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ESTUDO DE CASO: A ANTROPOLOGIA NO QUILOMBO RIO DOS MACACOS

Por:   •  31/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  351 Palavras (2 Páginas)  •  889 Visualizações

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ESTUDO DE CASO: A ANTROPOLOGIA NO QUILOMBO RIO DOS MACACOS

Nessa atividade iremos tratar sobre a Antropologia no Quilombo Rio dos Macacos usando o método histórico.

Trataremos então de um Quilombo especifico que fica na divisa entre Simões Filho e Salvador/ Ba. Onde estudaremos o caso com base em entrevistas, documentos e depoimentos.

Segundo a quilombola Rosemeire dos Santos Silva em uma entrevista cedida ao Linha de Frente, esse Quilombo surgiu em uma fazenda onde seus antepassados trabalhavam e quando essa fazenda entrou em falência os escravos receberam essas terras como indenização lá fizeram morada onde até hoje seus descendentes vivem.

Ainda segundo os quilombolas em varias entrevistas dadas afirmam que sempre viveram nessas terras, plantando, colhendo, exercendo os rituais de suas crenças e cultura até que com a construção da Base Naval da Marinha em 1971, tudo isso começou a mudar.

Segundo eles a marinha começou a persegui-los, maltratá-los até derrubaram suas casas e terreiros.

Desde então começaram as violações dos direitos humanos e o pior os enchendo de restrições e intervindo nas suas rotinas diárias, os impedindo de construir ou fazer melhorias em suas casas que em sua maioria eram feitas de madeiras e barro, os impedido também de exercer seu direto de ir e vim e até mesmo de continuar plantio.

Educação, saúde, liberdade de ir e vir são direitos que foram retirados deles. A quilombola Rosemeire dos Santos Silva ainda afirma que em varias ocasiões foram negados o acesso de carros para socorrer pessoas do quilombo que estavam doentes e até mesmo grávidas.

A antropóloga Dra. Sheila Brasileiro em seu Relatório de Visita do Ministério Público Federal escreveu:

A julgar pelos depoimentos supra, a comunidade quilombola rio dos Macacos ocupa de modo continuo a área em foco há pelo menos cinco gerações, o que equivale a um período não inferior a cento e cinqüenta anos. Ali se concentram as suas referências pretéritas e presentes; é onde atualmente vivem e onde viveram os seus antepassados, alguns na condição de escravo. Nesse local eles se terrítorializaram e se constituíram enquanto segmento étnico diferenciado. É, portanto, o seu território tradicional por excelência. (grifas nossos)

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