DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL EM GASOLINA

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

A gasolina é um hidroarboneto derivado do petróleo, e para obte-la é utilizado o processo de destilação fracionada (Figura 1). Este processo usa o método de redestilação continua para separar misturas de líquidos que tem pontos de ebulição proximos, a mistura é aquecida e o vapor passa por uma coluna alta com divisões internas que separam os produtos derivados do petróleo; o mais volatil é o primeiro a sair no topo da coluna, enquanto o menos volátil é o ultimo, próximo a base (1). O principal uso do petróleo é a produção de gasolina, entretando, a fração correspondente é muito pequena, fração esta que se refere a hidrocarbonetos de 5 a 11 Carbonos. Para contornar esse problema, é necessário refinar o petróleo para aumentar a qualidade e quantidade da gasolina (2) . A gasolina comercializada tem em sua composição o álcool etílico, porém existe uma tolerância máxima deste estabelecida por lei. Em primeiro de Março de 2013, foi publicado no Diário Oficial da União que o porcentual obrigatório de Etanol anidro, de acordo com o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento) seria de 25% (3); esse valor é relevante para esse experimento pois a gasolina utilizada no mesmo é de 2013. A Octnagem é o índice de resistência a detonação de combustíveis usados em motores a combustção. A qualidade da gasolina é medida pela sua octanagem. Moléculas que tem cadeia linear queimam de forma linear e sua octanagem é baixa, por exemplo: a molécula de Octano, CH3(CH2)6CH3, tem octanagem -19. Já seu isomero comumente chamado de Isooctano, 2,4,4 – trimetilpentano, tem octanagem 100. Essa melhora no índice é observada pelo aumento no numero de ramificaçoes na molécula e pela introdução de insaturação e anéis. Esse processo é chamado de isomerização que converte hidrocarbonetos de cadeia linear em seus isomeros ramificados (4). O alcool etilico é uma das substancias adicionadas a gasolina pois sua função é aumentar a octanagem, uma vez que seu índice é bastante alto (110) e seu poder calorífico é baixo, ou seja, há uma redução na taxa de produção de Monóxido de Carbono (5). Apesar de tais vantagens citadas, a mistura também apresenta desvantagens, tal como um aumento de consumo do combústivel, devido ao seu baixo poder calorífico, e também um aumento na produção de óxidos de Nitrogênio (5).

Figura 1: Torre de destilçao fracionada do petróleo

Fonte:http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Oitava_quimica/materia17.php

2. OBJETIVOS

Determinar o teor de álcool etílico em amostra de gasolina.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. MATERIAIS:

- Proveta de 100 mL com tampa.

- Amostra de Gasolina.

- Solução saturada de NaCl.

- Luvas e óculos de proteção.

3.2. MÉTODOS:

Colocou-se 50 mL de gasolina comum em uma proveta de 100 mL, com erro de ± 0,5 mL, com tampa. O volume foi completado até 100 mL com a solução saturada de NaCl (Figura 2).

Figura 2: Montagem do experimento

Fonte: http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp02.htm

Após, foi fechada a proveta, misturando-se os líquidos ao inverte-la 5 vezes, de modo que ela foi segurada firma para evitar vazamentos (Figura 3).

Figura 3: Animação do experimento

Fonte: http://www2.fc.unesp.br/lvq/exp02.htm

Foi deixada em repouso a proveta até a separação das fases. Posteriormente, leu-se o volume de ambas as fases, e determinou-se o volume da fase aquosa V' (mistura de álcool etílico com a solução saturada de NaCl). Subtraiu-se de V' 50 mL e denominou-se o novo volume de V" (quantidade de etanol presente em 50 mL da amostra de gasolina), conforme a seguinte equação: