria de cosméticos é extremamente importante dentro da economia de grande parte dos países mais desenvolvidos, dentre os quais se inclui o Brasil, contribuindo para a geração de empregos
e a redução de desigualdades regionais, através da exploração sustentável de várias espécies do nosso bioma, especialmente na Amazônia. A sociedade vem exigindo a adoção de tecnologias de produção limpas, econômicas e ambientalmente corretas que, por sua vez, requerem um enorme e entusiástico esforço de estudantes, professores, pesquisadores e engenheiros, na Universidade e na Indústria, na busca de ingredientes diferenciados, naturais e competitivos e de processos de formulação inovadores.
Pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de cosméticos oferecem perspectivas promissoras de carreira para profissionais com formação muito variada: químicos, engenheiros de várias modalidades, bioquímicos, farmacêuticos, gestores de vários tipos, publicitários e comunicadores. Esse setor possibilita e mesmo exige relações interdisciplinares e trabalhos conjuntos com médicos (cirurgiões plásticos, dermatologistas), pois além da sua contribuição à higiene e à estética, muitos cosméticos hoje apresentam também propriedades terapêuticas.
1. Definições básicas
1.1. O que é um cosmético?
Cosméticos são substâncias, misturas ou formulações usadas para melhorar ou para proteger a aparência ou o odor do corpo humano. No Brasil, eles são normalmente tratados dentro de uma classe ampla, denominada produtos para a higiene e cuidado pessoal.
No passado, cosméticos tinham o principal objetivo de disfarçar defeitos físicos, sujeira e mau-cheiro. Com a mudança nos hábitos de limpeza e cuidado pessoal, seu uso hoje é muito mais difundido e diferente do que ocorria, por exemplo, nas cortes européias do século 18. Cosméticos são percebidos de diferentes maneiras em diferentes países. A legislação dos EUA, por exemplo, não lista sabões como cosméticos, enquanto, na França, os perfumes formam uma classe de produtos industriais à parte dos cosméticos. No Brasil, a legislação tarifária incentivou a criação de um produto que desodoriza, mas é escolhido e comprado como um perfume: a deocolônia.
É muito difícil se fazer uma distinção precisa entre os cosméticos para embelezamento por cobertura pura e simples, como as maquiagens, e aqueles cosméticos destinados ao cuidado pessoal e à obtenção de propriedades específicas, como redução na formação de rugas.
1.2.Cosmecêuticos
Nos últimos anos surgiram produtos que têm funções mais complexas do que a limpeza ou o embelezamento. Estão sendo chamados pelos fabricantes de cosmecêutico, dermocosmético, cosmético funcional ou ainda cosmético de desempenho, mas essas palavras não são usadas ou mesmo aceitas uniformemente. Tratam-se de formulações de uso pessoal que atuam beneficamente sobre o organismo, causando modificações positivas e duráveis na saúde da pele, mucosas e couro cabeludo.
São muitos produtos diferentes, que usam muitas substâncias químicas como matérias-primas: colágeno e elastina, cafeína, nanocompósitos de ouro, retinóis, estrógenos e várias outras.
2. Histórico
2.1. Os cosméticos na Antiguidade
A palavra cosmético deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “hábil em adornar”. Existem evidências arqueológicas do uso de cosméticos para embelezamento e higiene pessoal desde 4000 anos antes de Cristo. Os primeiros registros tratam dos egípcios, que pintavam os olhos com sais de antimônio para evitar a contemplação direta do deus Ra, representado pelo sol. Para proteger sua pele das altas temperaturas e secura do clima desértico da região, os egípcios recorriam à gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de cremes para a pele. Existem registros de historiadores romanos relatando que a rainha Cleópatra frequentemente se banhava com leite para manter pele e cabelos hidratados.
Na Bíblia, é possível encontrar muitos relatos do uso de cosméticos pelos israelitas e por outros povos do antigo Oriente Médio, como: a pintura dos cílios (de Jezebel) com um produto à base de carvão; os tratamentos de beleza e banhos com bálsamos que Ester tomava para amaciar sua pele; e a lavagem com vários perfumes e óleos de banho dos pés de Jesus, por Maria - irmã de Lázaro. Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram preparados a partir de extratos vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite de oliva e o óleo de pinho, e também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da moagem de rochas. Atores do teatro romano eram grandes usuários de maquiagem para poderem incorporar diferentes personagens ao seu repertório.
Pastas eram produzidas misturando óleos com pigmentos naturais extraídos de vegetais (açafrão ou a mostarda) ou de rochas. Mortes por intoxicação eram comuns entre os atores, pois muitos dos pigmentos minerais da época continham chumbo ou mercúrio em sua composição.
2.2. Os cosméticos na Idade Média
A queda do Império Romano, após as invasões bárbaras, fez com que os banhos entrassem em declínio. E apenas no Império Bizantino se manteve a tradição dos banhos. Por isso, temos hoje a expressão “banhos turcos”.
No século 10, os cabelos eram lavados não com água, mas com misturas de ervas e argilas, que limpavam, matavam piolhos
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