Cultura de saladas
Tese: Cultura de saladas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: teze • 6/10/2014 • Tese • 1.171 Palavras (5 Páginas) • 414 Visualizações
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Cultura da alface
A alface (Lactuca sativa L.) originou-se de espécies silvestres, atualmente ainda encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental. Sua introdução no Brasil foi feita pelos portugueses. (BEZERRA NETO et al., 2005).
É uma planta herbácea, delicada, com pequeno caule, no qual as folhas crescem em forma de roseta, podendo ser lisas ou crespas, formando ou não cabeça, com coloração em vários tons, ou roxa, conforme a cultivar. Apresenta ciclo curto, grande área foliar e sistema radicular pouco profundo, exigindo solos areno-argilosos, ricos em matéria orgânica e com boa quantidade de nutrientes prontamente disponíveis a planta (VIDIGAL et al., 1995; FILGUERIA, 2003).
A alface tem grande importância na alimentação e saúde humana destacando-se, principalmente, como fonte de vitaminas e sais minerais, constituindo-se na mais popular hortaliça, tanto pelo sabor e qualidade nutritiva e principalmente pela facilidade de aquisição e produção durante o ano todo e do seu baixo custo (COMETTI et al., 2000 OHSE et al., 2001; OLIVEIRA et al., 2004).
É uma das hortaliças folhosas mais presentes na dieta da população brasileira, ocupando importante parcela do mercado nacional, dessa forma a alface vem adquirindo uma importância econômica crescente no país (BEZERRA NETO et al., 2002, LOPES et al.,2004, RESENDE et al., 2005).
A produção ocorre próxima a grandes centros consumidores, devido à alta perecibilidade do produto no período de pós-colheita oriunda de seu alto teor de água e grande área foliar. Nos locais de produção é exigida além da qualidade, quantidade e principalmente regularidade de oferta do produto para atender o mercado consumidor durante o ano todo (BEZERRA NETO et al., 2005).
Por ser um produto perecível, a alface é consumida in natura onde seu maior consumo é na forma de saladas cruas e sanduíches, sendo as regiões Sul e Sudeste as maiores consumidoras e produtoras (LOPES et al., 2005).
Em cultivo convencional apresenta a composição média, por 100 g comestíveis: água: 94 %, valor calórico: 18 Kcal; proteína: 1,3 g; gordura: 0,3 g; carboidratos totais: 3,5 g; fibra: 0,7 g; cálcio: 68 mg; fósforo: 27 mg; ferro: 1,4 mg; potássio: 264 mg; vitamina A: 1900 UI; tiamina: 0,05 mg; riboflavina: 0,08 mg; niacina: 0,4 mg; vitamina C: 18,0 mg o que justifica sua utilização na complementação alimentar. A qualidade da alface seja nutricional, ou sanitária, deve ser mantida em todos os segmentos envolvidos desde a produção até a comercialização, onde o produto deve chegar à mesa do consumidor apresentando excelentes características organolépticas, de tal forma a obter uma boa aceitação. (SGARBIERI, 1987).
2.2 Nitrogênio
O nitrogênio está presente em diversas formas na biosfera, porém não se encontra diretamente disponível para as plantas. Para ser absorvido pelas plantas, o nitrogênio dever ser fixado com outros elementos, como o oxigênio e o hidrogênio formando novos compostos. A absorção ocorre com a transformação prévia para as formas combinadas, como NH4+ (amônio) e NO3- (nitrato), para só então poder ser aproveitado pelas plantas. Apesar dessas formas responderem por uma pequena parcela do nitrogênio total, são de extrema importância do ponto de vista nutricional, já que são absorvidas pelos vegetais e microrganismos. O nitrogênio total, que se encontra na planta na forma orgânica é cerca de 90%, o qual desempenha as suas principais funções, como
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