Curso de Graduação em Administração
Por: Natália Germano • 22/3/2019 • Trabalho acadêmico • 2.466 Palavras (10 Páginas) • 203 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Curso de Graduação em Administração
Allysson Miguel Tabosa
Kettuly Karolayne de Lima Muniz
Maria Eduarda Olegário da Silva
Natália de Cassia G. Nunes de Assis
Coping
Caruaru
2018
Allysson Miguel Tabosa
Kettuly Karolayne de Lima Muniz
Maria Eduarda Olegário da Silva
Natália de Cassia G. Nunes de Assis
Coping
O Coping é o processo cognitivo onde o indivíduo dispõe de esforços para lidar com situações de estresse e administrar problemas do seu cotidiano. O presente trabalho define e esclarece os dois tipos de Coping, que são de problema e de emoção. Após a análise, é percebida que a estratégia de Coping nos dias atuais é indispensável para a manutenção de uma mente sã, que ajudará a controlar as emoções e sentimentos no cotidiano do brasileiro.
Professora: Denise Clementino de Souza
Caruaru
2018
Introdução
Com maior número de casos de depressão, surtos de ansiedade, invalidez mental, dentre outros, pesquisas recentes mostram a importância de se combater sintomas e saber lidar com esses problemas que se acumulam ao longo da vida e acabam se tornando doenças crônicas, como burnout, que é definido como uma síndrome psicológica decorrente da tensão emocional crônica no trabalho.
O burnout é caracterizado pelas dimensões exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal, gerando insatisfação, desgaste e perda de comprometimento.
É por isso que será discutido nesse trabalho a importância dos mecanismos de enfrentamento, também chamado de coping, que na sua tradução literal significa "lidar". Faz todo sentido, visto que esse tema aborda duas maneiras de enfrentar situações não previstas do cotidiano: uma com foco no problema e outra na emoção.
Referencial Teórico
O Coping é o processo cognitivo utilizado pelos indivíduos para lidar com situações de estresse e que inclui os esforços para administrar problemas no seu cotidiano. Por outras palavras, é o conjunto de estratégias cognitivas ou comportamentais a que um indivíduo recorre quando se encontra perante uma solicitação que tanto pode ser interna como externa, mas que é para ele considerada negativa ou coativa. Estas estratégias permitem restabelecer um controle sobre a situação causadora de estresse; O estresse está associado a diversas mudanças no funcionamento do organismo, incluindo alterações tanto em sistemas físicos (como sistema endócrino, sistema imune e sistema nervoso), quanto em sistemas comportamentais, emocionais e cognitivos. Muitas dessas alterações acabam por agravar a desadaptação do indivíduo ao ambiente de desenvolvimento. Apenas esforços conscientes e intencionais são considerados estratégias de Coping, e as causas do estresse devem ser percebidos e analisados, sendo assim, mecanismos de defesa inconscientes e não intencionais, como negação, deslocamento e regressão, não podem ser considerados como estratégias de coping.
Latack e Havlovic (1992) concluíram, após examinar várias definições sobre coping, que existe um acordo sobre a noção de que esse fenômeno é parte de uma transação pessoa-ambiente que acontece quando o indivíduo avalia uma situação como estressante. Outras definições acentuam diferentes aspectos ou estratégias de enfrentamento ao estresse.
Para Zautra e Wrabetz (1991), por exemplo, o coping é um processo dinâmico de esforços determinados para a resolução das dificuldades e das demandas exigidas para o ajustamento do organismo.
Para Parkes (1994) e Terry (1994), o coping é um construto multidimensional que envolve uma grande variedade de estratégias cognitivas e comportamentais que podem ser utilizadas para alterar, reavaliar e evitar circunstâncias estressantes ou para aliviar os seus efeitos adversos.
Numa perspectiva cognitivista, Lazarus e Folkman (1984) classificam as estratégias de coping em estratégias focalizadas na emoção e estratégias focalizadas no problema. O coping focalizado na emoção é definido como um esforço para regular o estado emocional que é associado ao estresse ou aos eventos estressantes. A função desta estratégia é de reduzir a sensação física desagradável oriunda do evento estressante e tem por objetivo modificar o estado emocional negativo, como por exemplo, fumar um cigarro, tomar um tranquilizante ou sair para correr. Por sua vez, o coping focalizado no problema é definido como um esforço para agir na origem do estresse, na tentativa de modificá-la (Lazarus & Folkman, 1984). “A função desta estratégia é alterar o problema que existe na relação entre a pessoa e o ambiente que está provocando a tensão, como por exemplo, estudar mais para um segundo teste escolar, quando o desempenho não foi satisfatório no primeiro (Lisboa, 2001)”.
Ambas as funções de coping podem efetivar-se através de diferentes estratégias que os indivíduos utilizam em situações de estresse (Dell’aglio, 2000). Estudos sobre coping sugerem que ambos os tipos de estratégias (focalizadas no problema e focalizadas na emoção) são importantes para uma adequada adaptação ao estresse (Boekaerts, 1996; Compas, 1978; Kliewer, 1991). Os copings também são divididos entre adaptativos, caso sejam saudáveis e eficazes, como meditar para relaxar, e desadaptativos, caso causem prejuízos para si mesmo ou para outros como beber para esquecer os problemas.
De acordo com Koske, Kirk e Koske (1993), o estudo das estratégias de coping com o estresse tem uma história mais longa do que com o burnout e, consequentemente, com a exaustão emocional. Após uma revisão de literatura que aborda a relação entre burnout e coping, Gil-Monte e Peiró (1997) concluíram que o uso de estratégias de coping de controle ou centradas no problema previne o desenvolvimento do burnout, enquanto que, a utilização de estratégias de escape, evitação ou centradas na emoção facilita a sua aparição. A disponibilidade de recursos de coping modera a relação entre os estressores e a exaustão emocional (Cordes & Doughherty, 1993).
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